Type Here to Get Search Results !

A Rainha do Alemão - Capítulo 05


 CAPÍTULO 5/A ESCOLHA:

CENA 1/FORA DA CASA DE GARDENAL:

Gardenal – Saiba que o seu amiguinho não vai se esconder para sempre, e cedo ou tarde eu pego ele, e se eu descobrir que tem dedo seu nessa história Piolho, eu vou sentir muito, muito mesmo, mas eu não vou ter piedade em acabar com a sua vida
Piolho o olha e Gardenal sae
Piolho desesperado – Tulio, Tulio que burrada que você me meteu cara
Pezão sae da casa de Gardenal e vai até ele – Satisfeito?
Pezão o olha – O que foi hein, Piolho?
Piolho – Eu te falei que não sabia do Tulio, e mesmo assim você foi até o Gardenal e encheu a cabeça do chefe de mentiras
Pezão – Qual foi? Eu te falei que eu ia contar pro Gardenal, não falei? Qual é a surpresa?
Piolho – Não sabia que você era tão baixo 
Pezão – Porque esse nervosismo todo? Ta com medo do Gardenal descobrir que você ta escondendo o bandido e acabar morto no lugar dele é?
Piolho o segura na camisa furioso – Olha aqui....
Pezão o empurra também furioso – Olha aqui você, ninguém encosta a mão em mim, se quer brigar vamos brigar mas bem longe daqui pro Gardenal não ficar sabendo, porque eu to doidinho pra te encher de porrada
Piolho – Você banca o protetor do Gardenal, o cúmplice, o braço direito dele, quero ver quando o Gardenal se decepcionar com alguma coisa que você deixou de fazer 
Pezão – Eu nunca vou deixar de fazer nada, todas as ordens que o Patrão me dê eu cumpro, até mesmo se for pra dar cabo de você
Piolho – Isso tudo é pra mostrar serviço pro chefe? Pra quem sabe um dia ele ti dê a Rainha como brinde, não é?
Pezão irritado – Cala a boca 
Piolho – Ele nunca vai dar a Rainha pra você, e sabe porque? Porque ele ama ela, e ele não vai deixar de ficar com ela por causa de um simples pé rapado que você é!
Pezão não aguenta e dá um soco em Piolho que cae no chão – Eu mandei você calar essa maldita boca 
Pezão sae dali furioso e Piolho coloca a mão na boca limpando o pouco do sangue que saia do canto da boca 

CENA 2/BAIRRO DA PENHA/OFICINA DE APARECIDO:

Jeremias – Ela não me disse nada, mas acho que os dois brigaram sim 
Aparecido – O que será que aconteceu?
Antoniel entra na oficina – Alguém ai ainda lembra de mim aqui?
Os dois o olham surpresos
Aparecido – Antoniel? – disse o abraçando 
Jeremias – Quanto tempo  – e o abraça também 
Antoniel – É bastante tempo
Jeremias – Como esta a vida la encima?
Antoniel – Ta indo 
Aparecido – Bom eu queria te fazer uma pergunta já que você ta morando lá no morro, ontem teve um tiroteio por causa do aniversário do dono do morro, não teve?
Antoniel – Teve, teve sim 
Aparecido – Foi até de manhã cedo uma sonzeira, eu escutava daqui, e eu fiquei pensando vocês la no morro, vocês conseguiram dormir?
Antoniel o olha 
Aparecido – Não deve ter dormido quase nada 
Antoniel – Não, não dormi direito não – e olha pros lados – Vem cá, vocês viram se a Suzana veio na casa onde ela morava com o Renato?
Jeremias – Sim, ela acabou de chegar, veio com malas e tudo, eu levei as malas dela até dentro da casa, vocês brigaram?
Antoniel – Briguinha boba de marido e mulher, a gente logo, logo já se acerta, bom eu vou lá falar com ela então
Aparecido – Vê se aparece mais
Antoniel – Pode deixar - e saiu 
Jeremias – É impressão minha ou o Antoniel tá estranho?
Aparecido – Não é so você que achou isso não, eu também achei 

A MÚSICA DE SUZANA E ANTONIEL COMEÇA A TOCAR-SUFOCADO(ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO)
CENA 3/NOVA CASA DE SUZANA:

Suzana leva as malas pro quarto e desce as escadas olhando pra casa – É não vai ser fácil, mas eu vou conseguir 
Ela ouve passos e se vira pra trás tomando um susto e se supreendendo – Antoniel?
Antoniel a olha – Eu sabia que ia te encontrar aqui 
Suzana – O que você quer, Antoniel?
Antoniel – Eu vim pra te levar de volta pro Morro 
E os dois se olham 

ABERTURA:

Suzana – A então você veio até aqui pra me levar de volta pra aquele inferno, é isso?
Antoniel – Suzana vamos conversar 
Suzana – A gente já conversou tudo que a gente tinha pra conversar, você escolheu o morro ao invés de mim, e eu peguei as minhas coisas e vim embora 
Antoniel – Você sabe que....
Suzana Interrompe – Eu sei que você deve a vida a aquele desgraçado 
Antoniel – Não fala assim 
Suzana – Desgraçado sim, ele pensa que é Deus, que é Rei, que aquele morro la é o povo dele, que todos tem que obedecer as vontades dele sem questionar, porque se questionar morre, que vida é essa Antoniel? Você acha que é isso que eu quero pra minha vida?
Antoniel – Você não precisa obedecer ao Gardenal, aliás voces dois nem se viam, era cada um no seu canto e pronto, não precisava você ter saido de lá
Suzana – Você não entende que eu te amo, Antoniel 
Antoniel – Se me ama mesmo, volta comigo agora 
Suzana – Eu te amo sim, mas eu não vou voltar com você
Antoniel – Suzana?
Suzana – Você não sabe o que é todo dia fica agoniada sem saber se você vai entrar pro aquela maldita porta vivo ou morto, você não sabe o que é ficar sem dormir preocupada com você, preocupada que você acabe decepcionando alguma ordem do Rei e acabe morto por ele 
Antoniel – Ele não ia fazer nada contra mim, ele gosta de mim Suzana 
Suzana – Gosta? Aquele homem é ruim não gosta nem dele mesmo imagina gostar de outra pessoa, ainda mas de um simples capanga dele, um simples pau mandado
Antoniel – Não é bem assim, você sabe que eu recebo pra cuidar da segurança dele e do morro 
Suzana – Dinheiro sujo, da aonde que sae esse dinheiro se ele nem trabalha? Aonde Antoniel?
Antoniel – Isso não me interessa, o que importa é que o Gardenal nunca deixou de me pagar 
Suzana – Então agora fica com o Gardenal, fica com ele, porque mulher você não vai ter mas, aliás você pode ter mulher sim, mas aquelas bandidas que apoiam os maridos, e não eu 
Antoniel – Eu não quero outra mulher, eu quero você 
Suzana – Então volta pra aquele maldito morro, pega as suas coisas e vem pra cá, vem pra cá morar comigo 
Antoniel – Eu não posso Suzana 
Suzana – Ele te salvou da morte eu sei, você já trabalhou pra aquele homem, já pagou a sua dívida, agora chega Antoniel, chega, larga aquilo tudo, e vamos viver em paz 
Antoniel – Você não entende, Suzana 
Suzana – Eu não entendo mesmo, eu não entendo porque você defende aquele homem, sabendo o bandido que ele é!
Antoniel – Ele é meu amigo 
Suzana ri – Amigo, amigo, quero vê você falar isso quando ele meter uma bala na tua cabeça 
Antoniel – Ele não vai fazer isso, nunca 
Suzana – Espera pra ver então. Chega Antoniel, se você veio até aqui com intenção de querer me levar de volta pro morro você perdeu a sua viagem, porque pra aquele morro eu não volto nunca mas 
Antoniel – Não fala assim Suzana, me ouve vamos conversar 
Suzana – Saia da minha casa, Antoniel 
Antoniel – Você ta com saudades do Renato, é isso? Pra ter vindo morar na casa onde vocês moraram juntos é porque você esta com saudades dele, vai negar?
Suzana – To, eu to com saudades do Renato. O Renato podia ser tudo, mas ele nunca ia me deixar pra ficar ao lado de Bandido, ele ia ficar do meu lado Antoniel, do meu lado 

A MÚSICA COMEÇA A TOCAR NOVAMENTE SUFOCADO(DE ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO)

Antoniel – Pois bem, você fez a sua escolha, e eu fiz a minha, então foi bom enquanto durou Suzana, mas acabou 
Suzana o olha 
Antoniel – Adeus 
Antoniel sae da casa, Suzana em choque se senta no sofá e começa a chorar desesperadamente

A MÚSICA CONTINUA:
CENA 4/DO LADO DE FORA:

Antoniel sae da casa de Suzana, e se encosta em um muro. Aparecido o observa da Oficina
Aparecido – Acho que eles brigaram de novo 
Jeremias – Aparecido vamos parar de cuidar da vida dos outros e vamos trabalhar?
Aparecido o olha e entra na oficina. Antoniel estava encostado no muro e começa a derramar lágrimas pensando em Suzana, ele depois de um tempo limpa as lágrimas e sae dali 

A MÚSICA VAI SE ENCERRANDO AOS POUCOS:
CENA 5/DIAS DEPOIS/RIO DE JANEIRO/GRAJAÚ/DELEGACIA:

Arthur cumprimenta Guimarães na delegacia 
Guimarães – Até que enfim to conhecendo o famoso, Arthur Moraes 
Arthur ri – Famoso eu?
Guimarães – Olha do jeito que o Pedreira te elogiou pra mim, parecia um pai descrevendo seu filho
Arthur – É como um pai pra mim, só que as vezes ele exagera um pouco 
Guimarães ri – Bom, aquele ali é o Pedro ele que irá comandar qualquer ação do seu lado 
Arthur cumprimenta Pedro – Tudo bem?
Pedro – Tudo 
Guimarães – E como foi a hospedagem ao Rio?
Arthur – Chegamos ontem eu e Jamile minha noiva, estamos num apartamento aqui perto, hospedados 
Guimarães – Otimo, acho que você esta curioso pra saber da tal missão que fez você vim até aqui, não ta?
Arthur – Opa, claro que eu to, e animado também 
Guimarães  - Senta por favor 
Arthur se senta e Pedro fica em pé do lado deles 
Guimarães – É um traficante, bem dizer um abusado que invadiu o morro do Complexo do Alemão e acha que o morro é dele, o nome do indivíduo é Luiz Claudio de Almeida Fernandes mas conhecido como Gardenal 
Arthur – Gardenal? Que apelido 
Guimarães – É, ele acha que nunca vai cair, o cara é bom eu não posso negar, tem homens pra todo canto do morro, já tentamos invadir várias vezes, mas o maximo que conseguimos é matar alguns idiotas mas nunca chegamos até ele. Resolvir então chamar reforço, pesquisar os melhores polícias de outras regiões, e mandar pra cá, arrumei uns 3 bons, mas só você que quis largar a vida na sua cidade, pra vim até aqui
Arthur – É o meu trabalho, e quanto menos bandido continuar livre por ai melhor pra sociedade. Aonde estiver bandido, se eu for convocado eu vou, nem que seja na china 
Guimarães – Otimo – e mexe no computador – Vem cá, vem conhecer o rosto da sua nova missão
Arthur se levanta e vai até do lado do delegado. Guimarães abre a foto de Gardenal – Esse é o nosso cara!
Arthur olha pra foto de Gardenal 

CENA 6/NO MORRO/CASA DE GARDENAL                                                                    

Gardenal – Nada ainda do Tulio?
Pezão – Não senhor 
Gardenal – Você é um incompetente Pezão, como uma pessoa pode sumir das nossas vistas dentro do meu morro?
Pezão – Vai vê ele nem aqui no morro está mas senhor 
Gardenal – Eu não quero saber se ele ta aqui ainda ou não, eu quero esse desgraçado na minha frente, ele vendeu droga dentro do meu morro e vai ter que arcar com as consequências 
Pezão – Sim senhor, eu continuarei com as buscas e eu prometo encontra-lo e traze-lo até o senhor
Gardenal – Vem ca Pezão não teve mas nenhuma movimentação suspeita dos vermes tentando invadir o morro?
Pezão – Por enquanto não
Gardenal – Estranho, eles estão muito quietos pro meu gosto 
Pezão – Devem estar aprontando alguma pra pegar o senhor 
Gardenal – Pois estão perdendo tempo, tá pra nascer algum polícial que vai me pegar, ta pra nascer! 

CENA 7/CASA DE BEATRIZ:

Beatriz – Tenho tanto medo de qualquer dia a polícia resolver bater no morro de volta 
Graziela – Tomara que invadem o morro, e nos tire das mãos desse nojento 
Beatriz – Ninguém nunca vai pegar o Gardenal filha, você ainda não percebeu isso? 
Graziela – Mãe a senhora serve pra ser essa tal de Rainha do Gardenal, sabia? 
Beatriz – Se ele me olhasse, eu ia sim 
Graziela (surpresa) – Que isso mãe?
Beatriz – Eu prefiro ficar protegida do rei do que ser inimiga dele 
Graziela – Que rei? Parece até que a gente ta naquela época de deuses, Rei e Rainha, você e ele são dois dois malucos isso sim 

CENA  8/NAS RUAS DO MORRO:

Lorenzo ia pra escola com a mochila nas costas, e ve Roque encostado no muro se tremendo todo, e vai até ele 
Lorenzo – Tudo bem Roque ?
Roque – Eu preciso...eu preciso... 
Lorenzo se abaixa até ele – Precisa do que?
Roque – Eu preciso de droga 
Lorenzo o olha e se levanta – Esquece isso cara
Roque – Eu não to mas aguentando, será que o Tulio ainda ta vendendo?:
Lorenzo – Não vai procurar ele, se ele te encontrar e saber que foi você quem dedurou ele pro Gardenal, ele te mata 
Roque – Você precisa me ajudar cara, precisa procurar alguém que vende pra mim 
Lorenzo – Eu não vou me meter nisso, e você sabe muito bem que essa droga aqui no morro é proibida, bobiar só o Tulio vendia
Roque – Eu conheço um amigo que andava todo tempo com o Tulio, eu acho que ele também vende, procura ele 
Lorenzo – Não me mete nisso não, procura você 
Roque – Eu não tenho dinheiro, você pode ir atrás desse cara e comprar pra mim? 
Lorenzo – Não vou fazer nada disso 
Roque – Eu roubei uma senhora aquele dia Lorenzo, e eu não quero mas roubar ninguém, eu quero apenas cheirar a minha droga em paz, arruma pra mim vai 
Lorenzo – Eu não posso, se eu fizer isso eu vou está apoiando você a se matar 
Roque – Isso não mata 
Lorenzo – Mata sim, meus pais falaram pra mim que mata 
Roque – Mata nada, não é nada grave, é como uma pessoa que fuma cigarro sabe – e o olha – A sua mae fuma cigarro, não fuma?
Lorenzo – Fuma 
Roque – Entao é a mesma coisa, ela necessita fumar e eu necessito cheirar, faz essa mão pra mim cara, por favor 
Lorenzo – Não, cigarro e droga são totalmente diferente 
Roque – É a mesma coisa, eu to te falando, eu cheiro, eu sei do que eu to falando 
Lorenzo o olha – Tem certeza disso?
Roque – É como cigarro cara, olha voce já fumou cigarro da sua mãe?
Lorenzo – Escondido sim, e não é tão ruim assim 
Roque – Então, é como o pó não faz mal algum, se você quiser quando você trazer a pedra pra mim eu deixo você cheirar um pouco pra você ver que é igual cigarro 
Lorenzo o olha – Não sei, não sei 
Roque – Me ajuda vai 
Lorenzo – Aonde eu encontro esse cara?

CENA 9/GRAJAÚ/DELEGACIA:

Arthur – Mas é muito do folgado mesmo, invadir um morro e tomar conta dele como se fosse o dono?
Guimarães – O pessoal que mora lá fiquei sabendo que fica sobre os pés desse Gardenal 
Arthur – Mas então temos que salvar esse povo das maõs desse cara 
Guimarães – É o que eu mas quero, eu não consigo dormir direito desde que ele invadiu esse morro a mas ou menos 1 ano, e eu só vou ficar sossegado quando souber que esse cara ta na cadeia ou morto 
Arthur – Certo, senhor Delegado eu sei que não tem nada haver o que eu vou dizer agora, mas eu e a minha esposa queremos voltar o quanto antes pro Rio de Janeiro, quero dizer mas ela do que eu pra mim tanto faz o lugar, mas tem que ser do lado dela, portanto tudo que ela quer é que essa missão acabe logo, e que a gente volte para a nossa cidade antes mesmo do nosso casamento, então se for possível, eu quero tentar invasão a esse morro o quanto antes 
Guimarães olha pra Pedro e olha pra Arthur – Bem que o Pedreira me falou que você não é de perder tempo, vou reunir os homens, vocês vão invadir o morro hoje mesmo 
Arthur – Ótimo 

CENA 10/MORRO/NUM BECO:

Lorenzo andava por um beco olhando pros lados, um homem o olha e pega uma arma na mão apontando pra ele 
Ramom – Quem é você ?
Lorenzo – Calma abaixa isso,eu só vim comprar uma pedra 
Ramom o olha – Como?
Lorenzo – Você sabe aonde eu posso encontrar um rapaz chamado Ramom?
Ramom – Quem te mandou aqui?
Lorenzo – Um amigo 
Ramom – Que amigo?
Lorenzo – Um amigo apenas viciado, ele quer pedra. Será que você pode me informar onde eu posso encontrar esse Ramom?
Ramom – Você não é capanga do Gardenal não né?
Lorenzo – Claro que não, você não ta vendo como eu to vestido? Eu to indo pra escola daqui a pouco, eu só quero encontrar o Ramom comprar a pedra e ir embora 
Ramom abaixa a arma – Sou eu mesmo 
Lorenzo – Você?
Ramom – Espero que ninguém me dedure como deduraram o Tulio
Lorenzo – Pode ficar tranquilo, eu não vou falar nada 
Ramom – Quantos você quer?
Lorenzo – Só uma mesmo 
Ramom – 30 
Lorenzo pega o dinheiro o pagando e Ramom lhe dá a pedra. Lorenzo olha a pedra na mão – Tudo isso só por isso?
Ramom – Ta barato ainda 
Lorenzo – Ta barato? 30 reais só por isso?
Ramom – Qual foi? Vai querer dar ordem do preço que eu tenho que cobrar?
Lorenzo o olha – Esquece, valeu 
Lorenzo saiu dali com a pedra no bolso 

CENA 11/PRÓXIMO DALI:

Gardenal cumprimentava os vizinhos das casas 
Homem – Ve se aparece pra tomar um cafézinho com a gente Gardenal 
Gardenal – Pode deixar qualquer hora eu apareço 
Gardenal cumprimentava todos até que vê a senhora do roubo e vai até ela – Senhora Shelma, tudo bem?
Shelma – Tudo bem Gardenal 
Gardenal – Encontrou seus documentos?
Shelma – Em perfeita ordem, qualquer dia eu faço um bolo, e levo até o senhor lá encima 
Gardenal – Vou esperar hein 
Gardenal continua andando cumprimentando até que vê Lorenzo andando amendrontado olhando pros lados e grita – Lorenzo?
Lorenzo para de andar e Gardenal se aproxima – Tudo bem?
Lorenzo o olha nervoso, Gardenal o olha sorrindo 
Lorenzo gaguejando – Tudo...Tudo...Tudo bem 
Gardenal percebe – Aconteceu alguma coisa?
Lorenzo – Só bronca de mãe, vê se pode nessa idade ainda levar bronca da mamãe
Gardenal – Mãe é mãe, é nossa coroa e devemos respeito 
Lorenzo – É 
Gardenal – Como ta a escola?
Lorenzo nervoso – Ham?
Gardenal o olha desconfiado – Tudo bem mesmo Lorenzo?
Lorenzo – Claro 
Gardenal – Você ta nervoso, aconteceu alguma coisa?
Lorenzo o olha,Ramom caminhava ali e vê os dois conversando e se esconde – Droga, eu sabia que era armadilha, garoto desgraçado, vou me mandar daqui – e saiu apressado dali
Lorenzo – Tudo bem, so tó nervoso porque hoje vai ter uma apresentação de trabalho na frente da turma toda 
Gardenal – Ih eu também ficava maior nervoso quando era pra apresentar trabalho na frente da turma, por isso que quando a professora falava que ia ter apresentação no outro dia eu gaziava aula 
Gardenal ri, e Lorenzo finge rir
Gardenal – Vamos andando, eu te levo até a porta do colégio, assim a gente conversa um pouco 
Lorenzo grita – Não 
Gardenal o olha fechando a cara – Porque você ta tão nervoso com a minha presença, Lorenzo?
Lorenzo engole em seco enquanto Gardenal o encarava 

CENA 12/GRAJAÚ/DELEGACIA:

Arthur cumprimenta Carlos e Fatima 
Guimarães – Esse é o Policial que estavamos esperando chegar 
Fatima – Graças a deus que você chegou rapaz 
Arthur – Bom eu não to entendendo nada 
Guimarães – Esse casal esta procurando pelo filho que saiu de casa a 2 meses e até agora não voltou, mas e eu to com uma leve desconfiança que ele esteja no morro 
Arthur – Porque o senhor acha isso?
Guimarães – Como os pais falaram o garoto usava drogas 
Carlos – Usava, ele não usa mas 
Guimarães – Pode ser, é apenas uma desconfiança de delegado, eu acho que o filho deles o Roque, se meteu nesse morro, e esta lá
Arthur – Bom, o senhor quer aproveitar essa invasão pra ver se encontramos esse tal de Roque, é isso?
Carlos – Mas não é perigoso?  E se acertarem alguma bala perdida no meu filho?
Arthur – Pode ficar tranquilos que se eu encontrar o filho de vocês bala nenhuma vai acertar ele comigo do lado 
Fatima – Brigada 
Arthur – Vocês tem alguma foto do garoto?
Fatima – Claro – e mexe na sua bolsa pegando a foto, e mostrando pra Arthur – Esse, esse é o nosso filho 
Arthur pega a foto, e vê Roque – Se o garoto estiver lá, ele vai voltar pra casa, eu prometo!


CENA 13/EM ALGUMA RUA NO MORRO DO ALEMÃO:

Roque esperava por Lorenzo, e ele se aproxima um pouco, e ve ele junto com Gardenal, e se esconde – Droga, será que o Gardenal pegou o Lorenzo?
Lorenzo nervoso - Gardenal eu preciso ir, estou atrasado já estou quase perdendo a primeira aula 
Lorenzo ia sair e Gardenal o segura – Espera 
Lorenzo o olha nervoso e Gardenal o solta – O que que ta acontecendo?
Lorenzo – Eu não sei Gardenal, me deixa ir 
Gardenal – Sua mãe e o seu pai descobriram que você foi na minha festa de aniversário, é isso?
Lorenzo – Não é nada, é apenas nervosismo mesmo com essa droga de trabalho, eu preciso muito dessa nota, entende?
Gardenal o olha – Entendo, então vamos 
Lorenzo – Eu agradeço mesmo, mas eu vou ir correndo 
Gardenal – Pra que ir correndo?
Lorenzo – Pra não perder a aula 
Gardenal – Você vai chegar comigo e vamos vê quem vai te proibir de apresentar esse trabalho 
Lorenzo – Não precisa 
Gardenal – Precisa sim, vamos 
Lorenzo o olha e os dois caminham em direção pra escola 

CENA 14/ENFRENTE A ESCOLA:

Gardenal e Lorenzo param na frente da escola – Bom está entregue 
Lorenzo – Obrigado viu, não precisava mas já que veio, Obrigado 
Gardenal – Ta tudo bem mesmo Lorenzo?
Lorenzo – Não, não sei se eu vou conseguir apresentar o trabalho 
Gardenal ri – Vai sim, vai lá antes que você perca a aula 
Lorenzo – Valeu viu – e saiu 
Gardenal o olha entrando na escola e uma senhora se aproxima – Gardenal, que bom te ver aqui perto da escola 
Gardenal – Tava dando uma olhada por aqui, tudo bem com a senhora?
Senhora – Tudo, Gardenal eu precisava de uma favor seu 
Gardenal – Pois diga 
Senhora – Tem uns moleque que estão jogando pedra no meu telhado so de pirraça sabe toda noite, eu queria que isso parasse 
Gardenal – Essas crianças. Vou resolver isso pra senhora, pode ficar tranquila 
Senhora – Brigada Gardenal – disse saindo 
Gardenal sorri e desce mas o morro ainda e vai até Antoniel que estava encostado no muro – Antoniel?
Antoniel o olha se posicionando – Gardenal? O senhor aqui?
Gardenal – Resolvi sair da toca um pouco, como você ta?
Antoniel – To bem 
Gardenal – E a Suzana?
Antoniel – Ela não quis voltar
Gardenal – Sinto muito 
Antoniel – Deixa isso pra la, mulher é o que não falta não é mesmo?
Gardenal – É mesmo. Eu acompanhei o Lorenzo até a escola porque era caminho, mas eu queria justamente falar com você 
Antoniel – Sobre o que?
Gardenal – Nenhuma movimentação suspeita dos vermes?
Antoniel – Não, ta tudo tranquilo
Gardenal – Tranquilo até demais, não acha?
Antoniel – Vai ver eles desistiram de tentar te derrubar 
Gardenal – Ou estão tramando alguma pra cima de mim 
Antoniel – O que eu devo fazer?
Gardenal – Reforçar de capanga, esse silêncio, essa tranquilidade, não ta me cheirando bem, eles vão invadir, e não vai demorar muito, e eu quero que quando essa hora chegar que esteja reforçado de homens na entrada do morro 
Antoniel – Pode deixar 
Gardenal – Se algum polícial espertinho conseguir ultrapassar vocês e vim até a mim, eu meto bala na cabeça, por isso que eu deixo o serviço pra vocês, mas se vocês não derem conta deixa vim que na subida pra minha casa, eles não passam 
Antoniel sorri, e Gardenal cutuca em seu ombro e volta pro morro subindo 

CENA 15/CASA DE GRAZIELA:

Beatriz estava em casa, e Graziela no quarto. Alguém bate na porta, e ela abre e se surpreende – Gardenal? Que honra!
Gardenal – Oi beatriz, posso entrar?
Beatriz – Claro entra 
Gardenal entra, e Beatriz fecha a porta – Quer beber alguma coisa? Suco, Água, um Café?
Gardenal – Não, não quero nada não, Obrigado 
Beatriz – Comer alguma coisa? Fiz um bolo agora mesmo, está uma delicia 
Gardenal – So quero ver a minha rainha 
Beatriz – Senta, que eu vou chamar a sua Rainha 
Graziela aparece – Não precisa chamar, a Rainha ela está aqui! 
Gardenal a olha e sorri

                                                                                                                                                      CONTINUA...



Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.