5° Episódio
(CENA 1 – Manhã / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
(Nervosa, resolvo ligar para a
Joana.)
(No telefone.)
Joana – Alô? – Ela pergunta se tem
alguém na linha.
Valentina – Joana... – Digo
nervosa e chorando.
Joana – Valentina, o que houve? –
Ela pergunta preocupada.
Valentina – Vários homens entraram
aqui na minha casa e me bateram e quebraram quase tudo aqui dentro. Por favor,
me ajude, eu estou desesperada. – Falo nervosa.
Joana – Tá, tá. Se acalme, eu
estou chegando aí. – Ela diz também nervosa.
Valentina – Certo, tchau. –
Desligo o telefone.
(CENA 2 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Jhonatan
Jhonatan – Errr... Alex? –
Pergunto com dúvida.
Alex – Sim, esse é o meu nome. –
Ele diz feliz.
Jhonatan – Você já sabe o que são
esses sintomas? – Pergunto.
Alex – Eu prefiro que a doutora o
conte. – Ele fala. A doutora chega pela porta.
Doutora – Finalmente você acordou.
– Ela diz sentando na cama em que eu estava. – Alex, pode se retirar. – Ele sai
da sala. – Então, como vai o meu paciente favorito? – Ela diz com uma voz fofa
e tocando no meu nariz, me fazendo rir.
Jhonatan – Estou bem, mas eu ando
ansioso em saber o que eu tenho. – Digo.
Doutora – Certo, mas antes de
dizer eu tenho que fazer uma pergunta. – Ela diz séria.
Jhonatan – Pode fazer. – Digo
confiante.
Doutora – Você já tinha tossido ou
vomitado sangue outras vezes? – Ela pergunta.
Jhonatan – Sim, por que? –
Pergunto.
Doutora – Porque o seu amigo, um
tal Kauan, disse que isso nunca tinha acontecido isso contigo. O que é
impossível. – Ela diz.
Jhonatan – Eu sempre vomitava ou
tossia sangue, mas nunca desmaiei. Toda vez que tossia ou vomitava, eu
escondia. Não queria preocupar ninguém com essas besteiras. – Falo confiante.
Doutora – Pois agora você tem um
bom motivo para se preocupar. – Ela fala séria e eu fico com uma cara confusa.
– Jhonatan, você tem um câncer muito avançado na região do seu estômago. – Ela
diz tristemente. Eu fico parado por vários segundos, em silêncio, sem dizer nem
sequer uma palavra. O que ela disse me chocou por completo.
Jhonatan – Mas eu vou conseguir me
curar, né? – Pergunto esperançoso.
Doutora – Você perguntou a mesma
coisa que o Kauan, vocês aparentam ser muito próximos. – Ela diz. – Enfim,
infelizmente é uma doença sem cura. A única coisa que podemos fazer é prolongar
a sua vida em meio a aparelhos. – Ela diz tristemente.
Jhonatan – Não! Se eu vou morrer,
eu não quero que seja em um hospital sustentado por várias maquinas. Eu prefiro
morrer livre do que deitado em uma cama de um hospital. – Falo chorando.
Doutora – O senhor tem certeza
disso? – Ela pergunta.
Jhonatan – Absoluta! – Falo
chorando. Eu tento enxugar as minhas lágrimas com as mãos. – Doutora, posso lhe
pedir uma coisa? – Eu pergunto enquanto ela saia do quarto.
Doutora – Claro! – Ela diz.
Jhonatan – Pode chamar o Alex para
mim? – Pergunto.
Doutora – Sim, ele virá nesse
exato momento. – Ela diz alegre.
Jhonatan – Obrigado! – Digo
nervoso.
Doutora – De nada. – Ela sai do
quarto.
(CENA 3 – Manhã / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
Joana – Valentina, o que houve
aqui? – Ela pergunta nervosa enquanto entrava em minha casa.
(Eu corro para Joana e a abraço.)
Valentina – Joana, eles entraram
aqui e quebraram tudo que conseguiram. – Digo chorando no seu ombro.
Joana – Certo, mas pode me
detalhar mais o que houve aqui? – Ela pergunta ainda nervosa enquanto dava
tapinhas nas minhas costas.
Valentina – Um total de 5 caras,
que aparentavam ser traficantes, entraram aqui e começaram a quebrar as coisas
aqui dentro. – Eu digo. Ela coloca as duas mãos na boca por estar em choque. –
Um deles me bateu e disse: “Ninguém humilha o chefe”, ou algo assim. – Falo
nervosa.
Joana – Tudo bem, eu vou tratar de
descobrir sobre isso. – Ela diz tentando me acalmar.
Valentina – Não será necessário.
Você não precisa cuidar de tudo da minha vida. Além do mais é óbvio que o
Miguel tem algo a ver com isso. É bem perceptível. – Falo um pouco nervoso,
sendo até meio grossa.
Joana – Certo, mas não precisa
falar dessa maneira comigo. – Ela diz um pouco indignada.
Valentina – Perdão se eu fui
grossa, mas eu não suporto mais o Miguel, e como se ainda não bastasse a minha
melhor amiga está morta. Você entende isso? – Grito para ela. Eu já estava
perdendo a minha cabeça.
Joana – Eu não tenho culpa disso
ter acontecido, não precisa falar comigo dessa maneira. Eu só tento lhe ajudar
de todas as formas e não é assim que você devia falar comigo. – Ela diz quase
chorando.
Valentina – Eu não pedi a sua
ajuda como amiga, eu só quero a sua ajuda como advogada para me livrar do
infeliz do meu marido. – Grito sem pensar.
Joana – Certo, se é isso que você
quer, Valentina... assim será. – Ela diz lacrimejando.
Valentina – Joana, não faz isso
comigo... – Digo mais calma.
Joana – Não... não se preocupe com
mais nada. A “advogada” já está indo embora. – Ela diz sarcasticamente e
chorando. Ela vai embora.
Valentina – Estupida! – Digo a mim
mesma. – Eu sou uma imbecil, eu não mereço ter uma amiga como ela. – Falo
chorando a mim mesma. – A partir de agora, eu não vou ser mais manipulada por
ninguém. Entendeu, mundo? – Pergunto altamente. – Ninguém mais vai me
manipular, eu irei demonstrar a todos que me humilharam quem é Valentina Ortega,
ou melhor: Valentina Córcega.
(CENA 4 – Tarde / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Jhonatan
Doutora – Jhonatan! – Ela entra
pela a porta da frente e me chama a atenção. – O Kauan quer falar contigo.
Posso o deixar entrar? – Ela pergunta e eu assinto com a cabeça.
Kauan – Jhonatan... – Ele diz
entrando pela a porta e me abraça. – Você não sabe o quanto eu senti a sua
falta lá em casa... – Ele diz chorando no meu ombro, provavelmente de emoção.
Jhonatan – Ka, você não sabe o
quão feliz eu estou em te ver nesse tempo que me resta de vida. – Falo
tristemente.
Kauan – Não fala desse jeito,
Jhon. – Ele diz desapontado.
Jhonatan – Eu não quero que você
fique preso em uma pessoa que está prestes a morrer. – Digo depressivo.
Kauan – Jhon, eu não estou preso a
você. Porque nós dois já somos a mesma pessoa basicamente. – Ele fala e meu coração
muda de sentido.
Jhonatan – É exatamente disso que
eu tenho medo, que você “morra” junto a mim. – Digo triste.
Kauan – Jhon, agora mais do que
nunca você devia dizer o que sente. – Ele fala com um pequeno sorriso simpático
no rosto.
Jhonatan – Ka, o que eu mais sinto
agora é a dor de saber que a morte está cada vez mais perto. Por isso eu lhe
peço uma coisa, se afaste de mim. – Digo triste.
Kauan – Não Jhon! – Ele grita
nervoso. – Jhon, eu não posso lhe deixar por isso. Muito pelo o contrário, agora
que devemos nos unir ainda mais. – Ele diz nervoso.
Jhonatan – Você não me entende...
ninguém me entende... – Eu digo praticamente morto por dentro.
Kauan – Jhon, lembra de quando
você não desistiu de mim quando eu não queria lhe dizer o que tinha acontecido
comigo naquela noite? – Pergunto apertando a sua mão. - Pois eu vou fazer o
mesmo e não irei desistir de você... – Ele diz isso e aproxima o seu rosto do
meu.
(Começa a tocar “Si Tú Supieras” de Alejandro Fernandez
como música de fundo. Também é considerado o Tema do casal “Jhonatan e Kauan”, vividos
respectivamente por Juan Pablo Gil e Polo Morín.)
Jhonatan – Kauan, eu... – Ele me
interrompe com um beijo na minha boca. Foi um beijo longo, mas bem calmo.
Nossas línguas lutavam contra si próprias, já que no começo eu basicamente
tentava rejeitar o beijo, porém eu fui aceitando com o tempo. Depois de um bom
tempo os nossos lábios se afastaram por falta de ar.
Kauan – Jhon, me desculpe... eu
não devia ter feito i... – Eu o interrompo o puxando para os meus lábios
novamente. Porém, foi um beijo mais rápido, mas dessa vez nós dois nos
entregamos totalmente ao momento.
Jhonatan – Ka, me perdoe por todas
as estupidezes que eu acabei de ter dito. – Eu imploro a ele.
Kauan – Claro que eu te perdoo,
Jhon. Esse beijo foi o maior motivo que eu teria para lhe perdoar. – Ele diz
feliz e nós nos abraçamos, mesmo a cama do hospital sendo pequena.
(CENA 5 – Noite / Casa de Joana)
P.O.V Joana
Joana – Oh, meu deus... – Eu digo
chorando em um canto, estava em posição fetal. – A Valentina deve me odiar
agora... Como que uma simples cliente conseguiu mexer tanto comigo? – Me
pergunto.
(A campainha toca.)
Diego – Mãe? – Ele pergunta em
dúvida, mas com um brilho incrível nos seus olhos.
Joana – Diego? – Eu pergunto, pois
ele estava tão diferente e mais bonito do que nas fotos.
Renan – Olá, senhora. – Um garoto
quebra o momento.
Joana – Quem é você? – Pergunto
com dúvida.
Diego – Ah, mãe me desculpe por
não os ter apresentado antes. – Ele diz com a sobrancelha arqueada.
Joana – Ele é seu primo ou algo
assim? – Pergunto, ainda enxugando algumas lágrimas que sobraram.
Diego – Essas perguntas só serão
respondidas quando entrarmos, pode ser? – Ele diz sorridente. Ele é idêntico a
sua mãe, eu, mas muito diferente ao infeliz do seu pai.
Joana – Claro, podem entrar... –
Digo com um sorriso falso, pois eu estava horrível por dentro.
(Diego conta a mim que ele e o
Renan são namorados e o porquê vieram para o Brasil.)
(CENA 6 – Noite / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Alex
(O tal do Kauan tinha saído para
ir comer alguma coisa. Ele ficou a tarde toda no quarto do Jhonatan. Acho que
esse é o momento perfeito para dar início ao plano: “Quita-heranças”.)
Alex – Jhonatan, quem é esse cara
que acabou de sair? – Pergunto.
Jhonatan – Ele? Ele é Kauan, a
pessoa que eu mais amo nesse mundo e que mais me ama também. – Ele diz
confiante. Incrível como ele não está mais abalado com o fato de sua morte está
chegando. Mas vamos dar início ao plano de uma vez.
Alex – Mas ele também está com
câncer ou algo assim? Porque ele teria que ser muito forte para recomeçar uma
vida sozinho, principalmente na próxima semana. – Digo indiretamente.
(Começa a tocar “Escorpión” de Alex Sirvent como música
incidental de fundo. Também é declarado o Tema do personagem “Alex”, vivido por Eugenio Siller.)
Jhonatan – Eu não estou lhe
entendendo muito bem, como assim ele teria que recomeçar “próxima semana”. –
Ele diz dando ênfase à “próxima semana”.
Alex – Bom, a expectativa da
médica é que você viesse a óbito na semana que vem. – Eu digo friamente. O
Jhonatan começa a se desesperar.
FLASHBACK ON*
Doutora – Lembre de deixar esse
paciente muito calmo, quanto mais nervosismos ele tiver, mais a expectativa de
vida dele irá diminuir. Por isso eu lhe peço que não o conte que ele poderá ir
a óbito na semana seguinte. – Ela me diz e eu assinto com a cabeça.
FLASHBACK OFF*
Jhonatan – Não, mas ela me disse
que eu ainda teria um bom tempo de vida e... – Ele diz muito mais nervoso que o
costume.
Alex – Se acalme, elas fazem isso
geralmente para as pessoas assim já se sentirem mais calmas. – Digo-o
interrompendo e “tentando-o” acalmar.
Kauan – Mas o que está acontecendo
aqui? – Ele entra e derruba as sacolas que ele estava carregando, provavelmente
com comida para eles dois. Que pena eu tenho de ter atrapalhado o jantarzinho
romântico deles... – Jhon, por favor me conta o que você tem... – Ele pergunta
ao Jhonatan.
Jhonatan – Ka, me diga que eu não
vou morrer... por favor... eu não quero me separar de você. – Ele diz chorando
ao Kauan.
Kauan – Meu amor, mas quem lhe
disse isso? – Ele pergunta.
Jhonatan – Foi o Alex. – Eu digo.
Kauan – O Alex? Quem é Alex? – Ele
pergunta nervoso.
Jhonatan – Calma, ele é o meu
enfermeiro... – Digo triste.
Kauan – Perdão, mas é que eu
preocupo contigo. – Ele diz preocupado.
Jhonatan – Eu também, por isso eu
queria lhe pedir para que se afastasse de mim. – Digo começando a chorar.
Kauan – Perdão, Jhon... mas eu não
posso me separar de você. – Ele afirma.
Jhonatan - Eu não quero que você
sofra, Ka. Nem por mim e nem por ninguém. – Digo chorando. Vendo como eu
estava, ele me abraça.
(CENA 7 – Noite / Casa de Joana)
P.O.V Joana
Diego – E foi assim que eu e o
Renan nos conhecemos... – Ele diz e Renan dá um cafuné na cabeça dele. Eu não
estava nada atenta a história e estava pensando em outras coisas. – Mãe? – Ele
me pergunta enquanto eu estava em transe.
Joana – Oi? – Me desperto do
transe.
Diego – Você está bem? – Ele
pergunta.
Joana – Estou, eu só estava
pensando em coisas do trabalho. – Minto, pois estava pensando na Valentina e
ela não faz parte do meu trabalho.
Diego – Mãe, posso lhe fazer uma
pergunta? – Ele pergunta inesperadamente.
Joana – Claro, filho! – Exclamo.
Diego – Aonde está meu pai? – Ele
pergunta feliz.
(Começa a tocar “Escopeta” de Alex Sirvent como música
incidental de fundo. Também é declarado como um tema de impacto.)
Joana – Seu pai? – Digo
gaguejando.
Diego – Sim, mãe. Cadê o meu pai?
– Ele pergunta com dúvida.
Joana – Filho, os seus avós não te
contaram? – Pergunto.
Diego – Não, o que houve com ele?
– Ele pergunta preocupado. Eu fico um tempo em silêncio.
Joana – O seu pai está morto. –
Minto. É melhor para ele um pai “morto” do que ele saber que o seu pai é um
covarde.
(CENA 8 – Noite / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Kauan
(Como o enfermeiro do Jhonatan
pode dizer aquilo a ele? A doutora foi bem clara para que o paciente não
ficasse nervoso. Vou tirar uma satisfação com ele.)
Kauan – Alex! – Grito a ele,
chamando a sua atenção. Ele vem para a minha frente no corredor do hospital.
(Começa a tocar “Escorpión” de Alex Sirvent como música
incidental de fundo.)
Alex – Senhor? – Ele pergunta
sarcasticamente.
Kauan – Por que você falou aquelas
coisas para o Jhonatan? A doutora foi bem clara contigo. – Pergunto estressado.
Alex – Não é querendo ser “rude”,
mas você não tem nada no que interferir em problemas médicos do paciente. Além
do mais, você não é nada do paciente. Você só é um amigo. – Ele diz
ironicamente. Eu rio ironicamente.
Kauan – Eu posso não ter
parentesco com ele, mas eu sou o amor da vida dele. – Digo confiante.
Alex – Se o seu amor é igual a
vida dele, ele é bem curto então. – Ele faz uma piada de mal gosto.
Kauan – Que tipo de enfermeiro é
você? Ou melhor, que tipo de ser humano é você para zombar de uma doença dessas?
– Pergunto indignado.
Alex – Eu sou o enfermeiro dele,
tudo relacionado a sua saúde depende de mim. Isso é o que eu sou. – Ele diz
friamente.
Kauan – Por que você está fazendo
essa maldade para gente? Nunca fizemos nada para você, nem sequer sabemos quem
você é. – Falo estressado. – Você por acaso tem algo contra nós, ou alguém
mandou você aqui? – Pergunto.
Alex – Escute aqui, garoto. Eu só
estou à procura de trabalho, não tem nenhuma espécie de “mandante” atrás disso.
– Ele diz. Nervoso, eu pego o seu braço com a minha mão e começo a apertá-lo
fortemente.
Kauan – Antes de procurar um
trabalho, você devia ter procurado respeito e ética profissional. Você pode
fazer qualquer mal a mim, mas se chegar perto do Jhonatan você vai ver quem é
Kauan de Lima Moretto. – O ameaço. Ele retira o seu braço da minha mão.
Alex – Faça o que você quiser, eu
não me importo. Porém não se intrometa no meu trabalho. – Ele diz. – Antes de
opinar sobre o trabalho dos outros, você devia ver o trabalho do seu colega de
quarto traficante, ok? – Ele fala irônico e vai embora.
Kauan – Ele está falando do
Daniel? – Pergunto a mim mesmo.
(CENA 9 – Noite / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
(Escutei alguém batendo na porta,
resolvi ir abrir.)
Valentina – Boa noite. – Falo assustada.
Eram só os policiais.
Policial – Boa noite, senhora. –
Ele diz seriamente.
Valentina – Querem entrar? –
Pergunto assustada.
Policial – Claro, viemos revistar
a sua casa. – Ele diz. Eu os deixo entrar.
(10 minutos depois...)
Valentina – Achou alguma coisa? –
Pergunto.
Policial – Não achamos nenhuma
evidencia. – Ele diz.
Valentina – Vocês têm certeza? –
Pergunto.
Policial – Claro que sim, senhora.
– Ele afirma.
Valentina – Vocês já olharam no
porão? – Pergunto.
Policial – Porão? Ainda não. – Ele
diz. Eles vão olhar o porão e eu vou com eles.
(No porão.)
(Nós descemos pela a escada e
vemos um pano cobrindo algo. Eles tiram o pano.)
Policial – O que é isso? – Ele
pergunta ao outro policial.
Policial 2 – Isso é droga, drogas
ilícitas. – Ele diz nervoso.
Valentina – O que? Como isso foi
parar aí? – Pergunto a mim mesma.
Policial – Essa pergunta o
delegado é quem vai responder. A senhora está presa por tráfico de drogas. –
Ele puxa as minhas mãos e as algema. Eles me colocam dentro da viatura e me
levam para a delegacia.
(CENA 10 – Noite / Apartamento de Jhonatan e Kauan)
P.O.V Daniel
(Estava cozinhando um jantar para
mim e o Kauan. Alguém bate na porta e eu resolvi ir atender.)
Daniel – Boa no... – Eu mesmo me
interrompo ao ver que era a Julieta. – Julieta? – Gaguejo nervoso.
Julieta – Você é um infeliz! – Ela
puxa uma arma e aponta-a para mim. Eu me afasto de perto dela.
(Começa a tocar “RR Dramática 4” de Roberto Roffiel del
Río como música incidental de fundo. Também é considerado o tema da personagem
“Julieta” vivida por Ximena Romo.)
Daniel – Julieta... o que
significa isso? – Pergunto nervoso.
Julieta – Não seja cínico. Vai
dizer que você não se lembra que roubou toda a herança do Alessandro? – Ela
diz. – Ou melhor... você roubou a minha herança. – Ela diz dando ênfase ao
“minha”.
Daniel – Eu não roubei nada. –
Minto.
Julieta – Para de mentir! – Ela
diz enquanto destravava a arma.
Daniel – Está bem, eu admito! Eu
roubei toda a herança dele. – Digo nervoso.
Julieta – Sabia! – Ela diz alegre.
– Eu sabia que você tinha me roubado tudo... mas saiba que você não vai sair
bem nessa... não vai... – Ela diz como se estivesse maluca.
Daniel – Você não merecia nenhum
centavo dessa herança. Por isso que eu roubei. – Eu digo isso e ela parece se estressar
mais. – Vai dizer que mandar matar o marido é uma maneira justa de ganhar? –
Digo sarcasticamente e ela está prestes a puxar o gatilho.
(CENA 11 – Noite / Apartamento de Jhonatan e Kauan | Térreo)
P.O.V Kauan
(Eu estava voltando do hospital
para casa. Escuto o barulho do disparo de uma arma e parece que veio do meu
apartamento.)
Kauan – Daniel? – Pergunto assustado a mim
mesmo.
CONTINUA...
CONFIRA A TRILHA SONORA OFICIAL DA SÉRIE:
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