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A Promessa - Capítulo 56 (Últimos Capítulos)


A Promessa
CAPÍTULO 56
Últimos Capítulos

webnovela de
FELIPE LIMA BORGES

escrita por
FELIPE LIMA BORGES

livre adaptação do livro de Rute

No capítulo anterior: Noemi passa mal e os homens agarram Rute. Ela clama ao Senhor e os dois veem uma colossal nuvem de poeira se aproximando; fogem. Rute se emociona com o livramento e conta a Noemi, que mal percebeu o que aconteceu. Myra cuida das feridas de Orfa e recomenda que ela ore aos deuses. Noemi relembra de quando passou por ali anos atrás, e diz que, comparando com hoje, era a mulher mais feliz do mundo. Neb vai até a hospedaria jantar com Tamires, mas ela o leva para o quarto, mostra-lhe um vinho, tropeça de propósito nele e o beija. Por fim se agarram e caem na cama. Myra diz a Leila e Aylla que a única coisa que elas podem fazer é orar a Deus. Corrige-se dizendo que é aos deuses. Dias se passam e a Caravana envia uma mensagem a Tamires, que passa ao Ancião a suposta localização de vários homens da Caravana. Os Guardiões vão até lá, mas caem em uma armadilha e são massacrados por arqueiros. Segismundo mata o líder daquele pelotão. Tamires mente ao Ancião dizendo que não sabia que se tratava de uma armadilha. Noemi cai desacordada no deserto, e Rute constrói uma maca para carrega-la puxando. Noemi acorda. O dia cai e Rute a puxa com muito esforço, ao mesmo tempo em que tenta mantê-la acordada. A noite se aproxima e as condições ali são difíceis. Rute enfraquece, é mordida por uma cobra e, pouco a pouco, perde os sentidos. Por fim cai inconsciente, ficando ali Noemi e Rute, desacordadas e sozinhas.
FADE IN:

CENA 1: INT. QUARTO DESCONHECIDO – DIA

Os olhos de Noemi se abrem. Por alguns instantes encaram o teto.
Então eles se mexem tentando identificar o local. Noemi vira a cabeça com dificuldade. É um quarto...
Limpa os olhos, se ajeita na cama... e olha com mais atenção: é um quarto comum, mas bem limpo. A luz da manhã e o ar fresco entram pelas portas e janelas bem abertas. Cantos de pássaros e vozes vêm lá de fora.
Noemi franze o cenho, estranhando... Está totalmente confusa.
RUTE (O.S.)
Acho que ela acordou...
De repente Rute vem lá de fora e olha para Noemi. Atrás dela entra um casal de idosos simpáticos.
NOEMI
Rute?...
RUTE
(se aproximando) Senhora Noemi!... Que bom que acordou...
NOEMI
Onde estamos?
O casal se aproxima. Noemi os olha confusa.
MULHER
Noemi... Não se preocupe, fique tranquila. Eu me chamo Marília, e esse é meu marido Eloã.
ELOÃ
(sorrindo) É um prazer conhecê-la.
Ainda confusa, Noemi faz que sim.
MARÍLIA
Você está em nossa aldeia. Próxima à sua cidade, Belém.
NOEMI
Aldeia? Nunca soube de nenhuma aldeia próxima a Belém.
ELOÃ
A moça, sua nora, estava nos contando que você saiu de lá há 10 anos... Nossa aldeia foi fundada anos depois, por causa da fome.
Noemi entende.
NOEMI
E como viemos parar aqui?
ELOÃ
Foram encontradas essa manhã, aqui perto, pelo nosso vizinho quando ele ia ordenhar as cabras.
MARÍLIA
Ele disse que estavam caídas e pediu nossa ajuda para trazê-las. Trouxemos vocês para cá, pois a casa dele está com visitas...
Noemi faz que sim, pensativa.
NOEMI
Eu só me lembro de estar na maca... Rute me carregava... Depois tudo escureceu.
RUTE
Eu fiquei exausta, e ainda fui mordida por uma cobra...
Rute mostra a marca na canela.
NOEMI
(preocupada) Cobra?!... Rute...
RUTE
Não se preocupe, eu estou bem. Se os sintomas fossem se manifestar, eu já estaria sentindo. Ou a cobra não era venenosa... ou Deus me livrou. Mais uma vez.
MARÍLIA
De qualquer forma, Deus a livrou.
ELOÃ
Livrou as duas. Cruzou os nossos caminhos para que não morressem.
NOEMI
Você está bem, Rute?
RUTE
Estou sim, senhora. Acordei primeiro, desjejuei...
MARÍLIA
Se estiver se sentindo melhor, Noemi, levante-se e vá desjejuar também.
NOEMI
Obrigada.
Eles fazem que sim.
NOEMI
Qual é a distância daqui até Belém?
ELOÃ
Menos de um dia de caminhada. Mas podem se recuperar antes de seguirem viagem.
MARÍLIA
Fiquem aqui o tempo que quiserem.
Rute sorri bastante.
NOEMI
O que foi, Rute?
RUTE
É que... eu estou pensando... Há quantos dias vínhamos caminhando? Quantos desafios no deserto... E Deus nos guardando com Sua mão poderosa...
NOEMI
(colocando as pernas para fora da cama) Você está tentando ser otimista. A mão de Deus só tem me apertado.
Os três ficam um tanto constrangidos, mas nada dizem sobre isso.
RUTE
A senhora não prefere descansar mais um pouco? Talvez seja melhor... Depois vamos conhecer a aldeia. É um lugar muito bonito, a senhora vai gostar.
NOEMI
Não quero mais descansar, já estive muito tempo desacordada. Vou me levantar, me lavar e, se Marília e Eloã permitirem, desjejuar. Estou faminta...
O casal de idosos sorri.
ABERTURA

CENA 2: INT. PALÁCIO – SALA DO TRONO – DIA

Myra e o Capitão chegam aos pés do trono e fazem uma reverência.
CAPITÃO
Mandou nos chamar, soberano?
ZYLOM
Sim. Em relação a Myra, é por causa de meu sonho. O mesmo sonho de todas as noites. Faruk morreu e... agora...
MYRA
Como Sumo Sacerdotisa, cumprirei com minha obrigação e consultarei os deuses a respeito desse assunto.
ZYLOM
Isso já foi feito. E, além do mais, não quero interpretações de astrólogos, magos e feiticeiros de Moabe. Tenderão a me favorecer em suas respostas. Amnon, Edom... São reinos que servirão. Até mesmo Israel. Já ouvi falar sobre uma grande feiticeira que morava na capital Hebrom. Mas fica livre a escolha. Apenas espalhem que é uma grande missão, e por isso mesmo serão muito bem pagos.
MYRA
Entendido, senhor. Vou agora mesmo enviar um mensageiro. Com licença.
Myra faz uma reverência e sai. Zylom espera ela atravessar a sala e sair pela porta.
ZYLOM
Meu Capitão...
CAPITÃO
Senhor.
Zylom se levanta.
ZYLOM
Acompanhe-me. Vou fazer aquilo que disse.
Zylom desce as escadas e os dois saem juntos dali.

CENA 3: INT. HOSPEDARIA – QUARTO DE TAMIRES – DIA

Neb arruma suas coisas, está de saída. É quando a porta abre e Tamires entra. Ela fecha a porta na cara dos guardas.
TAMIRES
Ah, que ódio!
NEB
O que foi?...
TAMIRES
Aquele velho nojento daquele Ancião me fez passar mais uma noite na cela! Só por causa de uma maldita suspeita, ahn!!! E eu ainda os ajudei... (pequena pausa) Não sentiu minha falta, Neb?! A noite inteira!
Ele tenta disfarçar.
NEB
Ahn, eu... Você... os ajudou, foi?...
TAMIRES
Rum.
Tamires larga suas coisas e se aproxima devagar dele.
TAMIRES
Mas tudo bem. As coisas melhoraram agora que cheguei e te encontrei aqui. (toca seu rosto) Vai dar atenção para sua Tamires, hum?...
NEB
Eu sinto muito... Estou de saída.
TAMIRES
Como assim, Neb? Eu acabei de chegar, passei a noite presa...
NEB
Eu preciso trabalhar, Tamires. Preciso vender os meus produtos.
TAMIRES
Eu tenho dinheiro, Neb. Você não precisa vender nada, nem mesmo precisa trabalhar. Pode dedicar todo o seu tempo apenas para mim...
NEB
Não, não pode ser assim. Eu sou homem, eu sou o homem aqui. Não posso ser sustentado por você.
TAMIRES
Ah, não pode ser sustentado pela mulher... Pela mulher que ama ele.
Ele pigarreia.
NEB
Só uma coisa... Não é bem minha mulher.
TAMIRES
E você acha que não sei?! Que coisa, Neb!...
NEB
Mas isso muda tudo. Sendo um homem solteiro, preciso ter meu dinheiro, minhas coisas, minha liberdade...
Ela o encara.
NEB
...financeira... é claro.
TAMIRES
Mas nós estamos juntos como se fôssemos casados, Neb.
Neb tosse e acaba espirrando.
NEB
Não, não é a mesma coisa. São coisas totalmente distintas, Tamires. Enfim, eu preciso ir.
Ele vai até ela e a beija.
NEB
Shalom. Até mais tarde.
Neb abre a porta e sai. Tamires fica ali, frustrada.

CENA 4: INT. PALÁCIO – PRISÃO – DIA

Um soldado abre a porta e entram o rei Zylom e o Capitão. Ao vê-los, Orfa se ajeita em sua cela, ainda sentada. Eles se aproximam. O soldado abre a grade e Zylom para na entrada, olhando-a com desprezo. Acuada, ela o encara.
ZYLOM
Você praticamente nasceu em meus domínios. Teve comida, bebida, educação, conforto, apenas o melhor.
Orfa continua a encará-lo.
ZYLOM
Tudo o que eu peço em troca agora, Orfa, é uma simples informação: para onde foram Rute e Noemi?
ORFA
Querem saber... para encontra-las e também chicoteá-las.
ZYLOM
Eu quero saber... pelo motivo de que existe uma lei. E a lei precisa ser cumprida. Eu sou a lei. Estou apenas agindo como tal.
ORFA
O senhor não deveria se sujeitar a isso apenas pela honra e memória de Faruk. Um homem que agia apenas em seu próprio benefício.
Irritado, Zylom lhe dá um bofetada. O rosto de Orfa é virado e ela fica encarando o chão.
ZYLOM
Como ousa me chamar de bobo?! E ainda desonrar a memória do Sumo Sacerdote!!!
Ela continua olhando para o chão.
ZYLOM
(para o Capitão) Quantas refeições ela está tendo?
CAPITÃO
Três.
ZYLOM
Corte a da tarde. Se ela insistir em não contar, corte a da noite.
Zylom sai. O guarda fecha a cela e o Capitão alcança o rei na saída.
CAPITÃO
Elas certamente já estão em Israel, senhor.
Zylom olha para ele e respira fundo.
ZYLOM
Continuem com as buscas. E, se for preciso, eu envio o exército todo para entrar em Israel e capturar aquelas duas, principalmente Rute! Quero ver se os hebreus ousarão resistir às minhas forças.
Encarando o nada, os músculos de sua face tremem de raiva.

CENA 5: INT. CASA DE LEILA – LOJA – DIA

Aylla modela com as mãos o barro que será transformado em alguma peça. Atrás, Leila a observa aflita. Parece estar buscando forças para falar algo.
Então Leila fica de pé e se aproxima.
LEILA
Aylla, filha...
Aylla dá uma olhada rápida para ela.
AYLLA
Sim?
Leila parece buscar as palavras.
LEILA
Eu... Eu gostaria...
Não diz.
AYLLA
Gostaria...? Gostaria do quê?
Leila continua buscando forças.
AYLLA
Estou fazendo errado?
LEILA
Não, não, o serviço está ótimo, é que... Nada. Já passou.
Aylla franze o cenho e também fica de pé.
AYLLA
“Passou”?
LEILA
(fazendo que sim) Sim... Era só um mal-estar.
A garota parece acreditar.
AYLLA
Hum. É bom a senhora espairecer um pouco.
LEILA
Sim, vou fazer isso.
Leila sai imediatamente e para lá fora. Aylla volta ao seu serviço e a observa. Leila, com o rosto fora do alcance da filha, respira lamentando o fracasso.

CENA 6: EXT. ALDEIA HEBREIA – DIA

A aldeia, cercada por um pomar em quase todos os lados, é formada de poucas casas e bem espaçadas entre si, de forma que haja um amplo pátio no que seria a rua principal. Nesse, há diversas plantas ornamentais naturais e flores de cores diversas. Por ali, crianças correm, os moradores caminham tranquilamente, uma carroça passa logo à frente... Noemi e Rute caminham devagar por ali.
RUTE
E pensar que em pouco tempo estaremos em Belém, com a graça de Deus.
NOEMI
Não vejo a hora.
Elas então sentam em um canteiro bem embaixo dos galhos de uma das árvores do pomar ao redor, pegam uma fruta para cada uma e ficam ali, observando o pacato mas agradável movimento.
NOEMI
O que você espera de Belém, Rute?
Rute pensa enquanto mastiga a fruta. Então olha para ela.
RUTE
Não espero nada, senhora. Eu sei, eu entendo que sou uma estrangeira, não tenho esse direito.
NOEMI
Existem leis exclusivas para os estrangeiros. Leis que os diferenciam.
RUTE
Mesmo? Qual, por exemplo?
Noemi busca uma.
NOEMI
A colheita, por exemplo. Os pobres e os estrangeiros devem colher do resto que cair no chão no caminho da colheita. Essa porção é reservada a eles.
RUTE
Entendo.
Continuam a comer a fruta.
RUTE
Senhora Noemi... A senhora não tinha um pedaço de terra em Belém, antes de partir?
NOEMI
Sim, sim... Elimeleque tinha. E isso é algo que me preocupa.
RUTE
Por quê?...
NOEMI
Por causa da lei do remidor.
RUTE
Lei do remidor?...
NOEMI
Sim. Quando um homem morre sem ter deixado descendência, o parente mais próximo tem o direito e dever de comprar as posses e se casar com a viúva, salvando-a da miséria e dando descendência e honra ao falecido.
RUTE
Interessante.
NOEMI
Interessante? Eu não tenho certeza se você pode achar isso interessante.
Rute a encara querendo entender.
NOEMI
Pois quem teria que se casar, Rute, seria você. Eu dei descendência a Elimeleque, mas você infelizmente não...
Rute, um tanto triste, vira o rosto devagar e olha distante.
NOEMI
Rute, minha filha, eu não quero te ofender. Sei que é um assunto delicado para você, mas--
RUTE
(interrompendo) Eu entendo. Eu entendo perfeitamente, senhora. É a realidade.
Noemi a olha com pesar.
RUTE
Meu sentimento por Malom ainda é muito forte em meu coração. Não há um só momento em que eu não sinta falta dele.
Noemi se ajeita, virando melhor para a nora.
NOEMI
Rute, escute... Eu quero que entenda uma coisa. Você não deve se preocupar comigo no que diz respeito à sua vida. Eu sei que, independentemente do resgate, mais cedo ou mais tarde você se casará de novo.
RUTE
Não sei, é algo--
NOEMI
(interrompendo) Rute. Já disse para não se preocupar.
Rute não diz nada, permanece quieta.
NOEMI
Vamos nos preparar para partir.
Elas põe-se de pé.
Cerca de uma hora depois, Marília, Eloã e alguns outros moradores estão na saída da vila despedindo-se de Noemi e Rute.
MARÍLIA
Que Deus as acompanhem nesse resto de viagem.
RUTE
Amém.
NOEMI
Muito obrigada por tudo. Nos resgataram, cuidaram de nós... Não temos palavras para lhes agradecer.
ELOÃ
É um prazer ajudar aos nossos irmãos.
Elas sorriem.
MARÍLIA
Vocês chegarão em boa hora, pois é tempo de colheita.
ELOÃ
Deverão chegar no princípio da colheita de cevada.
RUTE
Uau, sério?!
NOEMI
Mesmo? Cevada?
ELOÃ
Trigo e cevada é o que mais há em Belém, agora.
Rute olha para Noemi e sorri, mas sua sogra não demonstra muito.
NOEMI
Pois bem. Vamos, Rute. Shalom!...
MARÍLIA, ELOÃ, MORADORES
Shalom!
Noemi e Rute cruzam o pomar e partem dali.

CENA 7: EXT. VILA – ANOITECER

O dia vai passando e a noite começa a cair.
Na vila, quase todos os homens da Caravana, em roda, erguem suas taças de vinho para o alto.
SEGISMUNDO
Ao golpe sobre os Guardiões!
TODOS
Aeeehhh!!!
E tomam o vinho.
Em seguida, eles se espalham. Segismundo sai caminhando com Gael.
GAEL
Segismundo... Agora precisamos nos preocupar mais com o Assassino.
SEGISMUNDO
Que Assassino?
GAEL
Aquele que deve estar entre nós.
Segismundo vira o resto de vinho.
SEGISMUNDO
Eu torci para esse maldito ser preso ou morto.
GAEL
Infelizmente, não acho que tenha acontecido...
Segismundo encara a movimentação, preocupado.

CENA 8: INT. CASA DE BOAZ – SALA – ANOITECER

Boaz, Josias e Tani comem e bebem, em pé, ao redor da mesa.
TANI
Ah, essa época!... Estou tão animada!
BOAZ
Época de colheita é época de benções!
JOSIAS
E já está tudo pronto para começarmos amanhã bem cedo.
TANI
Época maravilhosa!
JOSIAS
Para mim poderia ser ainda melhor se pudesse estar ao lado da mulher que amo...
TANI
Oh, Josias... Sinto muito por você.
Boaz se aproxima.
BOAZ
Josias, por que você não aproveita essa época em que todos estão com o espírito alegre, de bom ânimo, e não faz algo para conquistar Jurandir?! Ahn?! O que me diz?!
Josias parece pensar.
JOSIAS
Sabe que você tem razão, Boaz... É uma excelente ideia!

CENA 9: EXT. BELÉM – ARREDORES - ANOITECER

Noemi e Rute caminham sobre a relva... então param. Ambas olham para frente. Logo ali está Belém, com as primeiras chamas de iluminação. Ao redor, os campos de trigo e de cevada a perderem de vista.
Emocionada, Rute sorri e Noemi começa a chorar.
NOEMI
Não sei se vou conseguir... Já faz muito tempo.
Rute respira fundo e olha firme para Noemi.
RUTE
A senhora vai conseguir sim! Vamos fazer isso juntas.
Enquanto limpa as lágrimas, Noemi faz que sim. Então elas entrelaçam os braços e caminham.
Ao se encaminhar para o portão da cidade, Noemi olha para o lado, para o trigo e cevada... Sorri.
NOEMI
Guardas... Soldados... Não havia na época.
E se aproximam.
Rute olha a cidade com curiosidade e uma certa dose de deslumbramento. Dali é possível ver as cores vivas, o povo alegre...
Se aproximam do portão da cidade.

CENA 10: INT. CASA DE BOAZ – SALA – ANOITECER

TANI
Bom, rapazes, eu já vou indo. Preciso me preparar para o início da colheita. Shalom!
BOAZ, JOSIAS
Shalom, Tani!
Tani abre a porta e sai.

CENA 11: EXT. BELÉM – ENTRADA DA CIDADE – ANOITECER

Juntas, Noemi e Rute passam pelos guardas e cruzam a entrada. Finalmente pisam no interior de Belém.
Nesse instante, a maioria dos belemitas olha para elas com curiosidade. Alguns não reconhecem, outros franzem o cenho, outros murmuram, e mais outros apontam... Rute olha para o povo e para as ruas contida, mas visivelmente alegre.
Nesse instante, um pouco à frente, Tani caminha tranquilamente. Mas, ao vê-las, paralisa instantaneamente. Noemi e Rute também param. Noemi olha contente para Tani, que a encara em início de grande surpresa.
TANI
Noemi?!
Noemi sorri minimamente e Tani continua encarando-a, impressionada. IMAGEM CONGELA
CONTINUA...
FADE OUT:

No próximo capítulo: O reencontro de Noemi e Tani, a volta de Noemi para sua antiga casa e a decisão de Rute em ir trabalhar na colheita.

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