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Fortalezas Amorosas - Capítulo 04 (Edição Especial)



CAPÍTULO 04


novela criada e escrita por 

AGATHA



Cena 01: /Casa da Família de Açucena – Fazenda Bona Alleanza – Sala – Interior – Dia
A casa está cheia de baldes espalhados pelos cômodos enquanto a TV ligada, dá notícias sobre a chuva na cidade.
- Repórter: Segundo informações, um bairro no centro está totalmente inundado, as populações ribeirinhas que moram perto ao local perderam tudo...
Viviane está na cozinha, ajeitando os móveis, quando o telhado começa a jorrar água devagar e formar uma torrente.
- Viviane, gritando: HENRICO, CORRE! ME AJUDA. TÁ ENTRANDO ÁGUA PELAS TELHAS DA COZINHA.
- Henrico: PERA...
Henrico chega na cozinha correndo com uns baldes na mão.
- Henrico: Ai que droga! Essa casa está caindo aos pedaços, só fazendo reforma pra ficar boa.
O carro onde estão Açucena e Ilza, buzina e chama a atenção de Viviane e Henrico, na frente da casa.
- Henrico: Olha, um carro
- Viviane: Meu filho, se você quiser ir lá e ser solidário com quem quer seja, vá embora. Eu tô aqui preocupada é com a cozinha, viu.
Henrico corre até sala e vê o carro.
- Henrico: Vou lá, é a mãe e a Açucena.
Ele corre até o carro com pressa e ajuda Açucena e Ilza a descerem, caminham de guarda chuva até a casa.
- Henrico: Mãe, cadê o pai? Ele está bem? Não veio junto.
Eles caminham mais e chegam até a casa.
- Ilza: Cadê sua irmã? É notícia de nossa importância, preciso falar com vocês.
- Henrico: Pera... /gritando: VIVIANE, COLOCA UM BALDE  AÍ E VEM AQUI!
- Viviane: QUE É HENRICO, É URGENTE?
- Açucena, gritando: É SIM, VEM CÁ.
Viviane põe um balde e chega na sala correndo.
- Ilza: Então... Vou ser direta já que aqui a situação tá complicada. (T) Estávamos no hospital e chegaram cinco bandidos armados, ocorreu um assalto. Durante, houve uma troca de tiros e uns ladrões chegaram em nosso quarto, assim como nos outros e rend...
Ilza desaba no choro aos poucos lembrando de Eurico.
- Açucena: E renderam a nós., nos arrastaram pelos corredores, eram violentos. (T) Numa armação deles, atiraram no papai, que caiu já sem vida...
Viviane fica sem reação e começa a chorar baixo, Henrico se mantém forte e com cara de duro. Açucena, Ilza e Viviane agora choram bastante.
De repente, um raio cai e faz um estrondo enorme que chama a atenção agora de metade dos moradores do local.
- Açucena: AI MEU DEUS, O QUE FOI ISSO? MISERICÓRDIA.
Os moradores começam uma agitação na vila, eles ficam sem saber o que é e saem de casa aos poucos por conta da chuva e se deparam com a chegada de um morador correndo.
- Henrico: Mas o que é isso? Esse povo já tá na agonia, credo.
- Viviane: Vou lá ver, fiquem aqui.
A vila ao redor da casa está em uma agitação só, Viviane corre com um guarda chuva na mão e chega em uma moradora.
- Viviane: Moça, o que houve? Por quê essa agitação toda?
- Moça: O RAIO QUE CAIU AQUI PERTO E FEZ AQUELE BARULHO TODO CAUSOU UM ESTRAGO, A BARRAGEM ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO! O SEU ARNALDO TAVA INDO PRA LÁ E VIU.
- Viviane: Ai minha santinha... Obrigada pela notícia.
Ela chega correndo em casa, agora desesperada.
- Açucena: O que houve, Viviane?
- Viviane: A BARRAGEM DAQUI, ELA ROMPEU E VAI INUNDAR TUDO. O seu Arnaldo viu e veio correndo avisar.
Eles se olham apavorados.

Cena 02: //Casa da Família Mattos//
André chega em casa irritado e sem paciência. Helena já tem todo seu plano pronto e está lendo um revista de fofoca.
- Helena: Já chegou, filho? Pensei que fosse ficar até mais tarde, hoje. Como foi a audiência de conciliação?
- André: Não estou pra conversas no momento, estou no meu quarto. Por favor, não me incomode.
André segue pro quarto.
- Helena: Aconteceu algo, eu conheço o André...
Helena se levanta e vai atrás dele. André anda pensativo até seu quarto.
- Helena: Pode parar, André... Eu lhe conheço... Abre a boca. O que houve!
- André: Você não entendeu o quê, na parte do "Por favor, não me incomode"?
- Helena: Mocinho, se você não está pra conversa, eu não estou para seus chiliques por falta de paciência.
- André: Veja só, eu não estou bem. Houve uma discussão no escritório e eu só quero paz! Mas você não consegue me dar isso. Só me mudando dessa casa!
- Helena: JÁ CHEGA! André fala logo! Você está pior que as novelas infantis do SBT e seus trezentos e tantos capítulos!
- André: Você não quer que eu fale? Pois então, é que eu briguei com o safado do Roberto! Aquele inútil me dá um caso de um assassino digamos "em série" e eu tenho que defender o assassino? Nem a pau que eu faço isso. Ele veio tirar gracinhas de mim! Eu não deixo isso passar. Briguei com ele, enfrentei e fui demitido! Está aí! Demitido! Sai espalhando que seu queridinho filho é um fracasso...
André sai andando e Helena fica chocada com as palavras dele.
- Helena: Mas que absurdo. Meu filho demitido! Ah, Roberto, você me paga!
André chega em seu quarto, tira sua roupa e deita na cama.
- André: Cansei dessa vida. Eu só quero descansar, paz!
Helena volta ao quarto do filho e bate na porta.
- Helena: Filho, tenho uma proposta que surgiu de última hora?
- André: Ai Meu Senhor... O que é? Qual?
- Helena: A Gabriela, mãe da Teresa e minha amiga, nos chamou para irmos ao clube com ela, neste sábado. Vamos?
- André: Tá, mãe, tá. Vamos.
Helena comemora em silêncio do lado de fora do quarto.

Cena 03: //Vila - Casa da Família de Açucena//
Os moradores, muitos, estão montados em caminhões, deixando suas casas apenas com as coisas necessárias. Mas com muita tristeza.
Açucena faz as malas junto com sua família.
- Ilza: Os documentos. Eles são necessários. Vamos levar apenas nossas roupas, uma quantidade razoável, os documentos e alguns alimentos.
- Viviane: Ai Meu Deus. Duas tragédias no mesmo dia. O rompimento dessa bendita barragem e a morte do papai.
- Ilza: Amanhã, se possível, faremos o enterro dele...
De repente, uma enxurrada de água começa a invadir algumas casas.
- Henrico: APRESSA, GENTE. A ÁGUA TÁ CHEGANDO. O JÚLIO JÁ TÁ PRONTO.
Elas saem correndo pela casa e conseguem sair.
A água vem com mais força.
Açucena e sua família entram no carro, com saudosismo pela casa.
O carro parte.
A força da água é muita, que começa a subir de nível. O carro fica preso sem saída.
- Açucena: Meu Jesus, amado pai! Nos ajuda.
- Viviane: Eu não quero morrer.
- Júlio: Minha nossa senhora da Glória...
A água sobe e começa a arrastar o carro. Todos gritam desesperados.
- Ilza: SOCORRO! SOCORRO!
A água sobe e leva o carro com eles dentro, antes que eles consigam sair.

Cena 04: //Casa da Família Mattos//
André descansa em meio ao barulho da chuva.
- André: Agora sim, paz.
André se levanta e tira toda a sua roupa e entra no banheiro.
- André: Nada melhor que um bom banho pra relaxar.
//Sala//
Helena fala ao telefone.
- Helena: Alô, é do escritório de advocacia Huang Chen?... É que eu gostaria de falar com o Senhor Roberto Dantas... Diga a ele que é uma conhecida dele... ... Ok, obrigada...
Roberto atende o telefone.
- Roberto: Bom dia, quem é?
- Helena: Olá, Roberto. Aqui quem fala é Helena Freitas de Muniz... Mãe de André Freitas de Muniz... Lembra de mim?
- Roberto: Sim... O que deseja?
- Helena: Eu soube da discussão que houve entre você e meu filho, hoje. E eu gostaria de falar com você... Tem como readmitir ele de volta a empresa?
- Roberto: Veja só, Helena, infelizmente não. Eu que dou as ordens aqui e ele brigou de maneira que desacata as ordens..
- Helena: Entendo... Mas nem com uma negociação? Eu entendo muito bem de negociações...
- Roberto: Depende... Qual tipo de negociação? Dinheiro, compra e revenda de algum imóvel, contrato...
- Helena: Não é nenhum desses... É um novo...
- Roberto: Qual?
- Helena: Sexo... Eu e você, um dia inteiro e até uma noite juntos, sexo e tudo que tem direito, eu só sua e você só meu, e você readmite meu filho...
- Roberto: Hum... Interessante.
- Helena: E o que você me diz?
- Roberto: Eu aceito... Que dia?
- Helena: Depois de amanhã, quinta-feira.
- Roberto: Ok. Me encontre num motel perto de onde moro. Anote o endereço...
Helena anota o endereço.
André sai do quarto, trocado de roupa e caminha até a sala.
- André: Estava falando com quem?
- Helena: Com a Gabriela. Está tudo certo.

Cena 05: //Carro//
Todos estão desesperados.
- Viviane: Eu quero sair daqui! SOCORRO. SOCORRO.
- Açucena: Ai Meu Deus. Senhor nos ajuda.
- Júlio: Pessoal, acho melhor pular. A correnteza vai levar o carro. A chuva não tá ajudando.
Henrico abre a porta.
- Henrico: Eu vou sair primeiro, depois vocês vem!
Mas a água puxa ele pra longe.
- Ilza: Filho!
- Açucena: Eu vou ajudar...
Ela pula na água e sai atrás dele.
Viviane, Júlio e Ilza são jogados para fora do carro ao bater o carro em uma pedra.
- Ilza: FILHA! AÇUCENA!
A água acaba por separar a família...

Cena 6: //Casa da Família Mattos//
André descansa em meio ao barulho da chuva.
- André: Agora sim, paz.
André se levanta e tira toda a sua roupa e entra no banheiro.
- André: Nada melhor que um bom banho pra relaxar.
//Sala//
Helena fala ao telefone.
- Helena: Alô, é do escritório de advocacia Huang Chen?... É que eu gostaria de falar com o Senhor Roberto Dantas... Diga a ele que é uma conhecida dele... ... Ok, obrigada...
Roberto atende o telefone.
- Roberto: Bom dia, quem é?
- Helena: Olá, Roberto. Aqui quem fala é Helena Freitas de Muniz... Mãe de André Freitas de Muniz... Lembra de mim?
- Roberto: Sim... O que deseja?
- Helena: Eu soube da discussão que houve entre você e meu filho, hoje. E eu gostaria de falar com você... Tem como readmitir ele de volta a empresa?
- Roberto: Veja só, Helena, infelizmente não. Eu que dou as ordens aqui e ele brigou de maneira que desacata as ordens...
- Helena: Entendo... Mas nem com uma negociação? Eu entendo muito bem de negociações...
- Roberto: Depende... Qual tipo de negociação? Dinheiro, compra e revenda de algum imóvel, contrato...
- Helena: Não é nenhum desses... É um novo...
- Roberto: Qual?
- Helena: Sexo... Eu e você, um dia inteiro e até uma noite juntos, sexo e tudo que tem direito, eu só sua e você só meu, e você readmite meu filho...
- Roberto: Hum... Interessante.
- Helena: E o que você me diz?
- Roberto: Eu aceito... Que dia?
- Helena: Depois de amanhã, quinta-feira.
- Roberto: Ok. Me encontre num motel perto de onde moro. Anote o endereço...
Helena anota o endereço.
André sai do quarto, trocado de roupa e caminha até a sala.
- André: Estava falando com quem?
- Helena: Com a Gabriela. Está tudo certo.

Cena 7: //Carro//
Todos estão desesperados.
- Viviane: Eu quero sair daqui! SOCORRO. SOCORRO.
- Açucena: Ai Meu Deus. Senhor nos ajuda.
- Júlio: Pessoal, acho melhor pular. A correnteza vai levar o carro. A chuva não tá ajudando.
Henrico abre a porta.
- Henrico: Eu vou sair primeiro, depois vocês vem!
Mas a água puxa ele pra longe.
- Ilza: Filho!
- Açucena: Eu vou ajudar...
Ela pula na água e sai atrás dele.
Viviane, Júlio e Ilza são jogados para fora do carro ao bater o carro em uma pedra.
- Ilza: FILHA! AÇUCENA!
A água acaba por separar a família...

Cena 8: //Lugar desconhecido//
Ilza e Viviane estão de mãos dadas lutando contra a força da água.
- Ilza: FILHA. SE AGARRA NAQUELA PEDRA.
- Viviane: VOU TENTAR, MÃE. MAS SE EU NÃO CONSEGUIR. VOCÊ VAI FICAR SEGURA E EU ME ARRISCO!
Viviane tenta pegar a pedra, mas não consegue.
- Viviane: VOU TENTAR DE NOVO!
Viviane se joga sobre a pedra e puxa Ilza.
- Ilza: AI FILHA...
Elas se abraçam...
- Viviane: Ai Meu Deus... E como estará a Açucena e o Júlio? Tô muito preocupada...
- Ilza: Vou rezar para que estejam bem...
- Viviane: Precisamos rezar... A água está muito forte e com a força, algo pode acontecer.
- Ilza: Sabe filha... Em 44 anos morando aqui, nunca vi isso acontecer... Essa barragem sempre foi forte... Isso não me cheira bem!
Ilza fica desconfiada.

Cena 9: //Rio Transversal - Margens//
Açucena está sendo carregada pela água e tentando se agarrar em algo pra sair.
- Açucena: ONDE EU ESTOU? QUE LUGAR É ESSE? ALGUÉM ME AJUDA... AI MINHA NOSSA SENHORA, ME AJUDA.
Açucena continua sendo levada pela correnteza.
- Açucena: Preciso me agarrar em algo. Não posso continuar sendo levada...
Açucena fica puxando uns galhos na beira do rio.
- Açucena: AAAAAHHHHH.
Ela puxa e se segura.
- Açucena: Ufa...
Um carro vem vindo na direção dela carregado pela correnteza.
- Açucena: JESUS. ME AJUDA!
Ela mergulha de vez... Seu pé engancha num galho.
Açucena se debate na água tentando sair...  

Cena 10: //Em algum lugar no Rio Transversal//
Júlio está desmaiado e sangrando...
Jogado em uma pedra e ferido na cabeça.
A quantidade de pessoas mortas no rio é impressionante.
Alguns moradores se aproximam do lugar.
- Morador: AI MEU DEUS... QUANTA GENTE MORTA... VEJAM. UM RAPAZ FERIDO. ME AJUDEM.
os moradores montam uma corda e puxam Júlio.
- Moradora: AÍ SERÁ QUE ELE TÁ VIVO?
- Morador: ESPERO QUE SIM...
Eles socorrem Júlio.

Cena 11: //Lugar desconhecido//
- Viviane: Mãe... Precisamos sair daqui...
- Ilza: Mas como? Estamos presa. A correnteza tá forte...
- Viviane: AQUI TEM PERIGO DE CAIR RAIO. ESTAMOS EXPOSTAS A MORTE.
- Ilza: MAS...
A água sobe...
- Viviane: VAMOS.
Elas saem caminhando cuidadosamente.

Cena 12: //Hospital//
Júlio está no soro e sendo analisado pelos médicos.
- Médico 1: ACHO QUE ELE VAI FICAR COM SEQUELAS.
Júlio começa a acordar...
- Júlio: An... Onde estou...
- Médico 2: Olá... Somos médicos do hospital central...
- Júlio: Como eu cheguei aqui?
- Médico 3: Alguns moradores locais te socorreram e trouxeram você pra cá.
- Júlio: Eu só queria saber como...
Júlio começa a ter uma parada cardíaca.
- Médico 2: DESFIBRILADOR, RÁPIDO!
//Gancho//


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