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Primeira Impressão com o Senhor X - Crítica "Por Trás das Máscaras" - Tem2Pro03

 

Saudações! Sejam mais uma vez todos muito bem-vindos ao seu programa dominical de críticas, o Primeira Impressão!

Se cuidando como espero que vocês estejam se cuidando, meus companheiros mancebos, acredito que estão prontos para mais uma crítica no dia de hoje. Preparados? Então apertem os cintos!

A crítica de hoje é sobre Por Trás das Máscaras, escrita por Levi de Oliveira e exibida no Megapro. Confiram a sinopse:

Num jogo de segredos e mentiras, a vida de Carla, milionária e presidente do Grupo empresarial da família, e de Magda, professora universitária, se veem com suas vidas de cabeça para baixo quando segredos, mentiras e perseguições começam vir à tona.

É da ideia de que todas as pessoas se escondem por trás de “máscaras” que parte a trama da série em questão. Uma ideia que, se observada com cuidado, pode arrepiar a espinha de quem teme não conhecer de verdade aqueles que o rodeiam. Mas, se a ideia for observada com ainda mais cuidado, ver-se-á que todos nós, em maior ou menor grau, utilizamos máscaras para transitarmos nos diferentes meios da sociedade. Reflitam, mancebos, e respondam em seus corações se vocês são exatamente as mesmas pessoas nos almoços de família, nas redes sociais, na escola e no banco de trás dos carros de aplicativo.

Mas essas ainda são máscaras que vocês humanos trocam de forma natural nesses diferentes lugares. As mais graves trocas de máscaras acontecem quando segredos sujos são ocultos por elas, quando passados condenáveis desaparecem em função de um sorriso, de uma mentira. E é a partir dessa ideia mais grave e pessimista que se desenvolve a teoria das máscaras da protagonista Carla, ainda no início do episódio – intitulado “Carla” –, afinal a personagem, em um passado não muito distante, passou por uma grave traição vinda de seu próprio marido, com quem dividia não só a cama, mas a vida.

O grande “porém” na construção de toda essa ideia é que o texto ainda dá a entender que Carla encontrou nessa desilusão com o marido um certo conforto para esconder seus próprios segredos. E, meses após a prisão do ex-companheiro e já atuando como presidente do grupo empresarial, ela decide mostrar sua real personalidade, “mas sem revelar seus piores segredos”. Ora, mas que segredos todos são esses que Carla esconde? O texto não os menciona e não os alude, muito menos quando narra o passado de sua família, cuja ascensão financeira aparentemente foi de forma totalmente legal e esforçada. Então o que Carla poderia temer revelar quando sua máscara de rainha caísse? Aparentemente nada, o que não faz sentido algum.

Diferente da maioria das obras do Mundo Virtual, essa se estrutura no gênero literário, e não no roteirizado. E o episódio se divide basicamente em duas partes, sendo a primeira uma introdução alongada inteiramente narrada e com tons de crônica, e a segunda se assemelhando mais a um romance, revezando ação e diálogos. Acontece que o que acontece de fato no episódio é muito pouco. Basicamente temos Carla, plena em sua casa enquanto divaga sobre seu sucesso e aprecia seu vinho, sendo surpreendida por um estrondo e, junto com o filho Felipe, encontrando uma pedra com a escrita “Vadia” em tinta vermelha. Após isso mãe e filho têm uma discussão acalorada sobre confiança e, mais tarde, Carla recepciona o delegado Olavo, sendo que ambos esperam que a presença do mesmo ali valha a pena. E é isso. Não que uma obra do Mundo Virtual necessite de muitos eventos, mas a impressão aqui é de insuficiência de acontecimentos para dar base à trama principal da série, e até de desconexão entre os acontecimentos existentes. Afinal, o que tem a ver a conversa de Carla e Felipe sobre confiar ou não nas pessoas logo após terem a casa invadida com violência sem saberem por quem e se o invasor ainda está por ali?

E mesmo o tom poético do texto sendo perceptível – o que é muito necessário no gênero literário e menos no roteirizado –, às vezes a repetição de ideias vai um pouco além da conta, mas nada que apague o brilho da intenção. Por outro lado, pontuação e acentuação são aspectos falhos aqui, pois os mesmos, ainda mais no gênero literário, agregam não só a virtude da correta escrita, mas também a beleza; faltou um pouco dessa beleza. No mais, aparentemente para o leitor é necessário que caia a máscara da estreia e que se revelem os próximos episódios para que ele possa descobrir com mais clareza qual é o enredo principal da série. Não que o mesma virá a ser ruim, pode até ser ótimo. Mas, infelizmente, não o pudemos conhecer muito bem nessa estreia, e uma das funções dessa era justamente apresenta-lo.




Série: Por Trás das Máscaras

Autor: Levi de Oliveira

Episódios: 16

Emissora: Megapro

Clique aqui para ler o 1° episódio

Saiba mais sobre a série


E vocês, mancebos, já leram essa série? Digam o que acharam dela e da minha crítica nos comentários abaixo.

Bom, e como voltamos à normalidade do programa, hoje vou responder o autor da obra criticada no programa passado. Vejamos o que ele disse:


Imagine, Edgar, muito obrigado! Sou em quem agradeço pela recepção madura e esportiva, e pelos elogios à crítica. E certamente você apresentará obras ainda melhores, principalmente porque já identificou o problema da formatação. Aguardo seus novos trabalhos, hein!

E para quem comentou elogiando o programa e a série, meu muito obrigado! E quem pediu obras para serem criticadas aqui, aguarde que já estão na lista!

      Mas caso vocês tenham perdido o programa da semana passada, basta clicarem aqui e lê-lo. E qualquer reclamação, elogio e sugestão de webs novas para analisarmos, basta escreverem nos comentários abaixo, tudo bem?

   Então é isso, queridos. Tenham uma ótima semana, se cuidem, fiquem bem, e até o próximo domingo com mais uma crítica quentinha! Até lá!

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