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Amor Distinto - ÚLTIMO EPISÓDIO


8º Episódio [ÚLTIMO EPISÓDIO]

(CENA 1 – Tarde / Galpão Abandonado)
P.O.V Jhonatan
Jhonatan – Você nunca mais vai encostar um dedo no Kauan! – Grito a ele enquanto segurava o seu pulso.
Daniel – Veio participar da “festa” também? – Ele pergunta cinicamente.
Jhonatan – Deixe de ser cínico! – Grito a ele. Eu puxo o seu pulso e o solto contra a parede, fico o segurando pela a gola.
Daniel – O câncer fez com que você deixasse de ser covarde? – Ele pergunta ironicamente.
Jhonatan – Você é um desgraçado! – Grito a ele. – Não sei como nunca consegui perceber a sua verdadeira face, mas agora que eu a conheço posso lhe enfrentar. Você não será mais dor de cabeça nem para mim e nem para o Kauan! – Exclamo, o ameaçando. Sinto uma leve dor de cabeça, fazendo com que eu me enfraquecesse.
Daniel – Isso é o que veremos, câncer ambulante. – Ele fala em tom de ameaça e puxa um canivete do bolso. Ele aponta o canivete para mim e eu me distancio. – Agora está com medo de um simples canivete? – Ele pergunta ironicamente.
Jhonatan – Daniel, você está fora de si! – Exclamo. Eu estava começando a sentir um certo enjoo.
Daniel – Não, Jhon! Eu estou mais saudável do que nunca. – Ele afirma.
Jhonatan – Por favor Daniel, olhe para si mesmo. Você não é mais aquele adolescente inocente que eu conheci na juventude. – Eu imploro. Estava com a voz um pouco diferente, parecia estar mais rouca e cansada.
Daniel – Claro que não, agora eu sou uma pessoa inteligente e não o seu capacho, para o seu descontento. – Ele fala com um sorriso psicótico.
Jhonatan – Daniel! Você está doente, a Julieta e as drogas lhe converteram em outra pessoa, você não era... – Eu me interrompo quando começo a sentir umas tonturas, mas dessa vez estavam muito fortes.
Kauan – Jhon! O que... – Ele diz desesperado. Foi a última coisa que escutei antes de desmaiar.
P.O.V Kauan
(O Jhon tinha desmaiado, mas dessa vez não saiu sangue nem nada. Ele somente caiu duro no chão.)
Kauan – Daniel! Por favor, você não quer se converter no monstro que matou a sua irmã. Você quer retornar a assassinar outra pessoa como o seu chefe? – Pergunto desesperado e preocupado com o Jhonatan. Daniel fica nervoso e joga o canivete no chão.
Daniel – Cale a sua boca! Cale a boca... – Ele diz nervoso e psicoticamente. Ele estava com as duas mãos na cabeça e o canivete no chão.
Kauan – Daniel, por favor, não queira se tornar numa “Julieta”. Você é uma pessoa boa, eu percebi isso quando nos abraçamos naquele dia. – Eu digo a ele.
Daniel – Você não sabe o que está falando! – Ele grita nervoso a mim.
Kauan – Se algum dia você amou o Jhonatan, o ajude! – Imploro a ele.
Daniel – Não é tão fácil quanto parece! – Ele grita me encarando perto da minha face.
Kauan – Nós podemos acabar com o “império” da Julieta juntos! Mas para isso acontecer eu preciso que você salve o Jhonatan! – Imploro a ele. Daniel me encara com um olhar confuso e sombrio.
(CENA 2 – Tarde / Galpão Abandonado | Outra Sala)
P.O.V Valentina
Valentina – Vai desistir da briga, covarde? – Pergunto ironicamente.
Julieta – O que você acha? – Ela pergunta.
Valentina – Acho que você deve começar a se colocar no seu lugar. – Eu digo ironicamente.
Julieta – Acho bom você se colocar no seu lugar também, na cova... – Ela diz ironicamente.
Valentina – Falou a que já está com o "pé na cova"... - Digo ironicamente. Joana aproveita a distração de Julieta e a golpeia por trás com as suas próprias mãos, Julieta cai no chão.

Joana – Vamos embora daqui! – Ela grita.
(Nós duas corremos, mas os capangas barram a nossa saída.)
Julieta – Seu papaizinho também tentou fugir de mim, por isso tive que adiantar a sua morte. – Ela diz cinicamente.
Valentina – Do que você está falando? – Pergunto confusa e com ódio.
Julieta – Aprenda uma coisa, nunca alguém fugiu das garras da rainha do tráfico, não serão vocês duas que conseguirão. – Ela afirma. Aparentava estar maluca.
(Eu, furiosa, corro na direção dela.)
Joana – Valentina! Não faça isso... – Ela grita.
Julieta – Agora é hora da minha surpresa para você! – Ela grita dando ênfase ao "minha" e puxa um canivete. Eu estava correndo na direção dela e não consegui frear, ou seja, ela perfurou o meu estomago com o canivete.
Joana – Valentina!... Não!!! – Ela grita desesperada.
Julieta - Nos vemos no inferno! – Ela cochicha no meu ouvido enquanto estava com o canivete na minha barriga. Ela retira o canivete ensanguentado e guarda no bolso.
(Estava saindo muito sangue, Joana veio correndo rapidamente até mim.)
Julieta – Já fizemos o nosso trabalho, evacuar equipe! – Ela diz a todos. – Ah, e tenha uma boa sorte para salvar essa daí. – Ela diz cinicamente se referindo a mim. Ela vai a caminho para outra sala.
Joana – Valentina... Meu amor... – Ela diz chorando a mim.
Valentina – Joana... por favor... cuide do... cuide do patrimônio do meu pai... não deixe que a Julieta... pegue o que é meu, te implo... te imploro... – Eu disse em vários intervalos, já estava perdendo os meus sentidos.
P.O.V Joana
(Estava ajoelhada, ao lado de Valentina que estava sangrando muito no chão.)
Joana – Valentina... – Fico em silêncio por um tempo e percebo que ela não falava mais nada, sua respiração tinha parado. – Não! Valentina, me responda, por favor! – Implorava a ela, mas ela não respondia. – Valentina... não... – Digo enquanto chorava muitas e muitas lagrimas em cima do seu corpo. Tentava fazer massagem cardíaca, mas de nada funcionava.
Diego – Mãe! – Ele diz de longe e vem correndo em minha direção. – Mãe, o que aconteceu? Por que você está suja de sangue e... – Ele diz preocupado. Eu me levanto e dou um abraço longo nele.
Joana – Filho... você não era para estar aqui. – Digo tentando disfarçar o choro.
Renan – Senhora! Acho que temos que sair logo daqui! – Ele grita enquanto escutava passos.
Diego – Calma, Renan! – Ele repreende-o. – Mãe, nós temos que ligar para uma ambulância ou algo assim, você não pode sair assim daqui. – Ele me alerta. Alguém dá um chute na porta que estava fechada, era um desconhecido carregando um... “corpo”?
P.O.V Daniel
Daniel – Alguém liga para uma ambulância, por favor! – Eu grito enquanto estava com o corpo de Jhonatan no meu colo.
Diego – Eu trouxe celular. – Ele pega o celular e digita o número desesperadamente, ele liga para a ambulância.
Joana – Por favor, algum de vocês dois, me ajudem com a Valentina. Ela está perdendo muito sangue. – Ela diz desesperada.
Daniel – Meu deus! O que houve com ela? – Pergunto também desesperado. Deixo o corpo de Jhonatan no chão e Kauan fica ao lado dele tentando o reanimar. Vou até o corpo de Valentina, me agacho e coloco meus dois dedos no pescoço dela.
Joana – Então? Como ela está...? – Ela pergunta com um pouco de esperança.
Daniel – Joana... a Valentina... ela está morta! – Exclamo nervoso.
Joana – Não... isso não é possível! – Ela gritava desesperada enquanto batia no meu peito, ela depois chora abraçada ao corpo de Valentina.
Daniel – Não sei se seria incomodo, mas quem fez isso com ela? – Pergunto preocupado e me levanto do chão.
Kauan – Só pode ter sido a Julieta! Ela é a culpada de todas as nossas desgraças... – Ele diz tristemente, mas com um sentimento de vingança.
Julieta – Eu por acaso escutei “mi nombre”? – Ela pergunta cinicamente enquanto entrava com a arma na mão.
(Começa a tocar “Escorpión” de Alex Sirvent como tema instrumental de fundo.)
Joana – Você é uma desgraçada! – Ela grita furiosa. Joana tenta “partir” para cima da Julieta, mas ela aponta a arma fazendo com que a afastasse.
Julieta – Vai com calma, sapatão! Não quero nenhum de vocês, somente o Daniel. Daniel, venha comigo agora! – Ela me ordena.
Daniel – Não! – Eu grito na cara dela.
Julieta – O que disse? – Ela pergunta surpresa.
Daniel – Você não manda mais em mim, Julieta! Não trabalho mais para você! – Grito confiante.
Julieta – Que pena... mais um para a lista de traidores. – Ela diz com uma cara de psicótica. – Você sabe que se eu quisesse poderia acabar contigo nesse exato momento, né? – Ela pergunta ironicamente. Ela estava apontando a arma para mim, mas depois abaixa. – Até lhe mataria agora, mas não é bom acabar com o espetáculo agora. Vejamos bem, já se foi Clara, Valentina e Miguel. Seria muito desagradável ter que acabar contigo agora. – Ela diz loucamente.
Daniel – Não sei como não percebi que você estava enlouquecendo Julieta. – Digo assustado.
Julieta – Olha só, o sujo falando do mau lavado. Vai dizer que não matou o Alessandro e a minha empregada? – Ela diz ironicamente.
Daniel – Sim, porque você me obrigou! Assim como fez com a Clara, a minha irmã! – Grito dando ênfase ao “você”.
Julieta – Eu não obriguei a Clara a usar drogas, ela fez por conta própria. Eu não obriguei o Sergio a matar a Clara, mesmo assim ele a matou a meu pedido! – Ela grita psicoticamente.
Daniel – Sua desgraçada! – Grito furioso. Vou para cima dela e tiro a sua arma das mãos.
Julieta – Parabéns! Finalmente está deixando de se comportar como uma “bixa”! – Ela diz ironicamente e batendo palmas. Eu tento dar um soco na cara dela, mas ela interrompe o meu punho com a sua mão. – Já cansei de todos vocês, boa sorte para argumentarem com esses três corpos aí no chão. – Ela diz cinicamente. Ela me empurra no chão e vai correndo para o helicóptero que estava à espera dela.
Daniel – Eu juro que você não vai se sair bem nessa! Eu juro! – Grito a ela enquanto a mesma entrava no helicóptero mandando “beijos” de adeus. – Eu sou um fracasso... – Digo tristemente sentado no chão.
Kauan – Isso tudo é sua culpa... – Ele diz chorando perto do Jhonatan.
Daniel – Kauan, não me culpe mais do que o peso que eu já estou sentido. – Digo chorando.
Kauan – O Jhonatan está morto por sua culpa, assim como a Valentina. – Ele diz chorando.
Daniel – Joana! Eu juro a você que eu não sabia o que ela queria com vocês. Eu só fui saber hoje. – Digo implorando a ela, de joelhos.
Diego – Quem você pensa que é? Sequestra essas pessoas, a minha mãe, e ainda quer o nosso perdão? – Ele pergunta.
Daniel – Por favor, vocês têm que entender que eu... – Digo chorando de joelhos.
Kauan – Já chega Daniel! Você não tem o que argumentar aqui, você é um criminoso e tem que ir para a cadeia. – Ele grita nervoso e chorando.
Daniel – Kauan, eu juro que não queria que acontecesse isso com o Jhonatan. Eu ainda o amo mesmo que não demonstre mais. – Digo nervoso e chorando.
Kauan – Acho que já é muito tarde para você resolver amá-lo, não? É muito tarde porque ele já está morto por sua culpa! – Ele grita nervoso. Eu vou até ele e fico segurando as suas mãos enquanto chorava e lhe implorava perdão.
Daniel – Eu imploro, Kauan! Me perdoe... – Digo chorando.
Kauan – Não é a mim que você tem que pedir perdão, é a ele. – Ele diz chorando.
Daniel – Perdão a todos vocês, mas eu vou para... – Digo nervoso. – Nem sei para onde eu vou, não tenho casa, não tenho mais nada. – Digo chorando.
Kauan – O Jhon tinha lhe oferecido a nossa casa, mas você o matou. – Ele diz ironicamente e chorando.
Daniel – Cale a boca, Kauan! Não aguento mais você me acusando dessa maneira... – Eu grito chorando.
Kauan – Sabe o que você pode fazer? Ir embora... – Ele grita. – Ir embora daqui e das nossas vidas para sempre! – Ele grita nervoso.
Joana – Por favor, vai embora. Eu posso lhe colocar na justiça a qualquer momento. – Ela diz chorando.
(Eu vou embora de lá chorando, saio de lá sem rumo.)
P.O.V Kauan
Kauan – O que faremos agora? – Pergunto aos que estavam presentes.
Joana – Não sei... – Ela diz tristemente. – E quanto aquela mulher? – Ela pergunta tristemente.
Kauan – A Julieta vai ter que pagar pelo o que fez... – Digo com sentimento de vingança.
Paramédico – Alguém chamou uma ambulância? – Ele pergunta.
Kauan – Moço, os ajude por favor! – Digo desesperado.
(Eles pegam as macas e vão direto para o hospital.)


(CENA 3 – Manhã / Hospital do Rio de Janeiro)
P.O.V Kauan
Policial – Obrigado pelo os detalhes do crime, Sra. Vega. – Ele diz seriamente.
Joana – De nada, eu que agradeço. – Ela diz tristemente. O policial vai embora.
Kauan – Os médicos não disseram nada desde que chegamos aqui. – Digo preocupado.
Médico – Sr. Moretto? – Ele pergunta a mim.
Kauan – Sim, doutor! Alguma noticia do Jhonatan? – Pergunto esperançoso.
Médico – Sim, mas não são nada boas. – Ele diz um pouco triste.
Kauan – Ele está morto? – Pergunto chorando um pouco.
Médico – Não! – Ele diz.
Kauan – O-o meu Jhon está vivo? – Pergunto alegre e gaguejando.
Médico – Ele está vivo, mas ele só tem no máximo 24 horas de vida. – Ele afirma.
Kauan – Mas você tem certeza disso? – Pergunto tristemente.
Médico – Tenho quase certeza, temo que ele não passe dessa noite. – Ele diz seriamente. – Ele vai ter que ficar no quarto do hospital pelo o dia inteiro ou até o seu óbito. Eu sinto muito senhor. – Ele estava prestes a ir embora, mas Joana chama a sua atenção.
Joana – Doutor, e quanto a Valentina? – Ela pergunta esperançosa.
Médico – A paciente Valentina já chegou morta aqui, sinto muito pela a senhora também. – Ele vai embora.
Kauan – Joana, eu... – Digo tristemente.
Joana – A minha Valentina está morta... – Ela diz tristemente.
Kauan – Meus pêsames... – Digo tristemente. Joana me ignora e vai embora com Renan e Diego. – Tenho que ir ver o Jhon... – Digo a mim mesmo e vou a caminho do seu quarto.
(CENA 4 – Manhã / Casa de Joana)
P.O.V Joana
(Entro em casa, jogo minha bolsa fortemente no sofá. Vou para o meu quarto e tranco a porta, sento na cama e começo a chorar. Diego bate na porta.)
Diego – Mamãe, abre a porta por favor! – Ele implora. Me levanto e destranco a porta para ele entrar. – Mãe, pare de chorar... – Ele diz tristemente.
Joana – Como você quer que eu pare de chorar depois do que aconteceu com a Valentina? Ela era o amor da minha vida! – Digo chorando e desabafando. Ele me abraça e eu me levanto. – Não preciso da pena de ninguém... – Digo confiante e chorando.
Diego – Eu só quero lhe consolar... – Ele diz tristemente.
Joana – Não preciso de pena, consolo e mais nada de ninguém! Sai do meu quarto, Diego! Por favor... – Digo furiosa e triste ao mesmo tempo.
Diego – Não! – Ele grita para mim. – Não posso deixar que você se amargure e fique descontando a sua tristeza em mim! – Ele grita.
Joana – Não fala comigo dessa maneira! Eu sou sua mãe! – Grito de volta e ele se assusta. – Eu estou em momento de luto, respeite o meu espaço por favor... – Digo calmamente, mas querendo desabar em lágrimas por dentro. Ele sai, eu tranco a porta e me sento em frente a porta. Começo a chorar.
(CENA 5 – Manhã / Hospital do Rio de Janeiro | Quarto de Jhonatan)
P.O.V Kauan
(Eu entrei no quarto dele, fiquei em choque ao ver ele totalmente desnutrido e magro.)
Kauan – Jh-Jhon! – Digo nervoso e gaguejando. – Jhon! Fala comigo... por favor... – Digo tristemente. Me ajoelho a lado da cama dele e seguro fortemente na mão dele, uma lágrima caiu do meu olho. – Você tem que falar comigo meu amor! Eu lhe imploro! – Digo chorando e apertando sua mão fortemente.
Doutor – Ele não vai lhe responder! – Ele diz seriamente. Me levanto rapidamente assustado.
Kauan – Mas por quê? Por que ele não me responderia? – Pergunto preocupado e nervoso.
Doutor – O Jhonatan está em um coma terminal! Ele não vai sair desse coma até quando vier a óbito. – Ele diz seriamente olhando para o Jhonatan.
Kauan – Quer dizer que ele nunca mais vai me ver e nem falar comigo? – Pergunto chorando.
Doutor – Infelizmente, sim! – Ele diz seriamente. Ele sai do quarto.
Kauan – Jhon, meu amor... – Digo chorando. Beijo sua mão, que estava suada. – Sei que você não me escuta, mas eu preciso de você aqui do meu lado. Eu preciso que você reaja para que nós possamos ser felizes... – Digo chorando ao seu lado enquanto segurava a sua mão.
(De repente o monitor cardíaco dele começa a apitar continuamente.)
Kauan – Não! Jhon, não morra por favor! Você tem que ficar comigo, Jhon! – Grito desesperado enquanto abraçava-o.
Médico – Se afaste! – O médico me tira de perto dele e começa a pegar os desfibriladores passado pelas enfermeiras. Ele me manda para fora do quarto. – 220! – Ele ordena a enfermeira e coloca uns dos desfibriladores no peito do Jhonatan. – 300! – Ele ordena e repete o mesmo procedimento. Nada acontece novamente. – Não tem mais jeito... – Ele diz tristemente à uma das enfermeiras. Ele sai de dentro do quarto. – Senhor... - Ele diz tristemente, como se eu não soubesse.
Kauan – Ele morreu, não foi? – Eu pergunto chorando.
Médico – Infelizmente, sim... – Ele diz tristemente. Eu me sinto tonto e quase desmaio. – Senhor, recomendo que vá para casa. – Ele diz preocupado.
Kauan – Me deixa! – Eu grito chorando e vou para um hotel qualquer.
(CENA 6 – Tarde / Hotel)
P.O.V Kauan
(Entro no quarto do hotel e bato a porta da entrada fortemente. Me encosto na porta e vou descendo devagar até o chão para chorar.)
Kauan – Por quê? – Grito chorando enquanto puxava os meus cabelos. Eu estava chorando mais do que o normal até os meus olhos secaram, ergo a minha cabeça e começo a encarar a realidade. Vou para a suíte e entro no banheiro, pego uma das lâminas que estavam guardadas no banheiro do hotel. – Hora de retornar aos velhos tempos de solidão, tristeza e depressão... – Digo chorando. Estava prestes a me cortar até lembrar de algo.
FLASHBACK ON*
Jhonatan - Ka, você estava se cortando…por quê? – Ele pergunta preocupado e em choque.
FLASHBACK OFF*
Kauan – Maldição! – Grito e jogo a lâmina fortemente no chão. Começo a quebrar tudo dentro do meu quarto. – Por que tudo me faz lembrar dele? Por quê? – Me pergunto chorando e nervoso. Me sento em posição fetal no chão e choro mais.
FLASHBACK ON*
Kauan – Jhon, lembra de quando você não desistiu de mim quando eu não queria lhe dizer o que tinha acontecido comigo naquela noite? – Pergunto a ele. - Pois eu vou fazer o mesmo e não irei desistir de você... – Digo isso e beijo Jhonatan.
FLASHBACK OFF*
Kauan – Saia da minha cabeça! – Grito desesperado.
Daniel – Kauan! – Ele grita.
Kauan – Quem te deixou entrar? O que faz aqui? – Pergunto assustado e tentando enxugar as lágrimas.
Daniel – Eu pedi para os funcionários me deixarem entrar, eles estavam preocupados com você, assim como eu. – Ele diz preocupado.
Kauan – Não seja cínico... Desde quando você e os outros se importam comigo? – Pergunto tristemente.
Daniel – Desde quando você me fez reconhecer que eu estava errado e do lado errado. – Ele diz alegre.
Kauan – Você é um descarado! – Grito e dou um tapa na cara dele. – Como você se atreve a vir aqui, me “cantar” e ainda dizer estar preocupado comigo? – Pergunto nervoso enquanto dava socos no peito dele. – Acha que eu vou me interessar pelo o assassino do Jhon? – Pergunto nervoso. estava com as mãos suadas e em forma de punho nos seus peitos.
Daniel – Para de falar essas mentiras! – Ele grita e segura o meu braço, me aproximando dele. Conseguir sentir a sua respiração que estava ofegante, ficávamos com os olhares fixados um ao outro.
Kauan – Não são mentiras... - Digo, saindo do "transe" que estavam nós dois. - Você teve a ideia de sequestrar a mim e ao Jhonatan! – Grito na cara dele enquanto o mesmo me segurava.
Daniel – Cale a boca! – Ele grita.
Kauan – Você quase me estuprou! – Grito furioso.
Daniel – Já lhe mandei se calar! – Ele grita mais alto e balança o meu corpo com as suas duas mãos, que estavam nos meus dois braços.
Kauan – Você é o culpado pelo o que houve com o Jhonatan! – Grito mais alto e com a voz rouca.
Daniel – Cale essa boca! – Ele grita furioso e me empurra contra a cama. Eu caio na cama e começo a chorar de nervoso.
Kauan – Você não sabe a vontade que eu tenho de te matar... – Digo tristemente e chorando.
Daniel – Então me mata! Se quer me matar, me mate nesse exato momento. Não lhe impedirei. – Ele diz confiante.
Kauan – Acha que eu não sou capaz? – Digo chorando. Me levanto, puxo a arma que estava no bolso dele e aponto para ele.
Daniel – Atira! Me mata de uma vez... – Ele diz confiante. - Não tenho mais nada a perder... - Ele diz tristemente.
Kauan – Vai me desculpar, mas não sou um assassino como você... – Digo tristemente e jogo a arma no chão.
Daniel – Já lhe falei que eu não sou um assassino! – Ele grita e puxa o meu braço. Ele nos aproxima e os nossos rostos estavam quase colados, nossos olhares se trocavam novamente.
Kauan – Me solta! – Ordeno a ele.
Daniel – Me desculpa... – Ele diz envergonhado e passando a mão na cabeça.
Kauan – Quando você vai embora daqui ein? – Pergunto entediado.
Daniel – Esse é o problema, não tenho para onde ir. Não tenho dinheiro nem nada. – Ele diz tristemente.
Kauan – Que pena, vende umas droguinhas da Julieta. Quem sabe assim consegue algo. – Digo ironicamente.
Daniel – Deu em zombar da minha situação agora? – Ele pergunta tristemente.
Kauan – Não, você já é zombado de nascença mesmo. – Digo ironicamente.
Daniel – Era só o que me faltava... – Ele diz enquanto colocava as duas mãos na cabeça.
Kauan – Olha, se você quiser pode dormir aqui, mas não vai achando que vai ser com a leveza de antes, tá? – Pergunto.
Daniel – Por mim tudo bem, tanto que eu tenha um lugar para dormir. – Ele diz alegre.
Kauan – Ah, mais uma condição. – Digo confiante.
Daniel – Qual?
Kauan – Você vai ter que me ajudar na vingança contra a Julieta. Ela tem que pagar o mal que fez a mim, a Clara e ao Jhon. – Digo com sentimento de vingança.
Daniel – Eu farei de tudo para vingar a minha irmã e ao Jhonatan. – Ele diz confiante e nós apertamos as mãos.
(CENA [7] FINAL – Tarde / Cemitério | DOIS DIAS DEPOIS)
P.O.V Kauan
(Velório Jhonatan e Valentina.)
Kauan – Meu Jhon... – Digo tristemente enquanto passava a mão no seu caixão.
Padre – Nós já estamos prontos pro enterro. – Ele afirma.
(Enterro de Jhonatan e Valentina.)
Joana – Valentina! – Ela chorava enquanto enchiam a cova de Valentina com terra.
Diego – Se acalme, mamãe. – Ele dizia tentando consolá-la.
Kauan – Que sua morte seja vingada, Valentina. – Digo a mim mesmo.
(Eles começam a enterrar o caixão de Jhonatan e eu fico em silêncio, mas chorando.)
Daniel – Valentina, eu sinto muito. – Ele diz tristemente e tenta abraça-la, mas ela o ignora e vai embora de lá.
Kauan – Um dia ela irá te perdoar, Daniel. Um dia... – Digo com esperança.
(A câmera se afasta e mostra um pouco do cemitério em que eles estavam.)
FIM...

CONFIRA A TRILHA SONORA OFICIAL DA SÉRIE:

(CENA PÓS CRÉDITOS – Noite / Los Angeles)
P.O.V Julieta
Julieta – Todos vão sentir o peso da rainha do tráfico... – Digo a mim mesma em tom de ameaça enquanto bebia vinho.
(A câmera se afasta e a tela fica preta.)
FIM?

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