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Entre Pais e Filhos - Capítulo 12



 Entre Pais e Filhos - Capítulo 12

Cena 01 - São Paulo - Apartamento de Eduarda-  Manhã

Helena chega furiosa até o apartamento da irmã. Ela toca a campainha insistentemente. Ela vê que é sua irmã pelo olho mágico da porta. 

Eduarda: Calma já estou indo. 

Ao abrir a porta Eduarda logo recebe um tapa no rosto dado por Helena. 

Eduarda: Ficou louca Helena? 
Helena: Como teve coragem de envenenar o meu filho contra mim?
Eduarda: Está louca. Não sei do que está falando.  
Helena: Não mente para mim. Eu sei que foi você que falou aquelas besteiras para o Murilo. Como pode Eduarda? 
Eduarda: Você sempre foi uma tonta Helena. Nunca enxergou um palmo que estava a sua frente. Ele pensava aquelas coisas por conta própria. 
Helena: Está mentindo, mas sua máscara caiu. 
Eduarda: Olha aqui você não vai vir até a minha casa para me ofender. 
Helena: Como foi baixa. Usou meu filho para me atingir. Por que irmã? 
Eduarda: Eu não tenho que te dar explicações de nada. Agora o Murilo está apenas enxergando a verdade. 
Helena: Que verdade? Eu amo meus filhos igualmente. 
Eduarda: Não Helena, não ama não. 
Helena: E você ainda teve coragem de pôr seu filho para fora de casa? 
Eduarda: Ele já foi chorar no seu ombro? Foi? 
Helena: Você é desumana. 
Eduarda: Eu não vou ficar aqui escutando essas coisas em minha casa. 

Eduarda tenta dar um tapa em Helena, mas a mesma segura sua mão. 

Helena: Não se atreva a chegar perto do Murilo novamente ou eu esqueço que sou sua irmã. 
Eduarda: Eu já esqueci isso a muito tempo. Agora fora da minha casa. Fora. 

Eduarda empurra Helena para fora de sua casa. Helena vai embora e Eduarda fica brava em casa. Ela joga um objeto no espelho e o mesmo se estilhaça em vários pedaços. 

Eduarda: Maldita Helena, esse tapa vai te custar caro ou se vai. 


Cena 02 - São Paulo - Hospital -  Manhã

Arthur acorda pela manhã e percebe que está no hospital. Após alguns minutos a enfermeira entra. 

Enfermeira: Que bom que acordou Arthur, você tem visita. 

Arthur pensa que é algum familiar seu. A enfermeira sai e um homem desconhecido de Arthur entra. 

Arthur: Quem é você? 
César: Sou um amigo. Um amigo da sua mãe. 

César tenta enrolar Arthur, mas o mesmo tem um vaga lembrança do pouco que conviveu com o pai, além de fotos que sua mãe tinha guardada. 

Arthur: Como se chama? 
César: Isso não importa. Sua mãe teve um compromisso e ainda não pode vir. Eu vim então ver como estava. 
Arthur: Obrigado pela visita, mas não quero sua presença aqui. Sei muito bem quem é você. 
César: Quem sou eu? 
Arthur: Você se chama César ou melhor dizer pai? 
César: Você realmente é inteligente garoto. 

Arthur se enfurece e não consegue acreditar que seu pai estava em sua frente após tantos anos. 

Arthur: Não quero você aqui. Você nos abandonou a muitos anos. Para mim está morto. 
César: Tenha calma Arthur. Você precisa saber a verdade sobre tudo o que aconteceu na nossa família. 
Arthur: Eu não tenho nada para ouvir de você. Saia daqui ou vou chamar os médicos. 
César: Tenha calma. Eu imaginei que não disse querer me ver então leia essa carta e depois me ligue se sentir interesse. Tenho boas intenções com você filho. 
Arthur: Não me chama de filho. 
César: Você queria ou não eu sou o seu pai e espero que um dia possa me peedoar. 
Arthur (gritando): Saia daqui. Vá embora daqui. 

César vai embora e deixa uma carta com seu número com Arthur. O jovem está muito assustado com a volta do pai e passa mal. 

Arthur: O que esse homem quer aqui? O que? 

Após alguns minutos logo aparece uma enfermeira que consegue tranquilizar Arthur com uso de medicação. 


Cena 03 - São Paulo - Praça -  Manhã

Matheus decide não ir a faculdade neste dia. Ele manda uma mensagem para Marcos e os dois se encontram em uma praça para conversarem. 

Matheus: Minha cabeça está um caos. Eu nem sei como te pedir desculpas por tudo o que aconteceu ontem. 
Marcos: Você não tem que desculpar. Não teve culpa de nada. 
Matheus: Nunca pensei que minha a mãe disse agir desta forma. 
Marcos: Você sabia o que ela pensava sobre o assunto. 
Matheus: Sim, mas eu sou filho dela. Ela me pôs para fora de casa. 
Marcos: Se quiser pode ficar em minha casa. 
Matheus: Eu não quero incomodar. 
Marcos: Não será incômodo algum. 
Matheus: Vou pensar um pouco. Eu preciso ter outra conversa com minha mãe. 
Marcos: E até lá? 
Matheus: Eu fico na minha tia Helena. Ela me deu todo apoio. 
Marcos: Você que sabe amor. Sua tia parece ser uma mulher muito boa. 
Matheus: E como é. Uma grande mulher. De um grande coração. 

Os dois continuam conversando e se apoiam para passar por tudo juntos. 


Cena 04 - São Paulo - Hospital -  Manhã

Helena chega no hospital e logo é avisada que seu filho passou mal. 

Helena: Como assim Vitor? O que ele teve? Como ele está? 
Vitor: Calma Helena. Assim você que vai passar mal. 
Helena: Como quer que eu tenha calma? Meu filho está doente, morrendo aos poucos e quer que eu fique calma? 
Vitor: Desculpa, não quis parecer insensível com essa situação. 

Helena percebe que errou e pede desculpas. 

Helena: Desculpe doutor. O senhor não tem culpa de nada. 
Vitor: Eu entendo. Você é mãe e isso é mais forte que você. Essa preocupação toda. 
Helena: Sim, eu me preocupo tanto com meus filhos. 
Vitor: O Arthur está bem. Ele ficou agitado, mas foi tranquilizado pela enfermeira. 
Helena: Entendo. 
Vitor: Agora ele está dormindo, devido o calmante. E seu outro filho veio fazer os exames? 

Neste instante Helena começa a chorar. 

Vitor: Falei algo de errado Helena? 
Helena: Não. Aconteceram tantas coisas. Eu não sei como fazer para ajudar meus filhos. 
Vitor: Se quiser desabafar, eu estou aqui. 
Helena: Eu não quero incomodar. 
Vitor: Não é incômodo algum. Vamos tomar um café e conversar, meu próximo paciente ainda vai demorar um pouco. 
Helena: E o Arthur? 
Vitor: De qualquer forma Ele está dormindo agora. Vamos, será bom para você. 

Helena aceita e vai tomar café com o doutor Vitor. Ele tem se mostrado muito bom e paciente com Helena. 


Cena 05 - São Paulo - Apartamento de Eduarda - Tarde

César chega até o apartamento de Eduarda para contar do encontro com Arthur. 

César: Acabei de vir do hospital. 
Eduarda: Como foi com bastardo? 
César: Ele ficou em choque com a minha chegada e não deixou que eu me aproximasse. 
Eduarda: E o que você fez? 
César: Eu tinha um plano B em mente, deixei uma carta com os motivos pelo qual eu os abandonei e meu telefone para marcarmos um encontro. 
Eduarda: Ótimo. Ele não vai resistir e vai querer te ver em breve. 
César: Como tem tanta certeza? 
Eduarda: Eu ouvia várias vezes esse menino dizer isso. A vida toda. Eu quero ver meu, quero encontrar meu pai. 
César: Depois que eu conseguir a confiança dele qual será o próximo passo? 
Eduarda: Você vai saber, quando chegar o momento. 
César: Certo. Vou confiar em você. 
Eduarda: Faz bem. Muito bem. 

Eduarda se aproxima de César, chega bem perto de seu ouvido e diz:

Eduarda: Você não quer relembrar os velhos tempos?
César: Para quem iria me matar, você mudou de idéia rápido. 
Eduarda: Eu mudo de pensamento rápido. 

César não aguenta as provocações de Eduarda e acaba se rendendo e indo para a cama dela. Os dois transam loucamente pela tarde. 



Cena 06 - São Paulo - Clínica de Fertilização - Tarde

Mostram cenas de Luiz e Silvana na clínica de fertilização. Os dois estão muito felizes com o passo dado pelo casal. 

Silvana: Obrigado meu amor por realizar o meu sonho. 
Luiz: Esse é nosso sonho meu amor. Vamos vivê-lo juntos, como um casal, com.o uma família. 


Cena 07 - São Paulo - Cafeteria - Tarde

Helena e Vitor chegam a cafeteria perto do hospital e a morena desabafa com o médico. 

Helena: Eu nem sei por onde começar. 
Vitor: Então me conta tudo, desde o princípio. 
Helena: Vamos lá. 

Helena respira fundo e conta o que tem passado nos últimos dias. 

Helena: Após descobrir que o Arthur tinha leucemia o pai dele voltou após vinte anos, como se nada tivesse acontecido. Depois o Murilo começa a me acusar de não amá-lo e só dar atenção ao Arthur, então ele fugiu de casa e agora está desaparecido e tudo por influência da minha irmã. 
Vitor: Meu Deus Helena, quanta coisa sobre os seus ombros. 
Helena: E para piorar o Murilo de recusou a fazer os exames de compatibilidade..
Vitor: Meu Deus. 
Helena: Ele era a pessoa com maior possibilidade de ser um doador compatível, agora não sei o que fazer. 
Vitor: Vamos encontrá-lo Helena e fazer com que ele mude de idéia. 
Helena: Não temos tempo. A cada dia o Arthur vai morrendo. 
Vitor: Seu filho vai viver Helena. Confia em mim. Eu dou minha palavra que farei tudo ao meu alcance e fora dele. 
Helena: Obrigada. Eu sou uma péssima mãe.

Vitor pega na mão de Helena e diz:

Vitor: Tenho certeza de que é uma grande mãe, uma heroína para seus filhos. Você vai conseguir ajudar os dois Helena, tenho certeza. 

Ela agradece por tudo e os dois voltam para o hospital. Vitor realmente está apaixonado por Helena. Helena dá uma olhada no celular e percebe que Murilo ainda não respondeu suas mensagens. 


Cena 08 - São Paulo - Casa de Marcos - Tarde

Murilo decide não ir a aula durante alguns dias para não ter risco de ver a mãe na rua. Ele passa o dia inteiro pensando em tudo o que aconteceu e na briga com a mesma. 

Murilo: Eu não tenho que ficar pensando nisso, ela nem deve mais lembrar que eu existo. 


Cena 09 - São Paulo - Hospital - Quarto - Tarde

Helena chega no quarto para visitar Arthur e o filho conta o que aconteceu. 

Helena: O que aconteceu filho? Por que ficou agitado. 
Arthur: Eu não sei mentir para você mamãe. 
Helena: Diga filho, estou ficando assustada. 
Arthur: O César veio aqui. 
Helena: Como assim veio aqui? Tem certeza que era ele? 
Arthur: Era o meu pai, mamãe. Ele veio aqui e eu me exaltei e passei mal. 
Helena: Como aquele canalha volta após tantos anos e age como se nada aconteceu. 
Arthur: Calma mamãe. 
Helena: Calma nada. Eu não quero que ele se aproxime de vocês. 
Arthur: Ele deixou essa carta e um número de telefone, mas não tive coragem de ler. 
Helena: Me dá aqui. 

Helena lê tudo e fica indignada. 

Helena: Esse infeliz não podia fazer isso. Inventar mentiras e dizer que está arrependido. 

Helena dá um beijo no filho e diz que precisa sair. 

Helena: Filho vou precisar sair e já volto, você está em boas mãos. 


Cena 10 - São Paulo - Apartamento de Eduarda - Quarto - Tarde

César e Eduarda estão na cama até que ele recebe uma mensagem de Arthur dizendo:

" Papai saí do hospital e gostaria de te encontrar". 

César: Aquele menino já caiu na minha história. 
Eduarda: Marca logo o encontro com ele. Vamos a etapa dois do nosso plano. 

" Arthur " passa o endereço e o horário e marca o horário com ele. 

César: Preciso ir ao encontro do garoto. 

César sai e vai encontrar " Arthur " no parque. 


Cena 11 - São Paulo - Parque - Tarde

César chega até o parque e dá de cara com Helena brava. 

Helena: Como teve a pachorra de ir atrás do Arthur? 

Continua...





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