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Entre Pais e Filhos - Capítulo 15 (Últimos Capítulos)



Entre Pais e Filhos - Capítulo 15

Cena 01 - São Paulo - Casa de Paulo - Quarto de hóspedes - Noite

Murilo fica chorando no quarto após a saída da mãe. Ele sabe que está agindo mal, mas não consegue tirar a mágoa de seu coração. 

Murilo: O que eu faço? Me ajuda Deus. O que eu faço? 

Paulo entra no quarto e tem uma franca conversa com o amigo.

Paulo: Eu sei que você ama a sua mãe, por qual motivo fez isso? 
Murilo: Me deixa cara. Quero ficar sozinho. 
Paulo: Ficar sozinho não vai resolver os seus problemas meu amigo. Você precisa de ajuda. 
Murilo: Eu não preciso de nada.
Paulo: Você já é adulto, tem que parar e refletir. Não espere acontecer algo ruim para depois se arrepender!
Murilo: Por que diz isso? 
Paulo: Você escutou a sua mãe, o Arthur está morrendo. A decisão é apenas sua.  
Murilo: Não me importo com ele. 
Paulo: Se importa sim e você sabe disso. Vejo nos teus olhos. 

Paulo olha nos olhos de Murilo e fala:

Paulo: Reage! Não deixa o mal dominar você. 

Murilo fica pensativo, se deita, vira o rosto para a parede e fica pensando. Paulo então decide sair do quarto e deixar o amigo sozinho. 


Cena 02 - São Paulo - Casa de Eduarda - Quarto - Noite

Eduarda passa em casa antes de voltar para o hospital e encontra o sobrinho chorando. 

Helena: O que foi meu querido? 
Matheus: Sabe tia, as coisas tem sido tão difíceis nestes últimos dias. 
Helena: Eu te entendo. Não está sendo fácil lidar com tudo o que estamos vivendo. 
Matheus: É muito doloroso saber que a pessoa que me criou, a pessoa que eu mais amo, me odeia tanto. 
Helena: Fala da sua mãe, né? 
Matheus: Sim. Dela mesmo. 
Helena: Sua mãe não te odeia querido. Tenha uma conversa com ela e tente esclarecer as coisas. 
Matheus: O Marcos me deu essa idéia também, eu até disse que ia falar com ela, mas me falta coragem.
Helena: Uma vez uma sábia mulher me disse: " Deus nunca dá uma cruz maior do que podemos carregar ". 
Matheus: Quem te disse isso? 
Helena: Minha mãe, que é sua avó. 
Matheus: Gostaria de ter a conhecido. 
Helena: Ela foi uma grande mulher. 
Matheus: E a senhora se tornou uma grande mulher também. Você é minha segunda mãe tia Helena. 
Helena: Obrigado. Você também é um filho para mim. 

Helena dá um forte abraço no sobrinho. 

Helena: Agora vá conversar com sua mãe. Tire essa história a limpo com ela. 
Matheus: Eu irei tia. 
Helena: E se lembre independente do que aconteça, eu estou aqui para te apoiar. Sempre. 

Matheus sorri para a tia e vai atrás da mãe, enquanto Helena vai até o hospital. 


Cena 03 - São Paulo - Casa da família Gonçalves - Sala - Noite

Os problemas continuam na casa da família Gonçalves. Jorge e Carmen estão a beira do divórcio. Raquel continua continua oprimida pela mãe. 

Carmen: Agora você está acobertando as saídas da Raquel. É isso mesmo Melissa? 
Melissa: Não sei do que você está falando mãe. 
Carmen: Não mente para mim. Eu já sei de toda a verdade. 
Jorge: Chega com isso Carmen. Você vive oprimindo as suas filhas.
Melissa: Eu a ajudei sim e ajudaria denovo. 
Carmen: Quanta prepotência sua menina. E você Jorge não venha dar uma de bom pai. Coisa que você nunca foi. 
Jorge: Eu errei. Em vários momentos dei mais importância para meu trabalho do que a minhas filhas. Mas me arrependo desses erros e estou disposto a mudar isso. 
Carmen: Receio que seja tarde. 
Raquel: Nunca é tarde para mudar mamãe. 
Carmen: Eu jamais irei mudar meu pensamento. Você é uma garota e essa obsessão por esportes é doentio, me enoja. 
Jorge: Você não tem limites não é? Não cansa de magoar sua filha? 
Carmen: Estou apenas dizendo a verdade. Só quero seu bem.
Raquel: Se quer mesmo meu bem, então deixa eu seguir meu sonho. 
Carmen: Jamais. Isso jamais. 
Jorge: Como você é preconceituosa. 
Carmen: Posso até ser, mas não quero filha minha correndo atrás de bola. 
Raquel: Assim você vai perder sua filha, mamãe. 

Raquel vai para seu quarto. Melissa sai para passear, Jorge vai jantar fora e Carmen fica sozinha na sala. 


Cena 04 - São Paulo - Hospital - Noite

Helena chega ao hospital e conta tudo o que aconteceu para Vitor, o médico fica abismado com a atitude de Murilo. 

Vitor: Não consigo acreditar que ele fez isso. 
Helena: Parece que tiraram meu filho de lá e colocaram outra pessoa no lugar. 
Vitor: Não temos muito tempo Helena. Amanhã mesmo o Arthur inicia a quimioterapia. 
Helena: Faça o que precisar doutor, mas salve o Arthur. 
Vitor: Farei tudo ao meu alcance. 

Helena percebe que Vitor tem um carinho especial por ela e sente o mesmo, porém deixa esse sentimento de lado devido os problemas vividos. 

Helena (pensando): Não posso pensar nisso agora. Tenho que ajudar meus filhos. 


Cena 05 - São Paulo - Casa de Eduarda - Noite

Matheus volta até sua casa para ter uma conversa final com sua mãe. 

Eduarda: O que você quer aqui Matheus? 
Matheus: Essa é minha casa mãe. 
Eduarda: Você errou. Essa é minha casa. 
Matheus: Por que me trata assim? 
Eduarda: Enquanto você viver essa vida, jamais vai voltar a morar aqui. 
Matheus: Você é a pessoa que eu mais amo mãe. 

Eduarda faz cara de que não se importa. 

Matheus: Eu já não tive a criação do meu pai e agora a senhora? 
Eduarda: Seu pai teria tido vergonha de você. 
Matheus: Vergonha? 
Eduarda: Exatamente. Uma vergonha para toda a família. 
Matheus: Eu sou um rapaz de bem. Estudo, trabalho e ainda sou uma vergonha?  
Eduarda: É claro. Aonde já se viu, dois homem namorando? 
Matheus: Está sendo muito dura comigo. Sou teu filho. 
Eduarda: Enquanto você viver assim, você deixa de ser. 

Matheus fica assustado com as palavras da mãe e começa a chorar. 

Matheus: Como pode dizer isso? 
Eduarda: Você me envergonha Matheus. 
Matheus: Eu não vou mudar, deixar de ser feliz por sua causa. 
Eduarda: Então fique sem mãe. 
Matheus: E você sem seu filho. Sou seu familiar mais próximo. 
Eduarda: Só os fracos precisam de família. Eu só preciso de mim mesma. 
Matheus: Não consigo acreditar em suas palavras. 
Eduarda: Acredite então. Você deixou de ser meu filho. 
Matheus: Um dia a senhora vai se arrepender por isso. 

Matheus vai embora chorando e desolado, ele não acredita nas palavras da mãe. Após ele sair ela pensa:

Eduarda (pensando): Ai Matheus se você soubesse da verdade. 

Algum tempo depois...



Cena 06 - São Paulo - Casa de Marcos - Noite

Matheus chega desolado na casa de Marcos e com a permissão da mãe dele, dorme com o namorado. 

Marcos: Fica calmo. Você sabia que ela poderia agir desta maneira. 
Matheus: Ela não se importa comigo. Disse na minha cara. 
Marcos: Sei que é um momento difícil, mas se lembre de todos que estão ao sei lado. 
Matheus: Ela sempre foi fria comigo. Desde pequena, mas dessa vez ela se superou. 

Marcos abraço o namorado. 

Marcos: Estou contigo para o que der e vier. 
Matheus: Obrigado amor. Muito obrigado mesmo. 

Matheus acaba dormindo na casa de Marcos. 

No dia seguinte...


Cena 07 - São Paulo - Casa de Eduarda - Manhã

Logo pela manhã César vai até a casa de Eduarda para ter uma conversa definitiva com ela. 

Eduarda: O que faz aqui tão cedo? 
César: Precisamos conversar. 
Eduarda: Conseguiu enganar o pirralho? 
César: Não. 
Eduarda: Então o que quer? 
César: Quero desistir desse plano. Não quero mais fazer parte disso. 

Eduarda olha para César com olhar de ódio. 


Cena 08 - São Paulo - Hospital - Manhã

Chegou o dia do início da quimioterapia de Arthur. O jovem está com bastante medo, porém sua mãe promete estar com ele sempre. 

Helena: Não tenha medo filho. Estarei conrigo, sempre. 
Arthur: Obrigado mamãe. Uma pena o Murilo não estar conosco neste momento. 
Helena: Sim filho. Foi a decisão dele. 
Arthur: Não me refiro ao transplante e sim a companhia dele. 
Helena: Sério filho?
Arthur: Fazer os exames e o transplante é um direito dele, mas queria meu irmão aqui a meu lado. 

Helena chora ao ouvir as palavras de Arthur e abraça o filho. 

Helena: Um dia ele vai perceber o erro que está cometendo e vai voltar atrás. 
Arthur: Espero mãe. Ele me faz muita falta. 
Helena: Te entendo. Me faz muita falta também. 
Arthur: Ontem meu pai veio aqui. 
Helena: Seu pai? Aquele infeliz. Eu já disse que não queria ele perto de você. 
Arthur: Calma mãe. Ele me pareceu sincero na conversa. 
Helena: Sincero? Isso só pode ser mentira dele. 
Arthur: Eu estou tentando perdoar o papai.
Helena: Perdoar? Ele não merece perdão. 
Arthur: Eu sei que ele errou muito mãe, mas eu não quero morrer com esse sentimento comigo. 
Helena: Você não vai morrer filho. 
Arthur: Sabemos que isso pode acontecer mãe. 
Helena: Não. Não vai acontecer. 
Arthur: Me prometa uma coisa mãe. 
Helena: Pode dizer meu filho. 
Arthur: Se eu morrer a senhora deve continuar a sua vida e jamais culpar o Murilo por isso. Jamais. 
Helena: Você não vai morrer filho. 
Arthur: Me prometa.
Helena: Está bem filho eu prometo. 

Arthur e Helena se abraçam antes do jovem ir até a sala fazer quimioterapia. Enquanto isso Helena decide ir em casa ver com seu sobrinho está. 


Cena 09 - São Paulo - Casa de Allan  - Manhã

Allan começa namorar com a professora de dança Tainá, mas sua filha Ana Não gosta muito da idéia. 

Allan: Filha quero te contar uma coisa. 
Ana: Pode contar papai. 
Allan: Eu e a Tainá estamos namorando. 
Ana: Isso é verdade professora?
Tainá: Sim minha querida. 
Ana: Eu não quero. 
Allan: Não quer por que? 
Ana: Ninguém vai ocupar o lugar da minha mãe. 
Allan: Ninguém vai ocupar o lugar dela filha, mas o papai decidiu refazer a sua vida. 
Tainá: Isso querida. Eu não vou ficar no lugar da sua mãe, jamais. Sua mãe é insubstituível. 
Ana: Não quero. Eu não quero. 

Ana corre e vai para seu quarto emburrada. 

Allan: Ana, volta aqui filha. 
Tainá: Deixa ela Allan. Um dia ela vai entender. 


Cena 10 - São Paulo - Casa de Helena - Sala  - Manhã

Helena chega em casa e encontra o sobrinho que tinha acabado de voltar da casa de Marcos. 

Helena: Pelo visto a conversa ontem com sua mãe não foi nada boa né? 
Matheus: Estou tão mal assim? 
Helena: Está com rosto abatido. 
Matheus: Foi péssimo tia. Minha mãe me disse coisas horríveis. 
Helena: O que ela disse? 

Matheus conta para a tia toda a discussão com a mãe. 

Helena: Como ela pôde ser tão ignorante. 
Matheus: Minha mãe nunca foi amorosa comigo, mas dessa vez foi demais. 
Helena: Por que não me ligou ontem? 
Matheus: Eu dormi na casa do Marcos. 
Helena: Entendi. Aqui é sua casa. Fico feliz se aceitar morar comigo. 
Matheus: Morar com a senhora? 
Helena: Exatamente. Será um prazer para mim. 
Matheus: Eu nem sei como agradecer tia. 
Helena: Me agradeça sendo feliz. É só isso que eu quero. 
Matheus: Você realmente é como uma mãe para mim. 
Helena: E você como um filho, sempre foi muito amoroso. 

Os dois se olham profundamente. 

Helena: Não se preocupe depois buscamos suas coisas. 

Helena decide ir até a casa da irmã e ter uma conversa sobre o tratamento que ela dá para o filho. 


Cena 11 - São Paulo - Casa de Regina - Sala - Manhã

Regina ainda está muito aborrecida com o filho. 

Kauã: Vai passar o resto da vida sem comigo? 
Regina: Você me magoou muito. 
Kauã: Eu não sabia que a aliança era importante para a senhora. 
Regina: O pior de tudo nem é má a aliança e sim o fato do meu filho ter me roubado. Não se arrepende? 

Kauã estava arrependido mas como era orgulhoso não disse a verdade. 

Kauã: Não. Não estou. 
Regina: Era só isso que eu queria saber. 

Regina sai e deixa o filho sozinho na sala. 

Kauã: Droga! Sou um idiota. 


Cena 12 - São Paulo - Rua - Asilos da região - Manhã

André continua em busca de Cecília. Como não sabe em qual asilo sua mãe está, ele procura em vários asilos da região, porém sem sucesso. 

André: Meu Deus ajude a encontrar minha mãe. Eu sei que ela precisa de mim.


Cena 13 - São Paulo - Hospital - Sala de Quimioterapia - Manhã

Mostram cenas de Arthur fazendo a quimioterapia. 


Cena 14 - São Paulo - Clínica de Fertilização - Manhã

Silvana e Luiz estão na clínica até que recebem a notícia de que vão esperar um filho. 

Médico: Parabéns ao casal, vocês vão ter um bebê. 
Silvana: É sério doutor? 
Médico: Muito sério. Vocês vão ter um filho. Está grávida Silvana. 

Silvana e Luiz se abraçam de felicidade. 

Silvana: Meu amor. Finalmente. 
Luiz: Deus foi com conosco. 
Médico: Agora você tem que se cuidar e fazer o pré - natal. 
Silvana: Pode deixar doutor. 

Silvana e Luiz não se contém de tanta felicidade. 


Cena 15 - São Paulo - Casa de Eduarda - Manhã

Eduarda: Como assim vai parar o plano?
César: Eu não quero enganar mais ninguém. 
Eduarda: Você não pode desistir, temos que tirar o dinheiro da Helena. 
César: Não vou fazer isso com ela e nem com meus filhos. 
Eduarda: Você é um crápula. Não venha me dizer que decidiu ser pai agora. 
César: Nunca é tarde para corrigir os erros. 
Eduarda: A Helena nunca vai aceitar. 
César: Isso não cabe a ela. Eu sou o pai dos meninos. 
Eduarda: Não se esqueça do Matheus. 
César: Farei o exame de DNA e se ele for meu filho, também irei pedir o perdão dele. 

Eduarda se enfurece. 

Eduarda: Você é um infeliz, desgraçado

Helena chega na casa de Eduarda e escuta barulhos de briga. Ao encontrar a porta aberta ela entra e dá de cara com César e Eduarda.

Eduarda: Se você desistir todos vão saber que enquanto era noivo da Helena você era meu amante. 

Helena fica em choque ao escutar a revelação.

Helena: Então vocês foram amantes amantes nas minhas costas, é isso? 

Os dois ficam assustados ao verem Helena.

Continua...






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