Cena 01: Tribunal - Manhã
Naomi: Estamos aqui para julgar a guarda da pequena nomeada Taís, que foi abandonada, e acolhida e encontrada pelo casal, Estela, e Carlo. Nossos psicólogos, afirmam que o casal tem sã consciência de criar uma criança. Sem nenhum dado de arrependimento da mãe que abandonou a criança, devemos informar que será dada a guarda definitiva da criança.
Estela: Nós conseguimos meu amor. Conseguimos!
(Estela e Carlo se abraçam emocionados)
(Passam-se alguns anos)
Cena 02: Casa de Estela - Dia
Taís, agora tem 19 anos. Focada no estudo. Tem um sonho de ser modelo. Taís estava se preparando para ir para a escola.
Taís: Como estou mãe?
Estela: Linda meu amor. Como sempre.
Taís: Obrigada mamãe. Agora tenho que ir, já estou atrasada.
Estela: Senta, filha. Vem comer.
Taís: Depois eu como mamãe, agora tenho que ir mesmo.
(Taís beijava a cabeça da mãe, e se despedia dos irmãos)
Taís: Tchau pra vocês também, Ícaro e Natália.
Ícaro: Beijos irmãzinha.
Natália: Já estou terminando aqui. Daqui a pouquinho eu também vou para a escola.
Taís: Ótimo. Tchau gente.
Estela: E o pai de vocês, onde está?
Ícaro: Saiu quase agora. Não sei pra onde foi.
Natália: Eu sei. Ele foi até a padaria.
Cena 03: Rua - Dia
Carlo estava indo até a padaria, quando é chamado pelo nome por uma pessoa estranha.
Pessoa: Carlo?
Carlo: Sou eu.
(A tal pessoa atinge Carlo com dois tiros no abdômen, assustando vários moradores)
(A imagem escurecia)
Cena 04: Casa da Família Carneiro - Dia
Zuleica estava limpando o chão da cozinha, quando Carlos, mais uma vez, tenta agarrá-la.
Zuleica: Me solta.
Carlos: Para de fazer teatrinho. Eu sei que você está gostando.
Zuleica: me larga seu desgraçado. Me larga!!!
(Izabela ouvia os gritos de Zuleica e corria para a cozinha)
Izabela: O que está acontecendo aqui?
Zuleica: Seu marido. Ele tentou me agarrar.
Izabela: O quê?
Zuleica: É isso mesmo.
Izabela: Como teve coragem, Carlos?
Carlos: Eu não fiz nada.
Izabela: Como tem coragem de negar? Você sempre foi cafajeste mesmo. A Zuleica não é a única que foi assediada por você.
Carlos: Tá, tá... Pouco me importa.
Izabela: Pouco te importa? É bom que você se dê bem mal por fazer isso.
Zuleica: É isso mesmo. Nessa casa não fico um só segundo.
(Zuleica saia correndo e chorando)
Carlos: Meu amor, meu amor... Isso é teatro dela...
(Izabela dava um forte tapa no rosto de Carlos)
Izabela: Cala a sua boca. A partir de hoje, você não mora mais aqui. Quero o divórcio!
(Izabela se retirava com ódio)
Cena 05: Bairro Conjunto - Dia
Juca estava maltratando mais uma vez Raí, que agora é um homem feito.
Juca: Pelo jeito as surras que te dei não serviu pra nada mesmo, né?
Raí: Você aproveitava que eu era um adolescente. Mas agora não. Quer maltratar? Então maltrata, mas eu garanto que te faço se arrepender amargamente.
Juca: Então vem. Eu quero ver, viadinho.
(Raí dava um soco em Juca, que caia no chão. O mesmo se levantava e retribuía o soco que levou. Raí, se defende dando mais um soco em Juca, que cai desmaiado no chão.)
Tainá: Meu Deus... O que está acontecendo?
Raí: Nada não, Tainá. Só estou mostrando a esse mostro o que ele merece. Isso ainda foi pouco!
Tainá: Vamos até a sua casa. Porque você fez aquilo?
(Tainá e Raí iam caminhando até a casa dele. No caminho eles iam conversando)
Raí: Porque eu sou gay, Tainá. Ser tratado diferente na humanidade, te deixa magoado, sabe?
Tainá: Não vou dizer que sei extremamente. Mas isso é horrível mesmo. O Brasil em que vivemos, é repleto de preconceito.
Raí: Mas agora estou calejado. Nunca mais, eu vou deixar alguém me rebaixar pelo simples fato da minha homossexualidade.
Tainá: Ai Raí, você é um menino de ouro. Te amo amigo.
(Juca acordava)
Juca: Ah, minha boca. Aquele viadinho vai ver, ele vai ver! (Falava bravo)
(Juca sem prestar atenção, atravessava a rua quando vinha um carro em alta velocidade, que se chocava com ele)
Juca: AAAAAAAAAAAAAAAAA!
Cena 06: Hotel - Dia
Larissa: Como estou meu amor?
Gabus: Linda como sempre.
Larissa: Hoje vou enganar aquele velho otário.
Gabus: Ih, eu esqueci.
Larissa: Esqueceu de quê?
Gabus: Ir no banco depositar aquele dinheiro lá.
Larissa: Ótimo. Agora deixa eu ir. Beijos meu amor.
(Larissa beijava Gabus, e se retirava)
Gabus: Beijos.
Cena 07: Mansão de Karma - Dia
Os filhos de Karma, Kaique e Breno, tinham chegado a pouco tempo de viagem. Karma e eles, estavam tomando o café da manhã.
Breno: E aí mamãe?
Karma: Eu...
Breno: Como a senhora consegue viver nessa casa enorme sozinha. Nós já convidamos você para ir morar no exterior conosco.
Karma: Meu amor, é difícil pra mim sabe? As minhas raízes, minha história... Estão atreladas a essa casa.
Kaique: Sim. Entendemos... Desde que o papai faleceu, a senhora não prefere a companhia de ninguém... A senhora não se sente vazia?
Karma: Sentia sim. Mas fui inventar de arrumar um namoradinho, e esse cafajeste me roubou uma fortuna. Até hoje os policiais não sabem pra onde ele fugiu...
Kaique: O quê? (Falava chocado)
Breno: Mamãe, está vendo? A senhora nessa casa sozinha, sem a proteção de ninguém.
Karma: Eu estou bem aqui. Não vou deixar ser enganada por ninguém novamente. Só espero que o desgraçado apodreça na cadeia.
Cena 08: Casa de Celina - Dia
Celina ia para a fashion week.
Celina: Filha, porque você não foi hoje para a escola?
Heloísa: Hoje não teve mãe.
(Heloísa falava com a atenção no celular)
Celina: Minha filha, o que tem de tão importante nesse seu celular?
Heloísa: Nada não mãe.
Celina: Diz ao Caio que não quero bagunça hoje aqui em casa.
Heloísa: Tudo bem.
Celina: Vou indo meu amor.
(Celina beijava a bochecha da filha, e se retirava)
(Heloísa continuava a bater papo com Daniel, um garoto que conheceu na internet)
Cena 09: Casa de Estela - Dia
Estela: Vocês escutaram também?
Natália: Sim mamãe. Foi barulho de tiro.
Estela: Não sei porque. Mas estou sentindo uma sensação estranha.
Ícaro: Deve ser mal estar. Vai passar logo. Agora temos que ir, vamos Natália?
Natália: Vamos!
(Ícaro e Natália iam para a escola)
Estela: Meu Deus, tira esse aperto do meu coração.
(Estela ficava aflita)
Cena 10: Casa de Elizabeth - Dia
Elizabeth e Maciel estavam tomando café.
Elizabeth: Meu amor... Eu andei pensando que podemos adotar uma criança.
Maciel: Seria ótimo né?
Elizabeth: Que pena que não posso te dar um filho que venha do meu ventre.
Maciel: Não fala assim meu amor...
Elizabeth: Mas é a verdade. Por que não posso gerar um filho? Porque? (Chorava)
(Maciel abraçava a esposa)
Maciel: Calma... Nós vamos conseguir adotar o nosso filho. Nós vamos!
Cena 11: Escola - Fim do Dia
Fazia alguns minutos que tinha dado o intervalo. Ícaro e Natália iam comprar lanche, e Taís conversava com a amiga, Laila.
Laila: Amiga, daqui a poucos anos nós terminamos o ensino médio. O que quer seguir?
Taís: Pior que não sei. Mas o que quero pra minha vida, é ser uma grande modelo.
(Taís começava a ter uma visão. Na visão, ela estava desfilando em uma passarela, sendo aplaudida por várias pessoas)
Laila: Amiga... Amiga?
Taís: Oi, desculpa.
Laila: Você estava sonhando menina?
Taís: Acho que sim. (Rir)
(Ícaro e Natália chegavam)
Natália: De que tanto vocês riem?
Laila: A Taís super pensativa.
Ícaro: E aí? Vamos comer ou não gente?
Taís: Claro. Estou faminta. Culpa de quem? Dela mesma. A escola que nunca nos dá descanso.
(Todos riem)
Cena 12: Rua - Tarde
Larissa estava andando distraída, quando recebe uma ligação.
(Larissa atende a ligação)
Larissa: Alô?
Eduardo: Oi benzinho.
Larissa: Eduardo?
Eduardo: Eu mesmo. Em carne, osso e voz.
Larissa: Nunca mais você ligou.
Eduardo: Pois é. Sabe que estou foragido, não posso está ligando direto para o Brasil.
Larissa: Se ligou pra mim, tem um motivo importante, não?
Eduardo: Sim. Liguei pra dizer que em breve, retorno ao Brasil.
Larissa: O que? Você está louco?
Eduardo: Pode ficar tranquila, eu vou tomar cuidado.
Larissa: Você está louco... Agora tenho que desligar. Tchau.
Eduardo: Tchauzinho meu amor. Gostosa...
(Larissa rir e desliga o telefone)
Cena 13: Casa de Marília - Tarde
Marília: Meu amor, hoje temos que ir a quadra.
Ramón: Fazer?
Marília: Ensaiar esqueceu?
Ramón: Devo ter esquecido mesmo. Agora vem cá meu amor. Vamos aproveitar o restinho de tempo que temos!
(Marília e Ramón se beijavam)
Ramón: Te amo meu amor.
Marília: Também te amo.
Cena 14: Casa de Raíssa - Tarde
Os pais de Raíssa estavam em casa, pois tiveram folga. Raíssa tinha acabado de chegar da escola.
Raíssa: Mamãe, papai? Vocês chegaram tão cedo...
Jussara: Tivemos folga meu amor.
Raíssa: Ah que bom. Vocês vivem praticamente no trabalho. Eu preciso de atenção, sabia?
Agnaldo: Nos desculpe por não dar a atenção que você merece meu amor. Mas trabalho é trabalho, né?
Raíssa: Mas eu sinto saudades das nossas conversas.
Jussara: Você fica tão linda brava. (Rir)
(Raíssa também riarir, quando tinha uma tontura)
Raíssa: Pai... Eu estou tonta...
(Raíssa caía desmaiada)
Agnaldo: Filha, filha...
Jussara: Meu Deus, o que está acontecendo Agnaldo?
Agnaldo: Foi apenas um desmaio. Apenas um desmaio.
Cena 15: Casa de Estela - Tarde
Nilda, amiga de Estela chega a casa da amiga.
Nilda: Amiga?
(Estela que estava na cozinha a responde)
Estela: Entra...
(Nilda ia até a cozinha)
Nilda: Eu tenho uma péssima notícia para te dar.
Estela: Qual? Meu Deus, agora você me deixou nervosa...
Nilda: O Carlo, ele... Ele...
Estela: Fala, você está me deixando nervosa...
Nilda: Ele foi assassinado agora pouco.
Estela: O quê?
(A imagem foca no rosto de Estela, passa um efeito sobre ela e a imagem congela)
Obrigado pelo seu comentário!