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Amor Distinto - 04° Episódio


4º Episódio

(CENA 1 – Manhã / Casa de Clara)

P.O.V Valentina

Valentina – Como consegue ficar calma com uma pessoa morta por perto? – Eu digo suspeitando de que ela tenha algo a ver com isso.

Joana – Eu sou advogada, não é a primeira que isso me acontece. – Ela diz calmamente.

Valentina – Você jura? – Digo com desconfiança.

Joana – Claro que sim, eu vou lhe mostrar o meu cartão. – Ela me entrega um cartão, comprovando ser advogada.

Valentina – Me desculpa, eu achei que você tivesse envolvida nisso. Perdão. – Digo com vergonha da minha atitude.

Joana – Não se preocupe, as pessoas geralmente ficam nervosas depois desses crimes. – Ela diz com calma.

Valentina – Já que você é advogada, pode me ajudar com uma coisa? – Pergunto a ela.

Joana – Claro que pode, mas pode ser em outro momento? Porque você ainda está muito nervosa. – Ela diz preocupada.

Valentina – Certo... então eu vou para casa, quer me acompanhar? – Pergunto.

Joana – Não posso, eu tenho que ficar aqui para falar com a polícia sobre o ocorrido. Mesmo assim, agradeço pelo o convite. – Ela diz com um sorriso no rosto.

(Eu, então, me despeço dela e vou um pouco mais calma para casa.)

(CENA 2 – Manhã / Hospital Albert Einstein)

P.O.V Kauan

Kauan – Oh céus... espero que o Daniel chegue logo. – Digo a mim mesmo e o Daniel chega no mesmo momento.

Daniel – Kauan, o que você fez com ele? – Ele chega nervoso.

Kauan – Do que você está falando? Eu não fiz nada. – Eu digo indignado.

Daniel – Ele estava bem até ontem. Por acaso você quis se vingar por ele ter ficado do meu lado ontem? – Ele grita.

Kauan – Escute aqui, eu só não lhe dou outro soco porque nós estamos em um hospital. – Eu digo o ameaçando.

Daniel – Você é um covarde, fugiu da discussão porque não tinha argumentos. – Ele afirma.

Kauan – Covarde? Não fui eu quem se fez de coitadinho para ele ter pena. – Digo apontando o dedo para cara dele.

Daniel – Você não sabe com quem está se metendo... – Ele diz com tom de ameaça.

Kauan – Com quem? Se for você, eu rio. Você não mata nem uma mosca. – Falo isso enquanto ria dele.

Daniel – Tire suas próprias conclusões... – Ele diz e vai para o banheiro.

Kauan – Eu não devia tê-lo chamado... – Digo para mim mesmo.

Médica – Chamando os parentes do paciente: Jhonatan. – Ela estava chamando, eu então me levanto.

Kauan – Doutora! – Eu chamo a atenção dela e ela me leva para o seu consultório.

(CENA 3 – Manhã / Hospital Albert Einstein)

Médica – Você é parente do paciente? – Ela pergunta.

Kauan – Não, mas eu sou o melhor amigo dele. – Eu digo com firmeza.

Médica – Pois bem... O paciente mora contigo? – Ela pergunta com dúvida.

Kauan – Sim, e por enquanto também com o primo dele. – Digo.

Médica – E esse primo está por aqui? – Ela diz.

Kauan – Não, ele não veio para cá. – Minto.

Médica – Ele já tinha tossido sangue outras vezes? – Ela pergunta.

Kauan – Não, eu nunca tinha o visto dessa maneira. Ele nem tossia e nem vomitava sangue. – Eu digo.

Médica – Impossível, ele já está em uma fase muito avançada. – Ela diz baixinho para si mesma, mas eu consegui escutar.

Kauan – Perdão, mas o que é que está em uma fase avançada? – Pergunto com dúvida.

Médica – Senhor... eu peço que você seja forte. – Ela diz com uma cara desanimada.

Kauan – Deus, o que ele tem? – Pergunto preocupado.

Médica – O paciente está com um câncer em uma fase muito avançada no estômago. – Ela diz calmamente.

Kauan – Eu escuto isso e sinto como se o meu coração tivesse parado. – Mas ele vai se salvar, né? – Pergunto com esperança.

Médica – Infelizmente não, o máximo que a medicina pode fazer é prolongar a sua vida por aparelhos. A minha expectativa é de que ele só resista essa semana.

Kauan – Você está me dizendo que na próxima semana o meu melhor amigo vai morrer? – Eu digo começando a chorar.

Médica – Teoricamente, sim. – Ela diz. Eu vou embora do consultório dela sem dizer mais nenhuma palavra.

(Eu estava abalado, então eu resolvi ir para casa.)

(CENA 4 – Tarde / Casa de Valentina)

P.O.V Valentina

Valentina – Miguel? – Pergunto enquanto estava deitada no sofá da sala. – Ele não está em casa, vou falar para a Joana que estou indo até lá. – Eu pego o meu telefone e envio mensagens a ela pelo o numero que estava no cartão que a Joana me deu.

(No WhatsApp.)

Eu – Joana!
Eu – Eu estou indo até a sua advocacia.
Eu – Te vejo em breve.

(CENA 5 – Tarde / Advocacia Vega)

P.O.V Valentina

(Eu entrei no escritório que pertencia a “Advogada Joana Vega”.)

Joana – Valentina! – Ela diz feliz ao me ver entrar pela a porta. – Como você está depois de hoje de manhã? – Ela diz preocupada.

Valentina – Eu estou muito abalada ainda, mas o que eu vim fazer aqui é urgente. – Digo nervosa.

Joana – Sendo assim, pode se sentar. – Eu sento na cadeira em frente a sua mesa. – Valentina, o que te fez vir aqui? – Ela pergunta com calma.

Valentina – Doutora... – Falo triste.

Joana – Sem essa de doutora, pode me chamar de Joana. – Ela diz com um sorriso no rosto, me fazendo dar uma risadinha.

Valentina – Joana... eu quero me divorciar do meu marido, o Miguel. – Falo confiante.

Joana – Miguel? – Ela diz como se o conhecesse.

Valentina – Sim, Miguel Ortega. – Eu digo isso e ela basicamente se desliga desse planeta.

P.O.V Joana

FLASHBACK ON*
(15 ANOS ATRÁS)

Joana – Como é o seu nome? – Pergunto a ele.

Miguel – Miguel... Miguel Ortega. – Ele diz sorrindo.

(2 ANOS DEPOIS.)

Joana – Miguel, eu estou grávida. – Eu digo feliz.

Miguel – O que? Vo-você está grávida? – Ele pergunta gaguejando e nervoso.

Joana – Sim, Miguel. Estou esperando um filho seu, o nosso filho. – Falo dando ênfase ao “nosso”. Ele fica pálido e nervoso.

(NO DIA SEGUINTE.)

Joana – Miguel, cadê você? – Pergunto dentro de casa na esperança de o-encontrar. Vejo uma carta e a abro rapidamente.

Carta de Miguel – Joana... me desculpe... mas eu não posso ser pai. Espero que algum dia você me entenda. – Eu leio a carta e começo a chorar.

(9 MESES DEPOIS.)

(Sem ter mais como pagar o aluguel eu saí de casa. Eu tive que deixar o meu filho sobre o cuidado dos avós dele.)

(TRANSIÇÃO)

Joana – Eu juro a mim mesma, que um dia eu irei me vingar de você... – Eu digo isso enquanto queimava a foto do Miguel.

(10 ANOS DEPOIS)

(Eu virei uma advogada poderosíssima e consegui criar a maior advocacia do país.)

Joana – Se prepare, Miguel. Eu vou começar uma vingança lenta e impiedosa para você... – Falo a mim mesma.
FLASHBACK OFF*
Valentina – Joana? – Ela pergunta enquanto eu estava em transe.
Joana – Oi? – Digo desnorteada.
Valentina – Você está bem? – Ela pergunta preocupada.
Joana – Estou ótima. – Digo feliz.
(CENA 5 – Tarde / Apartamento de Jhonatan e Kauan)
P.O.V Kauan
(Eu tentava dormir, porque eu passei a noite inteira no hospital, mas eu só lembrava do Jhonatan podendo morrer esta semana.)
Kauan – Por quê? Por que a vida tem que ser assim? – Pergunto a mim mesmo enquanto chorava. – O Jhonatan não pode morrer... não agora que eu disse que o amo... – Eu estava chorando demais.
(Daniel entra pela a porta.)
Daniel – Ei! Por que você me deixou plantado naquele hospital? – Ele diz furioso.
Kauan – Cala a porra da sua boca! – Grito muito nervoso. Daniel ouve o grito e se assusta.
Daniel – Por que está chorando? – Ele pergunta assustado.
Kauan – Não é da sua conta. – Falo friamente.
Daniel – Pelo o amor de Deus, Kauan. Fala logo de uma vez... – Ele diz estressado novamente. – Houve uma coisa com o Jhonatan, né? – Ele diz com a voz baixa e se agachando perto de mim.
Kauan – O Jhonatan vai morrer... – Digo tristemente e ele se levanta.
Daniel – O que você disse? – Ele diz desacreditando.
Kauan – O Jhonatan tem um câncer muito avançado... ele não tem como sobreviver. – Digo chorando.
Daniel – Não, isso não é possível... – Ele diz nervoso.
Kauan – É possível, não é atoa que ele tem. – Digo friamente.
(CENA 6 – Tarde / Advocacia Vega)
P.O.V Valentina
Valentina – Joana, muito obrigada por me ajudar com esse caso, não sabe como à agradeço. – Digo feliz.
Joana – Não precisa agradecer, eu faço o meu trabalho com muito amor e carinho. Além do mais eu... – Ela é interrompida por Miguel que estava entrando bêbado pela a porta da Advocacia.
Miguel – Valentina, eu sei que você está aqui! Apareça! – Ele diz gritando.
Valentina – Miguel, para com isso já! – Grito nervosa.
Miguel – Aqui está você... aprenda uma coisa... você nunca vai se separar de mim. – Ele afirma.
Valentina – Eu não estou te entendendo. – Minto.
Miguel – Para de se fazer de fingida, eu vi a sua conversa com essa tal de Joana. – Ele diz.
Joana – Joana Vega para você. Exijo que saia agora mesmo da minha advocacia! – Ela diz gritando e com pulso firme.
Miguel – Eu só saio daqui com a Valentina! – Ele diz isso e começa a puxar o meu braço tentando me tirar daqui.
Joana – Solte-a! – Ela diz isso e tenta me tirar de perto dele. Ela tenta intervir, mas Miguel dá um tapa nela, o que a faz cair no chão.
Recepcionista – Seguranças! – A recepcionista chama os seguranças.
Valentina – Miguel! – Eu grito a ele e consigo me soltar dos seus braços. Eu me solto e vou ajudar à Joana a se levantar. – Você está bem? – Pergunto a Joana. Os seguranças retiram Miguel dali e o levam para a delegacia.
Joana – Eu estou bem... obrigada. – Ela me agradece e sorri para mim.
Valentina – Perdão! Isso tudo foi minha culpa, se eu não tivesse vindo aqui ele não teria feito isso. – Digo preocupada.
Joana – Valentina, o problema nunca é da mulher por querer se livrar de gente como ele. O problema não é com você, é com ele. – Ela diz sorridente e eu a abraço por impulso.
Valentina – Obrigada por ajudar a me livrar desse problema que é o meu marido. – Digo feliz.
Joana – Eu sei bem como você se sente e você não faz nem ideia. – Ela diz sorrindo. Eu acho incrível como ela consegue ser simpática em todas as situações e não tem a cara fechada como as demais advogadas.
Valentina – Você pode ir comigo até a delegacia para me ajudar a depor contra ele? – Proponho a ela.
Joana – Claro que sim. – Ela diz. – Claudia, cancele todos os compromissos que eu tinha para hoje. – Ela exige a recepcionista.
Claudia – Claro, senhora! – A recepcionista fala com a cara fechada.
(CENA 6 – Manhã / Casa dos Vega - Nova York: E.U.A)
P.O.V Diego
Diego – Para de fazer essas coisas, Renan. Você pode acabar se machucando. – Digo preocupado a Renan, que estava tentando manobrar com o skate.
Renan – Não se preocupe, Diego. Eu sei o que estou fazendo. – Ele diz confiante e escorrega no skate. Eu me desespero e vou correndo ajudá-lo.
Diego – Renan! – Eu vou até lá o socorrer. – Meu amor, você está bem? – Pergunto preocupado.
Renan – Estou, eu só ralei o meu joelho, mas estou ótimo. Não precisa se preocupar. – Ele diz sorrindo.
Diego – Eu lhe avisei para parar com isso, mas você não me ouviu. – Esfrego na cara dele.
Renan – Quer um beijo como pedido de desculpa? – Ele pergunta com um sorriso malicioso.
Diego – E eu devo aceitar? – Pergunto brincando. Nossas faces se aproximavam mais.
Renan – Seu coração é quem sabe... – Ele sussurra isso no meu ouvido fazendo-me arrepiar. Nossos lábios estavam prestes a se tocar, mas alguém nos interrompe.
Rebeca – Diego! – Escuto a minha avó gritando pelo o meu nome. Não acredito, ela viu que eu e o Renan estávamos quase se beijando, agora eu terei sermão por toda a semana.
Renan – Agora fudeu de vez Diego... – Ele diz com uma cara de nervoso.
Diego – Sai daqui logo antes que ela venha tirar satisfações contigo. – Falo apressadamente.
Renan – Te amo! – Ele me dá um selinho rápido e vai embora correndo.
Diego – Também te amo... – Falo para ele, mas ele não escutou porque já tinha ido embora.
Rebeca – Diego! Eu sabia que Deus tinha me enviado um sinal de que meu neto seria desviado do caminho natural por aquele garoto. – Ela diz furiosa.
Diego – Vó, eu... – Tento argumentar, mas ela me interrompe.
Rebeca – Escuta-me bem, você nunca mais vai se ver com esse garoto por toda a sua vida, entendeu? – Ela fala isso e puxa a minha orelha. Eu retiro a mão dela da minha orelha.
Diego – Vó, eu já tenho idade suficiente para decidir o que fazer com a minha vida. Você não precisa se meter na relação que eu tenho com o Renan ou com qualquer outra pessoa... – Digo nervoso.
Rebeca – Se você sabe o que fazer por que não vai embora dessa casa? – Ela diz me chantageando.
Diego – Pois então eu vou sair dessa casa e você nunca mais vai se preocupar com “desviados” aqui dentro. – Eu digo com um sorriso confiante no rosto.
Rebeca – Vamos ver como a sua mãe vai reagir sobre isso. – Ela me ameaça mais uma vez.
Diego – A minha mãe não teve a coragem de ficar comigo, ela não se importaria comigo nem se eu morresse. – Digo nervoso.
Rebeca – Meu bem, a sua mãe se importa contigo. Ela só não tinha condições de te criar naquela época, mas agora que ela tem você finalmente vai a conhecer. – Ela diz feliz. – Por isso você vai amanhã mesmo para o Brasil. – Ela exige.
Diego – Não! Eu não vou sair daqui para um país de 3° mundo só por causa do seu preconceito. – Digo nervoso.
Rebeca – Você vai amanhã! E não tem mais voz aqui dentro, entendeu? – Mais uma ameaça para a coleção.
Diego – Tudo bem, vó. Agora pode sair do meu quarto, por gentileza? – Digo sarcasticamente. Ela sai do quarto.
(Eu tranco a porta e começo a chorar, pois estava pensando em como eu iria viver longe do Renan.)

(CENA 7 – Noite / Apartamento de Jhonatan e Kauan)
P.O.V Kauan
(Eu e o Daniel já estávamos o dia todo encarando o telefone esperado uma ligação do hospital sobre o estado do Jhonatan, se podíamos o visitar e etc.)
Daniel – Kauan... – Ele diz em paz.
Kauan – O que é? – Digo friamente.
Daniel – Nós vamos levar toda a nossa vida só encarando esse telefone? Por que não vamos nos divertir em alguma boate ou etc.? – Ele pergunta.
Kauan – Eu não estou com clima para boates. – Digo friamente.
Daniel – Não podemos perder a nossa vida somente nisso, nós temos que viver quando podemos. O Jhonatan é a prova disso. – Ele diz essas belas palavras, nunca ia imaginar que uma pessoa como ele ia conseguir falar isso.
Kauan – Bonitas palavras... – Eu digo enquanto solto um sorriso no rosto.
Daniel – Kauan... eu percebi nesse momento uma coisa. A vida é feita de muitas surpresas, não tem sentido nós continuarmos brigando que nem daquela maneira. – Ele diz como se estivesse arrependido.
Kauan – Eu acho que eu concordo contigo, nós temos muitas coisas em comum para ficarmos nos tratando como cães e gatos. – Digo.
Daniel – Podemos recomeçar novamente, mas dessa vez do zero. Ok? – Ele pergunta e eu assinto com a cabeça. – Bom dia senhor, o meu nome é Daniel. Qual é o seu? – Ele fala com uma voz de formalidade me fazendo soltar risadas.
Kauan – Err... me chamo Kauan, prazer em lhe conhecer. – Digo também formalmente. Nós nos abraçamos em motivo de paz.
Daniel – Promete que nunca mais vai deixar meu olho roxo? – Ele diz brincando.
Kauan – Para de me fazer rir, bobo. – Falo rindo e dando um soco fraco no seu ombro.
Daniel – Enfim, amigos né? – Ele diz com um olhar brilhante e erguendo sua mão para eu dar um: “toca aqui”.
Kauan – Claro que sim! – Digo isso e juntamos os nossos punhos.
(CENA 8 – Noite / Delegacia do Rio de Janeiro)
P.O.V Valentina
Joana – Tudo pronto, Valentina! A delegacia da mulher já confirmou a sua denuncia contra ele, mas você tem certeza que quer falar isso a ele? – Ela diz preocupada.
Valentina – Claro que tenho, ele tem que saber de uma vez por todas que ele não vai me fazer mais de capacho. – Digo confiante.
Joana – Pois bem, vai lá e trate-o do jeito que ele merece. – Ela diz, também confiante e segurando forte a minha mão.
Guarda – A senhora pode entrar. – O guarda diz a mim.
(Eu entro e vejo Miguel escorado na parede da cela.)
Miguel – Valentina! – Ele diz alegre em me ver. – Valentina, meu amor você veio me tirar daqui? – Ele pergunta.
Valentina – Não, Miguel. Eu vim para querer te ver apodrecendo aqui dentro. – Digo com um sorriso no rosto.
Miguel – Por quê? – Ele diz e eu ergo os meus olhos para cima como sinal do seu cinismo.
Valentina – Por quê? Você não consegue nem se fazer de cínico... Achou que eu deixar barato todos os dias que fui agredida naquela casa por sua culpa? – Pergunto. – Pois saiba que eu já te denunciei na delegacia da mulher e se preciso ainda moverei os sete mares para lhe ver apodrecendo aqui. – Falo feliz.
Miguel – Você não pode fazer isso. – Ele tira a mão de dentro da cela tentando me tocar, mas eu desvio.
Valentina – Eu posso, não só posso como eu já fiz. – Digo feliz. – E só para você ficar sabendo, amanhã a casa vai ser revistada e as minhas provas contra você vão aumentar ainda mais. Passar bem, desgraçado. – Eu digo isso e vou embora aos gritos dele me chamando de: “Maldita!”.
Joana – Então... como foi lá dentro? – Ela pergunta.
Valentina – Ai Joana, foi perfeito. Nunca tinha me sentido tão confiante e empoderada. – Digo isso a abraçando. – E tudo isso foi graças a você... – Digo ainda a abraçando.
 Joana – Não Valentina, isso tudo foi graças a isso aqui. – Ela aponta para o meu coração. – Ao coração...
Valentina – Você está parecendo mais uma psicóloga do que uma advogada. – Eu falo sorrindo e ela ri de volta.
(CENA 9 – Manhã / Advocacia Vega)
P.O.V Joana
(Eu estava conferindo os trâmites do divórcio da Valentina, até que meu telefone toca.)
Joana – Eu não deixei essa droga no silencioso? – Reclamo sozinha. Eu atendo o telefone.
(No Telefone.)
Joana – O que foi, mamãe? Não sabe que nessa hora eu estou no trabalho? – Pergunto estressada.
Rebeca – Filha, é que eu queria lhe dizer que o Diego está indo aí. – Ela diz e eu me estresso ainda mais.
Joana – O que? Você mandou o meu filho para cá sem me consultar antes? – Pergunto indignada.
Rebeca – É que filha, ele estava recebendo maus exemplos de um tal Renan. Você acredita que eu os vi se beijando ontem? – Ela pergunta.
Joana – E o que tem demais, mamãe? Isso é normal... – Falo ainda indignada. – Escute bem, eu não quero que o meu filho seja criado com esses preconceitos na cabeça. Somente por isso eu vou permitir que ele venha. – Falo dando um basta.
(Desligo o telefone.)
Joana – Oh, céus. Agora como eu irei cuidar de um adolescente e trabalhar ao mesmo tempo... – Falo preocupada.
(CENA 10 – Madrugada / Aeroporto Internacional de Nova York)
Diego – Ai Renan, venha logo... – Falo ansioso a mim mesmo.
Renan – Meu amor! – Escuto ele gritando o meu nome ao me ver. Olho para trás, vou correndo até ele e o abraço.
Diego – Ai amor, já estava me preocupando. Mas você avisou aos seus pais? – Pergunto.
Renan – Errr... Eu não os avisei, mas acho que eles não sentirão a minha falta. – Ele diz.
Diego – Você tem certeza de que quer “fugir agora” comigo? – Pergunto com um olhar malicioso.
Renan – Todas as vezes que for preciso... – Ele diz isso e me beija.
Diego – Certo, vamos para o avião antes que percamos o voo. – Falo quebrando o assunto. Nós vamos até o avião e conseguimos entrar no voo.
(CENA 11 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
 P.O.V Jhonatan
(Eu acordo em uma cama de hospital sem lembrar de nada do que houve. Só do Kauan gritando o meu nome. O que houve aqui?)
Jhonatan – Onde eu estou? – Pergunto confuso a mim mesmo.
Enfermeiro – Doutora, o paciente acordou. – Ele diz a doutora por um walkie-talkie.
Jhonatan – Quem é você? – Pergunto a ele.
Enfermeiro – Eu sou o seu enfermeiro, mas o meu nome é Alex. – Ele diz sorrindo. Um sorriso bem bonito por sinal.
Jhonatan – Pois bem, você já sabe o meu nome? – Pergunto feliz.
Alex – Claro que sei, Jhonatan. – Ele sorriu de novo.
(Nós ficamos nos encarando, sorrindo vergonhosamente um para o outro. O telefone dele toca.)
Alex – Perdão, preciso atender... – Ele sai de dentro da sala e vai atender o telefone.
(CENA 12 – Manhã / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
(Eu estava lavando a louça, sozinha, em casa. Escuto a campainha tocar. Resolvo ir atender.)
Valentina – Bom dia. – Falo isso e várias pessoas começam a entrar na minha casa e quebrar várias coisas. – Ei! O que vocês estão fazendo? – Algum deles vem e me dá um soco na cara.
Traficante – Aprenda uma coisa, com o chefe ninguém se mete ou humilha! – Ele grita.
Valentina – Quem são vocês, do que estão falando? – Falo nervosa.
Traficante – Isso não a interessa, por enquanto. Só saiba que o chefe lhe mandou um recadinho. Não se meta com quem não deve... – Ele diz. Todos vão embora e só fica eu jogada no chão.
Valentina – Oh céus... – Desabafo a mim mesma.
(CENA 13 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Alex
(No telefone.)
Alex – Diga, Julieta! – Exclamo a ela.
Julieta – Chefe, para você. Conseguiu achar o paradeiro do tal do Daniel? – Ela pergunta.
Alex – Sim, ele está vivendo com o primo dele aqui em São Paulo. Mas você quer saber o melhor? – Pergunto feliz.
Julieta – Claro que quero. – Ela diz como algo óbvio.
Alex – O primo dele é herdeiro de um multimilionário e ele está prestes a bater as botas... – Falo.
Julieta – Não creio... Essa semana é para eu jogar na loteria. Não é possível tanta sorte em uma só semana, principalmente porque a insuportável da minha enteada já deve estar morta. – Ela diz alegre. – Aquele infeliz do Daniel vai pagar por cada centavo tirado da minha herança. – Ela diz prometendo vingança.
Alex – Tem alguma ordem especifica para mim, “chefe”. – Digo debochando.
Julieta – Sim, não deixe que ninguém se aproxime desse Jhonatan, quanto mais pessoas ao verem, pior será. – Ela exclama.
Alex – Não se preocupe, ele já está na minha mira... – Falo confiante.
Julieta – Se prepare, hoje mesmo eu estarei aí em São Paulo. – Ela confirma.
Alex – Ok, chefe. Até mais. – Desligo o telefone. – Até parece que eu irei dividir uma fortuna dessas com ela. – Falo sozinho e sorrindo.

CONTINUA...


VOCÊ é quem escolhe o DESTINO desta trama.
Escolha uma opção com cuidado, porque as suas escolhas terão futuras consequências.

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