(CENA 1 – Manhã / Casa de Clara)
P.O.V Valentina
Valentina – Como consegue ficar calma com
uma pessoa morta por perto? – Eu digo suspeitando de que ela tenha algo a ver
com isso.
Joana – Eu sou advogada, não é a primeira
que isso me acontece. – Ela diz calmamente.
Valentina – Você jura? – Digo com
desconfiança.
Joana – Claro que sim, eu vou lhe mostrar
o meu cartão. – Ela me entrega um cartão, comprovando ser advogada.
Valentina – Me desculpa, eu achei que
você tivesse envolvida nisso. Perdão. – Digo com vergonha da minha atitude.
Joana – Não se preocupe, as pessoas
geralmente ficam nervosas depois desses crimes. – Ela diz com calma.
Valentina – Já que você é advogada, pode
me ajudar com uma coisa? – Pergunto a ela.
Joana – Claro que pode, mas pode ser em
outro momento? Porque você ainda está muito nervosa. – Ela diz preocupada.
Valentina – Certo... então eu vou para
casa, quer me acompanhar? – Pergunto.
Joana – Não posso, eu tenho que ficar
aqui para falar com a polícia sobre o ocorrido. Mesmo assim, agradeço pelo o
convite. – Ela diz com um sorriso no rosto.
(Eu, então, me despeço dela e vou um
pouco mais calma para casa.)
(CENA 2 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Kauan
Kauan – Oh céus... espero que o Daniel
chegue logo. – Digo a mim mesmo e o Daniel chega no mesmo momento.
Daniel – Kauan, o que você fez com ele? –
Ele chega nervoso.
Kauan – Do que você está falando? Eu não
fiz nada. – Eu digo indignado.
Daniel – Ele estava bem até ontem. Por
acaso você quis se vingar por ele ter ficado do meu lado ontem? – Ele grita.
Kauan – Escute aqui, eu só não lhe dou
outro soco porque nós estamos em um hospital. – Eu digo o ameaçando.
Daniel – Você é um covarde, fugiu da
discussão porque não tinha argumentos. – Ele afirma.
Kauan – Covarde? Não fui eu quem se fez
de coitadinho para ele ter pena. – Digo apontando o dedo para cara dele.
Daniel – Você não sabe com quem está se
metendo... – Ele diz com tom de ameaça.
Kauan – Com quem? Se for você, eu rio.
Você não mata nem uma mosca. – Falo isso enquanto ria dele.
Daniel – Tire suas próprias conclusões...
– Ele diz e vai para o banheiro.
Kauan – Eu não devia tê-lo chamado... –
Digo para mim mesmo.
Médica – Chamando os parentes do paciente:
Jhonatan. – Ela estava chamando, eu então me levanto.
Kauan – Doutora! – Eu chamo a atenção
dela e ela me leva para o seu consultório.
(CENA 3 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
Médica – Você é parente do paciente? –
Ela pergunta.
Kauan – Não, mas eu sou o melhor amigo
dele. – Eu digo com firmeza.
Médica – Pois bem... O paciente mora
contigo? – Ela pergunta com dúvida.
Kauan – Sim, e por enquanto também com o
primo dele. – Digo.
Médica – E esse primo está por aqui? –
Ela diz.
Kauan – Não, ele não veio para cá. –
Minto.
Médica – Ele já tinha tossido sangue
outras vezes? – Ela pergunta.
Kauan – Não, eu nunca tinha o visto dessa
maneira. Ele nem tossia e nem vomitava sangue. – Eu digo.
Médica – Impossível, ele já está em uma
fase muito avançada. – Ela diz baixinho para si mesma, mas eu consegui escutar.
Kauan – Perdão, mas o que é que está em
uma fase avançada? – Pergunto com dúvida.
Médica – Senhor... eu peço que você seja
forte. – Ela diz com uma cara desanimada.
Kauan – Deus, o que ele tem? – Pergunto
preocupado.
Médica – O paciente está com um câncer em
uma fase muito avançada no estômago. – Ela diz calmamente.
Kauan – Eu escuto isso e sinto como se o
meu coração tivesse parado. – Mas ele vai se salvar, né? – Pergunto com
esperança.
Médica – Infelizmente não, o máximo que a
medicina pode fazer é prolongar a sua vida por aparelhos. A minha expectativa é
de que ele só resista essa semana.
Kauan – Você está me dizendo que na
próxima semana o meu melhor amigo vai morrer? – Eu digo começando a chorar.
Médica – Teoricamente, sim. – Ela diz. Eu
vou embora do consultório dela sem dizer mais nenhuma palavra.
(Eu estava abalado, então eu resolvi ir
para casa.)
(CENA 4 – Tarde / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
Valentina – Miguel? – Pergunto enquanto
estava deitada no sofá da sala. – Ele não está em casa, vou falar para a Joana
que estou indo até lá. – Eu pego o meu telefone e envio mensagens a ela pelo o
numero que estava no cartão que a Joana me deu.
(No WhatsApp.)
Eu – Joana!
Eu – Eu estou indo até a sua advocacia.
Eu – Te vejo em breve.
(CENA 5 – Tarde / Advocacia Vega)
P.O.V Valentina
(Eu entrei no escritório que pertencia a
“Advogada Joana Vega”.)
Joana – Valentina! – Ela diz feliz ao me
ver entrar pela a porta. – Como você está depois de hoje de manhã? – Ela diz
preocupada.
Valentina – Eu estou muito abalada ainda,
mas o que eu vim fazer aqui é urgente. – Digo nervosa.
Joana – Sendo assim, pode se sentar. – Eu
sento na cadeira em frente a sua mesa. – Valentina, o que te fez vir aqui? –
Ela pergunta com calma.
Valentina – Doutora... – Falo triste.
Joana – Sem essa de doutora, pode me
chamar de Joana. – Ela diz com um sorriso no rosto, me fazendo dar uma
risadinha.
Valentina – Joana... eu quero me
divorciar do meu marido, o Miguel. – Falo confiante.
Joana – Miguel? – Ela diz como se o
conhecesse.
Valentina – Sim, Miguel Ortega. – Eu digo
isso e ela basicamente se desliga desse planeta.
P.O.V Joana
FLASHBACK ON*
(15 ANOS ATRÁS)
Joana – Como é o seu nome? – Pergunto a
ele.
Miguel – Miguel... Miguel Ortega. – Ele
diz sorrindo.
(2 ANOS DEPOIS.)
Joana – Miguel, eu estou grávida. – Eu
digo feliz.
Miguel – O que? Vo-você está grávida? –
Ele pergunta gaguejando e nervoso.
Joana – Sim, Miguel. Estou esperando um
filho seu, o nosso filho. – Falo dando ênfase ao “nosso”. Ele fica pálido e
nervoso.
(NO DIA SEGUINTE.)
Joana – Miguel, cadê você? – Pergunto
dentro de casa na esperança de o-encontrar. Vejo uma carta e a abro
rapidamente.
Carta de Miguel – Joana... me desculpe...
mas eu não posso ser pai. Espero que algum dia você me entenda. – Eu leio a
carta e começo a chorar.
(9 MESES DEPOIS.)
(Sem ter mais como pagar o aluguel eu saí
de casa. Eu tive que deixar o meu filho sobre o cuidado dos avós dele.)
(TRANSIÇÃO)
Joana – Eu juro a mim mesma, que um dia
eu irei me vingar de você... – Eu digo isso enquanto queimava a foto do Miguel.
(10 ANOS DEPOIS)
(Eu virei uma advogada poderosíssima e
consegui criar a maior advocacia do país.)
Joana – Se prepare, Miguel. Eu vou
começar uma vingança lenta e impiedosa para você... – Falo a mim mesma.
FLASHBACK OFF*
Valentina –
Joana? – Ela pergunta enquanto eu estava em transe.
Joana – Oi?
– Digo desnorteada.
Valentina –
Você está bem? – Ela pergunta preocupada.
Joana –
Estou ótima. – Digo feliz.
(CENA 5 – Tarde /
Apartamento de Jhonatan e Kauan)
P.O.V Kauan
(Eu tentava
dormir, porque eu passei a noite inteira no hospital, mas eu só lembrava do
Jhonatan podendo morrer esta semana.)
Kauan – Por
quê? Por que a vida tem que ser assim? – Pergunto a mim mesmo enquanto chorava.
– O Jhonatan não pode morrer... não agora que eu disse que o amo... – Eu estava
chorando demais.
(Daniel
entra pela a porta.)
Daniel –
Ei! Por que você me deixou plantado naquele hospital? – Ele diz furioso.
Kauan –
Cala a porra da sua boca! – Grito muito nervoso. Daniel ouve o grito e se
assusta.
Daniel –
Por que está chorando? – Ele pergunta assustado.
Kauan – Não
é da sua conta. – Falo friamente.
Daniel –
Pelo o amor de Deus, Kauan. Fala logo de uma vez... – Ele diz estressado
novamente. – Houve uma coisa com o Jhonatan, né? – Ele diz com a voz baixa e se
agachando perto de mim.
Kauan – O
Jhonatan vai morrer... – Digo tristemente e ele se levanta.
Daniel – O
que você disse? – Ele diz desacreditando.
Kauan – O
Jhonatan tem um câncer muito avançado... ele não tem como sobreviver. – Digo
chorando.
Daniel –
Não, isso não é possível... – Ele diz nervoso.
Kauan – É
possível, não é atoa que ele tem. – Digo friamente.
(CENA 6 – Tarde / Advocacia Vega)
P.O.V Valentina
Valentina –
Joana, muito obrigada por me ajudar com esse caso, não sabe como à agradeço. –
Digo feliz.
Joana – Não
precisa agradecer, eu faço o meu trabalho com muito amor e carinho. Além do
mais eu... – Ela é interrompida por Miguel que estava entrando bêbado pela a
porta da Advocacia.
Miguel –
Valentina, eu sei que você está aqui! Apareça! – Ele diz gritando.
Valentina –
Miguel, para com isso já! – Grito nervosa.
Miguel –
Aqui está você... aprenda uma coisa... você nunca vai se separar de mim. – Ele
afirma.
Valentina –
Eu não estou te entendendo. – Minto.
Miguel –
Para de se fazer de fingida, eu vi a sua conversa com essa tal de Joana. – Ele
diz.
Joana –
Joana Vega para você. Exijo que saia agora mesmo da minha advocacia! – Ela diz
gritando e com pulso firme.
Miguel – Eu
só saio daqui com a Valentina! – Ele diz isso e começa a puxar o meu braço
tentando me tirar daqui.
Joana –
Solte-a! – Ela diz isso e tenta me tirar de perto dele. Ela tenta intervir, mas
Miguel dá um tapa nela, o que a faz cair no chão.
Recepcionista
– Seguranças! – A recepcionista chama os seguranças.
Valentina –
Miguel! – Eu grito a ele e consigo me soltar dos seus braços. Eu me solto e vou
ajudar à Joana a se levantar. – Você está bem? – Pergunto a Joana. Os
seguranças retiram Miguel dali e o levam para a delegacia.
Joana – Eu
estou bem... obrigada. – Ela me agradece e sorri para mim.
Valentina –
Perdão! Isso tudo foi minha culpa, se eu não tivesse vindo aqui ele não teria
feito isso. – Digo preocupada.
Joana –
Valentina, o problema nunca é da mulher por querer se livrar de gente como ele.
O problema não é com você, é com ele. – Ela diz sorridente e eu a abraço por
impulso.
Valentina –
Obrigada por ajudar a me livrar desse problema que é o meu marido. – Digo
feliz.
Joana – Eu
sei bem como você se sente e você não faz nem ideia. – Ela diz sorrindo. Eu
acho incrível como ela consegue ser simpática em todas as situações e não tem a
cara fechada como as demais advogadas.
Valentina –
Você pode ir comigo até a delegacia para me ajudar a depor contra ele? –
Proponho a ela.
Joana –
Claro que sim. – Ela diz. – Claudia, cancele todos os compromissos que eu tinha
para hoje. – Ela exige a recepcionista.
Claudia –
Claro, senhora! – A recepcionista fala com a cara fechada.
(CENA 6 – Manhã / Casa dos Vega - Nova York: E.U.A)
P.O.V Diego
Diego –
Para de fazer essas coisas, Renan. Você pode acabar se machucando. – Digo
preocupado a Renan, que estava tentando manobrar com o skate.
Renan – Não
se preocupe, Diego. Eu sei o que estou fazendo. – Ele diz confiante e escorrega
no skate. Eu me desespero e vou correndo ajudá-lo.
Diego –
Renan! – Eu vou até lá o socorrer. – Meu amor, você está bem? – Pergunto
preocupado.
Renan –
Estou, eu só ralei o meu joelho, mas estou ótimo. Não precisa se preocupar. –
Ele diz sorrindo.
Diego – Eu
lhe avisei para parar com isso, mas você não me ouviu. – Esfrego na cara dele.
Renan –
Quer um beijo como pedido de desculpa? – Ele pergunta com um sorriso malicioso.
Diego – E eu
devo aceitar? – Pergunto brincando. Nossas faces se aproximavam mais.
Renan – Seu
coração é quem sabe... – Ele sussurra isso no meu ouvido fazendo-me arrepiar.
Nossos lábios estavam prestes a se tocar, mas alguém nos interrompe.
Rebeca –
Diego! – Escuto a minha avó gritando pelo o meu nome. Não acredito, ela viu que
eu e o Renan estávamos quase se beijando, agora eu terei sermão por toda a
semana.
Renan –
Agora fudeu de vez Diego... – Ele diz com uma cara de nervoso.
Diego – Sai
daqui logo antes que ela venha tirar satisfações contigo. – Falo
apressadamente.
Renan – Te
amo! – Ele me dá um selinho rápido e vai embora correndo.
Diego –
Também te amo... – Falo para ele, mas ele não escutou porque já tinha ido
embora.
Rebeca –
Diego! Eu sabia que Deus tinha me enviado um sinal de que meu neto seria
desviado do caminho natural por aquele garoto. – Ela diz furiosa.
Diego – Vó,
eu... – Tento argumentar, mas ela me interrompe.
Rebeca –
Escuta-me bem, você nunca mais vai se ver com esse garoto por toda a sua vida,
entendeu? – Ela fala isso e puxa a minha orelha. Eu retiro a mão dela da minha
orelha.
Diego – Vó,
eu já tenho idade suficiente para decidir o que fazer com a minha vida. Você
não precisa se meter na relação que eu tenho com o Renan ou com qualquer outra
pessoa... – Digo nervoso.
Rebeca – Se
você sabe o que fazer por que não vai embora dessa casa? – Ela diz me
chantageando.
Diego –
Pois então eu vou sair dessa casa e você nunca mais vai se preocupar com
“desviados” aqui dentro. – Eu digo com um sorriso confiante no rosto.
Rebeca –
Vamos ver como a sua mãe vai reagir sobre isso. – Ela me ameaça mais uma vez.
Diego – A
minha mãe não teve a coragem de ficar comigo, ela não se importaria comigo nem
se eu morresse. – Digo nervoso.
Rebeca –
Meu bem, a sua mãe se importa contigo. Ela só não tinha condições de te criar
naquela época, mas agora que ela tem você finalmente vai a conhecer. – Ela diz
feliz. – Por isso você vai amanhã mesmo para o Brasil. – Ela exige.
Diego –
Não! Eu não vou sair daqui para um país de 3° mundo só por causa do seu
preconceito. – Digo nervoso.
Rebeca –
Você vai amanhã! E não tem mais voz aqui dentro, entendeu? – Mais uma ameaça
para a coleção.
Diego –
Tudo bem, vó. Agora pode sair do meu quarto, por gentileza? – Digo
sarcasticamente. Ela sai do quarto.
(Eu tranco
a porta e começo a chorar, pois estava pensando em como eu iria viver longe do
Renan.)
(CENA 7 – Noite / Apartamento de Jhonatan e
Kauan)
P.O.V Kauan
(Eu e o
Daniel já estávamos o dia todo encarando o telefone esperado uma ligação do
hospital sobre o estado do Jhonatan, se podíamos o visitar e etc.)
Daniel –
Kauan... – Ele diz em paz.
Kauan – O
que é? – Digo friamente.
Daniel –
Nós vamos levar toda a nossa vida só encarando esse telefone? Por que não vamos
nos divertir em alguma boate ou etc.? – Ele pergunta.
Kauan – Eu
não estou com clima para boates. – Digo friamente.
Daniel –
Não podemos perder a nossa vida somente nisso, nós temos que viver quando
podemos. O Jhonatan é a prova disso. – Ele diz essas belas palavras, nunca ia
imaginar que uma pessoa como ele ia conseguir falar isso.
Kauan –
Bonitas palavras... – Eu digo enquanto solto um sorriso no rosto.
Daniel –
Kauan... eu percebi nesse momento uma coisa. A vida é feita de muitas
surpresas, não tem sentido nós continuarmos brigando que nem daquela maneira. –
Ele diz como se estivesse arrependido.
Kauan – Eu
acho que eu concordo contigo, nós temos muitas coisas em comum para ficarmos
nos tratando como cães e gatos. – Digo.
Daniel –
Podemos recomeçar novamente, mas dessa vez do zero. Ok? – Ele pergunta e eu
assinto com a cabeça. – Bom dia senhor, o meu nome é Daniel. Qual é o seu? –
Ele fala com uma voz de formalidade me fazendo soltar risadas.
Kauan –
Err... me chamo Kauan, prazer em lhe conhecer. – Digo também formalmente. Nós
nos abraçamos em motivo de paz.
Daniel –
Promete que nunca mais vai deixar meu olho roxo? – Ele diz brincando.
Kauan –
Para de me fazer rir, bobo. – Falo rindo e dando um soco fraco no seu ombro.
Daniel –
Enfim, amigos né? – Ele diz com um olhar brilhante e erguendo sua mão para eu
dar um: “toca aqui”.
Kauan –
Claro que sim! – Digo isso e juntamos os nossos punhos.
(CENA 8 – Noite / Delegacia do Rio de Janeiro)
P.O.V Valentina
Joana –
Tudo pronto, Valentina! A delegacia da mulher já confirmou a sua denuncia contra
ele, mas você tem certeza que quer falar isso a ele? – Ela diz preocupada.
Valentina –
Claro que tenho, ele tem que saber de uma vez por todas que ele não vai me
fazer mais de capacho. – Digo confiante.
Joana –
Pois bem, vai lá e trate-o do jeito que ele merece. – Ela diz, também confiante
e segurando forte a minha mão.
Guarda – A
senhora pode entrar. – O guarda diz a mim.
(Eu entro e
vejo Miguel escorado na parede da cela.)
Miguel –
Valentina! – Ele diz alegre em me ver. – Valentina, meu amor você veio me tirar
daqui? – Ele pergunta.
Valentina –
Não, Miguel. Eu vim para querer te ver apodrecendo aqui dentro. – Digo com um
sorriso no rosto.
Miguel –
Por quê? – Ele diz e eu ergo os meus olhos para cima como sinal do seu cinismo.
Valentina –
Por quê? Você não consegue nem se fazer de cínico... Achou que eu deixar barato
todos os dias que fui agredida naquela casa por sua culpa? – Pergunto. – Pois
saiba que eu já te denunciei na delegacia da mulher e se preciso ainda moverei
os sete mares para lhe ver apodrecendo aqui. – Falo feliz.
Miguel –
Você não pode fazer isso. – Ele tira a mão de dentro da cela tentando me tocar,
mas eu desvio.
Valentina –
Eu posso, não só posso como eu já fiz. – Digo feliz. – E só para você ficar
sabendo, amanhã a casa vai ser revistada e as minhas provas contra você vão
aumentar ainda mais. Passar bem, desgraçado. – Eu digo isso e vou embora aos
gritos dele me chamando de: “Maldita!”.
Joana –
Então... como foi lá dentro? – Ela pergunta.
Valentina –
Ai Joana, foi perfeito. Nunca tinha me sentido tão confiante e empoderada. –
Digo isso a abraçando. – E tudo isso foi graças a você... – Digo ainda a
abraçando.
Joana – Não Valentina, isso tudo foi graças a
isso aqui. – Ela aponta para o meu coração. – Ao coração...
Valentina –
Você está parecendo mais uma psicóloga do que uma advogada. – Eu falo sorrindo
e ela ri de volta.
(CENA 9 – Manhã / Advocacia Vega)
P.O.V Joana
(Eu estava
conferindo os trâmites do divórcio da Valentina, até que meu telefone toca.)
Joana – Eu
não deixei essa droga no silencioso? – Reclamo sozinha. Eu atendo o telefone.
(No Telefone.)
Joana – O
que foi, mamãe? Não sabe que nessa hora eu estou no trabalho? – Pergunto
estressada.
Rebeca –
Filha, é que eu queria lhe dizer que o Diego está indo aí. – Ela diz e eu me estresso
ainda mais.
Joana – O
que? Você mandou o meu filho para cá sem me consultar antes? – Pergunto
indignada.
Rebeca – É
que filha, ele estava recebendo maus exemplos de um tal Renan. Você acredita
que eu os vi se beijando ontem? – Ela pergunta.
Joana – E o
que tem demais, mamãe? Isso é normal... – Falo ainda indignada. – Escute bem,
eu não quero que o meu filho seja criado com esses preconceitos na cabeça.
Somente por isso eu vou permitir que ele venha. – Falo dando um basta.
(Desligo o
telefone.)
Joana – Oh,
céus. Agora como eu irei cuidar de um adolescente e trabalhar ao mesmo tempo...
– Falo preocupada.
(CENA 10 – Madrugada / Aeroporto Internacional de
Nova York)
Diego – Ai
Renan, venha logo... – Falo ansioso a mim mesmo.
Renan – Meu
amor! – Escuto ele gritando o meu nome ao me ver. Olho para trás, vou correndo
até ele e o abraço.
Diego – Ai
amor, já estava me preocupando. Mas você avisou aos seus pais? – Pergunto.
Renan –
Errr... Eu não os avisei, mas acho que eles não sentirão a minha falta. – Ele diz.
Diego –
Você tem certeza de que quer “fugir agora” comigo? – Pergunto com um olhar
malicioso.
Renan –
Todas as vezes que for preciso... – Ele diz isso e me beija.
Diego –
Certo, vamos para o avião antes que percamos o voo. – Falo quebrando o assunto.
Nós vamos até o avião e conseguimos entrar no voo.
(CENA 11 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V
Jhonatan
(Eu acordo
em uma cama de hospital sem lembrar de nada do que houve. Só do Kauan gritando
o meu nome. O que houve aqui?)
Jhonatan –
Onde eu estou? – Pergunto confuso a mim mesmo.
Enfermeiro
– Doutora, o paciente acordou. – Ele diz a doutora por um walkie-talkie.
Jhonatan –
Quem é você? – Pergunto a ele.
Enfermeiro
– Eu sou o seu enfermeiro, mas o meu nome é Alex. – Ele diz sorrindo. Um
sorriso bem bonito por sinal.
Jhonatan –
Pois bem, você já sabe o meu nome? – Pergunto feliz.
Alex –
Claro que sei, Jhonatan. – Ele sorriu de novo.
(Nós
ficamos nos encarando, sorrindo vergonhosamente um para o outro. O telefone
dele toca.)
Alex –
Perdão, preciso atender... – Ele sai de dentro da sala e vai atender o
telefone.
(CENA 12 – Manhã / Casa de Valentina)
P.O.V Valentina
(Eu estava
lavando a louça, sozinha, em casa. Escuto a campainha tocar. Resolvo ir
atender.)
Valentina –
Bom dia. – Falo isso e várias pessoas começam a entrar na minha casa e quebrar
várias coisas. – Ei! O que vocês estão fazendo? – Algum deles vem e me dá um
soco na cara.
Traficante
– Aprenda uma coisa, com o chefe ninguém se mete ou humilha! – Ele grita.
Valentina –
Quem são vocês, do que estão falando? – Falo nervosa.
Traficante
– Isso não a interessa, por enquanto. Só saiba que o chefe lhe mandou um
recadinho. Não se meta com quem não deve... – Ele diz. Todos vão embora e só
fica eu jogada no chão.
Valentina –
Oh céus... – Desabafo a mim mesma.
(CENA 13 – Manhã / Hospital Albert Einstein)
P.O.V Alex
(No telefone.)
Alex –
Diga, Julieta! – Exclamo a ela.
Julieta –
Chefe, para você. Conseguiu achar o paradeiro do tal do Daniel? – Ela pergunta.
Alex – Sim,
ele está vivendo com o primo dele aqui em São Paulo. Mas você quer saber o
melhor? – Pergunto feliz.
Julieta –
Claro que quero. – Ela diz como algo óbvio.
Alex – O
primo dele é herdeiro de um multimilionário e ele está prestes a bater as
botas... – Falo.
Julieta –
Não creio... Essa semana é para eu jogar na loteria. Não é possível tanta sorte
em uma só semana, principalmente porque a insuportável da minha enteada já deve
estar morta. – Ela diz alegre. – Aquele infeliz do Daniel vai pagar por cada
centavo tirado da minha herança. – Ela diz prometendo vingança.
Alex – Tem
alguma ordem especifica para mim, “chefe”. – Digo debochando.
Julieta –
Sim, não deixe que ninguém se aproxime desse Jhonatan, quanto mais pessoas ao
verem, pior será. – Ela exclama.
Alex – Não
se preocupe, ele já está na minha mira... – Falo confiante.
Julieta –
Se prepare, hoje mesmo eu estarei aí em São Paulo. – Ela confirma.
Alex – Ok,
chefe. Até mais. – Desligo o telefone. – Até parece que eu irei dividir uma
fortuna dessas com ela. – Falo sozinho e sorrindo.
VOCÊ é quem escolhe o DESTINO desta trama.
Escolha uma opção com cuidado, porque as suas escolhas terão futuras consequências.
CONFIRA A TRILHA SONORA OFICIAL DA SÉRIE:
Obrigado pelo seu comentário!