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Entre Pais e Filhos - Capítulo 03



Entre Pais e Filhos - Capítulo 03

Cena 01 - São Paulo - Parque - Fim de tarde

Arthur e os demais continuam andando de bicicleta. O rapaz começa a sentir tontura e fica com a vista embaçada durante o passeio.

Arthur: Meu Deus o que está acontecendo?

Arthur então fica com as vistas escurecidas e cai da bicicleta desmaiado. Helena ao ver o filho caído se desespera.

Helena: Filho!

Helena corre até o filho e Murilo também vai para perto do irmão.

Murilo: Irmão? Irmão? Acorda.

O jovem permanece desmaiado. Helena busca ajuda e um dos funcionários do parque emite os primeiros socorros no jovem. Ao verem que ele não acorda o levaram de maca para o pronto-atendimento que fica no próprio parque.

Helena: Meu Deus, ilumina meu filho para que ele esteja bem.


Cena 02 - São Paulo - Parque - Fim de tarde

Matheus e Marcos terminam a conversa e se despedem com um abraço. Matheus então agradeço pela conversa e os conselhos.

Matheus: Obrigado por tudo. Foi muito bom conversar com você.
Marcos: Eu que agradeço. Sua companhia foi muito agradável para mim.
Matheus: Foi?

Matheus fica com as bochechas vermelhas de vergonha.

Marcos: Claro que sim. Fazia muito tempo que eu não tinha uma conversa tão boa com alguém. Gostei muito da sua presença.
Matheus: Muito obrigado. Eu também. Foi muito bom os momentos que passamos juntos.

Marcos sorri e diz:

Marcos: Fico feliz em saber que também gostou. Agora eu tenho que ir, tem certeza que não quer jantar em minha casa?
Matheus: Sim. Minha família está me esperando.
Marcos: Está bem. Espero que possamos sair juntos mais vezes.
Matheus: Será um grande prazer.

Após sorrisos e abraços os jovens se despedem e seguem seus destinos.


Cena 03 - São Paulo - Casa de Cecília - Cozinha - Noite

Cecília está com Pedro na cozinha e a mesma não lembra se tomou seu remédio.

Cecília: Pedro meu filho eu tomei meu remédio?
Pedro: Já é a terceira vez que a senhora me pergunta isso vovó.
Briana: Os esquecimentos da avó estão ficando cada dia mais frequentes.
Cecília: Agora estou em dúvida. Tomei ou não tomei?
Pedro: Tomou sim vovó. A senhora deve estar cansada das tarefas por isso esqueceu.
Cecília: É pode ser. Obrigada por me lembrar.

Cecília decide ir a seu quarto descansar, enquanto Briana e Pedro conversam na cozinha.

Pedro: A vovó está cada vez mais esquecida.
Briana: Verdade. O que será que ela tem?
Pedro: Eu não sei. Deve ser coisa da idade.
Briana: Vai chegar a hora em que não vamos mais poder cuidar da vovó.
Pedro: Exatamente. Temos muitos afazeres.
Briana: O que faremos?
Pedro: Quando esse dia chegar, vamos coloca-lá em um lar de idosos.
Briana: Asilo?
Pedro: Isso mesmo.

Cecília que não tinha ido ao quarto escutou tudo o que os netos conversaram e fica muito triste.

Cecília: Eu sou um peso nas costas dos meus netos.

Ela então vai se deitar em seu quarto.


Cena 04 - São Paulo - Parque - Noite

Eduarda já está entediada de tanto esperar a volta de todos. Ela liga para a irmã, sem sucesso.

Eduarda: Eu não vou ficar aqui nem mais um minuto esperando esse povo. Chega!

Neste instante Matheus chega.

Eduarda: Finalmente apareceu. Pensei que não fosse mais voltar.
Matheus: Às vezes a senhora faz cada comentário desnecessário.
Eduarda: Vamos logo embora. Estou cansada de esperar todo mundo.
Matheus: Não poderia ir ainda.
Eduarda: E por qual motivo?
Matheus: O Arthur passou mal e desmaiou. Ele estão no pronto atendimento do parque.
Eduarda: Vamos embora, nós não podemos fazer nada para ajudar.
Matheus: Viemos juntos e vamos voltar juntos.
Eduarda: Está bem. Está bem.

Eduarda então pensa.

Eduarda (pensando): Garoto chato. Teve que passar mal logo agora.

Os dois então vão para o encontro dos demais.


Cena 05 - São Paulo - Parque - Pronto Atendimento - Noite

Arthur finalmente acorda e o enfermeiro conversa com Helena.

Enfermeiro: Aparentemente ele não teve nada grave, mas deve ir até um hospital e para fazer alguns exames.
Helena: Alguma suspeita?
Enfermeiro: Aqui não temos estrutura para fazer exames, então não posso afirmar o motivo do desmaio do seu filho.
Helena: Entendo.
Enfermeiro: Os ferimentos dele foram limpos e indico que o leve a um médico.

Arthur então decide falar.

Arthur: Não preciso ir ao médico. Eu já estou bem.
Helena: Precisamos ir para afirmar que realmente está bem.
Enfermeiro: Sua mãe tem razão Arthur. Temos que descobrir o verdadeiro motivo do desmaio.
Arthur: Não foi nada. Eu apenas comi algo que não me fez bem.

Murilo olha para Arthur e encara o irmão.

Helena: Isso não causa desmaios filho.
Arthur: Eu desmaiei por causa da queda. Já estou bem mãe. Não irei ao médico.
Helena: Eu não posso te obrigar filho, você já é maior de idade.
Arthur: Vamos fazer assim eu vou para casa e se amanhã não estiver bem vou ao médico.
Helena: Promete?
Arthur: Prometo mãe.

Arthur então vai para casa após se recusar ir ao médico junto de sua família.


Horas depois...


Cena 06 - São Paulo - Apartamento de Helena - Quarto de Arthur - Noite

Helena decide ir falar com o filho antes de dormirem.

Helena: Está mesmo bem filho?
Arthur: Sim mãe. Pode ficar despreocupada.
Helena: Se estiver acontecendo algo pode me contar.
Arthur: A senhora sabe que se tivesse algo eu contaria.
Helena: Sei disso filho. Sei disso.

Helena dá um beijo na testa do filho e se despede. Murilo observa tudo e fica enciumado do carinho dos dois.

Murilo: Por que ela não é assim comigo? Por quê?

Alguns dias depois…


Cena 07 - Rio de Janeiro - Hospital de Santa Barbára - Recepção - Manhã

Após alguns dias o homem tem alta e passa na recepção para pegar seus pertences.

Recepcionista: O que o senhor fará agora? Já fazem tantos meses desde o acidente.
Homem: Eu não sei bem o que farei agora, mas de uma coisa tenho certeza.
Recepcionista: Do que?
Homem: Tenho que voltar a São Paulo para encontrar meus filhos.
Recepcionista: Teve filhos?
Homem: Sim tive, mas o destino acabou nos separando.
Recepcionista: Está certo. Boa sorte.
Homem: Obrigado.

Aparece a imagem da ficha hospitalar do homem. O homem se chama César.

César: Vou em busca do perdão dos meus filhos.


Cena 08 - São Paulo - Vara da Infância e Juventude - Manhã

Helena trabalha de assistente social na Vara da Infância e Juventude de São Paulo. Ela cuida do caso de adoção do pequeno Daniel de 10 anos que foi recém adotado por Bruno e Hugo.

Helena: Como está sendo a relação de vocês?
Bruno: Estamos muito felizes com a adoção do Daniel.
Hugo: Ele veio para trazer mais alegria para a casa.
Helena: Fico muito feliz em ouvir isso. E você Daniel está feliz?
Daniel: Estou muito feliz. Antes eu não tinha ninguém. Nenhuma família. Agora eu tenho dois pais. É muito legal.

Helena sorri e fica feliz em ouvir isso da criança.

Helena: Eu fico ainda mais feliz em ouvir isso. Significa que vocês se amam como família. Isso é muito bonito.

Neste instante Helena recebe uma ligação em seu celular.

Helena: Perdão, esqueci de desligar o celular. Vou atender pois é do meu filho.
Hugo: Sem problemas. Pode atender. Filhos sempre em primeiro lugar.

Helena recebe a ligação de uma professora de Arthur avisando que o garoto tinha passado mal e desmaiado na escola. Ela fica assustada e diz:

Helena: O que aconteceu com meu filho?

Continua...






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