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Entre Pais e Filhos - Capítulo 13



 Entre Pais e Filhos - Capítulo 13

Cena 01 - São Paulo - Parque - Tarde

César chega até o parque e dá de cara com Helena brava. 

Helena: Como teve a pachorra de ir atrás do Arthur? 
César: Até que você foi esperta Helena. 
Helena: Não tenta brincar comigo César, eu falei para se afastar dos meus filhos. 
César: Esses filhos também são meus, o Arthur está doente e precisa do pai perto. 
Helena: Como você é cínico. Passou todos esses anos longe e agora quer dar uma de pai responsável? Você não engana. 
César: Estou sendo sincero, acredite se quiser. 
Helena: Como eu pude me enganar com você César? 
César: O que quer dizer? 
Helena: Por qual motivo a vinte anos você me abandou com duas crianças? Por que? 

César lembra do dia em que Eduarda contou que ele era o pai de Matheus. 

César: Eu era novo e irresponsável, agora tenho outra mentalidade. 
Helena: Creio que seja tarde demais. 
César: Nunca é tarde Helena e se você tentar impedir vai se ver comigo. 

César ia saindo até que Helena segura seu braço. 

Helena: Escuta bem, não volta a chegar perto do meu filho ou...
César: Ou o que? 
Helena: Você vai ver. 
César: Você não mata uma mosca. 
Helena: Brinca para ver, você não sabe até onde uma mãe é capaz de ir por amor aos filhos. 

Helena solta o braço de César e o mesmo vai embora bravo. 

César: Maldita! Vai pagar caro. 


Cena 02 - São Paulo - Asilo - Tarde

Briana e Pedro vão visitar sua avó Cecília e recebem os resultados do exame da mesma. 

Pedro: Como ela está doutor?
Briana: O que de fato ela tem? 
Médico: A avó de vocês tem Alzheimer. 
Pedro: Eu sabia que aqueles esquecimentos estavam ligados a algo. 
Briana: Pobre vovó. 
Médico: Ela já está tendo um alto nível de esquecimentos. 
Pedro: O que podemos fazer? 
Médico: Visita-lá sempre que possível. Isso a alegra muito. Além de manterem viva a lembrança de vocês na mente dela. 
Pedro: Tomara que ela esqueça aquele maldito. 
Briana: Pedro se contenha. 
Médico: Ela está perdendo a memória aos poucos, ficar aqui será bom para ela desde que mantenha contato com a família. São apenas vocês? 
Pedro: Sim. Só nós dois. 
Médico: Peço que visitem a dona Cecília sempre. 
Briana: Pode deixar doutor. 

Os dois saem da sala do médico e vão ver a avó. 


Cena 03 - São Paulo - Casa de Regina - Quarto/Sala - Tarde

Regina está em sua casa arrumando algumas roupas em seu dia de folga até que encontra no bolso da calça de Kauã uma nota fiscal com detalhamento da venda de uma aliança. 

Regina: Não pode ser que meu próprio filho tenha feito isso comigo. Não pode ser. 

Regina liga o cupom fiscal de venda com o sumiço da sua aliança de casamento e percebe que o próprio filho a roubou e começa a chorar. 

Regina (chorando): Como meu filho teve coragem de me roubar? Como meu Deus? 

Após alguns minutos Kauã chega da faculdade e dá de cara com sua mãe sentada e com o papel na mão. 

Regina: Como teve coragem filho, de roubar sua mãe? 

Kauã fica espantando e sem conseguir responder nada a mãe. 


Cena 04 - São Paulo - Hospital - Tarde

No hospital Arthur tem uma recaída e o doutor Vitor logo tem que ajudar socorrer o rapaz. Ele chama uma equipe de enfermeiros para ajudá-lo a salvar o rapaz. O mesmo passou mal ao levantar da cama. 

Mais tarde...


Cena 05 - São Paulo - Hospital - Tarde

Helena volta ao hospital e Vitor têm uma conversa franca com ela. 

Helena: Porque está me olhando dessa maneira Vitor? 
Vitor: Helena vou ser sincero com você. 
Helena: Pode falar. 
Vitor: O Arthur teve uma recaída e a situação do quadro dele é muito séria. Precisamos intervir logo na doença ou ele vai morrer. 

Ao escutar as palavras do médico, Helena se assusta. 

Helena: Morrer? 
Vitor: O quadro dele se agravou muito, vamos iniciar o tratamento com quimioterapia, mas ele ainda vai precisar do transplante. O tratamento apenas nos dará tempo. 
Helena: Meu Deus, com o Murilo desaparecido, eu não sei o que fazer. 

Helena se desespera e começa a chorar, mostrando seu lado humano de mãe, que muitas vezes não deixou transparecer. 

Helena: Estou desesperada, não sei o que fazer. Não sei. 

Vitor dá um abraço forte e tenta consolar Helena. 

Vitor: O Arthur precisa receber um transplante de medula óssea compatível com a dele e a maior chance de combatividade seria com o irmão. 
Helena: Esse é o problema, não posso obrigar o Murilo a fazer isso. 
Vitor: Tente achá-lo Helena. É a chance do Arthur sobreviver. 
Helena: Está certo, vou fazer o possível e o impossível para isso. 

Helena sai da sala de Vitor e passa até o quarto de Arthur e lhe dá um beijo. 

Helena: Eu vou te salvar filho. Dou minha palavra. 


Cena 06 - São Paulo - Casa de Eduarda - Tarde

César volta até a casa de Eduarda e conta tudo o que aconteceu. 

Eduarda: Como foi lá com o bastardo? 
César: Ele não foi. 
Eduarda: Como assim ele não foi? 
César: Quando eu cheguei lá a maldita da Helena estava lá. Ela que marcou o encontro comigo. 
Eduarda: Maldita! Ela foi esperta. 
César: O que faremos agora? 
Eduarda: Você tem que tentar se aproximar do Arthur, a todo custo. 
César: Amanhã irei novamente ao hospital. 
Eduarda: Faça isso. Você vai conquistar o amor dele. 
César: E depois? 
Eduarda: Deixa comigo. Vou tirar a Helena da jogada. 

Eduarda dá uma risada macabra. 

César: Vai matar a Helena? 
Eduarda: Foque no Arthur. Deixa o resto comigo. 

César se assusta com a crueldade e frieza de Eduarda. 


Cena 07 - São Paulo - Casa de Regina - Quarto/Sala - Tarde

Regina: Fala alguma coisa. Como teve coragem? 
Kauã: Não sei do que está falando mãe. 
Regina: Não mente para mim. Você me roubou. Me roubou. 
Kauã: Não mamãe. Não fiz isso. 
Regina: Agora sei como comprou todas essas roupas. 
Kauã: Não mamãe, não fiz isso.

Kauã começa a se desesperar. Regina de levanta e dá um tapa no filho. 

Regina: Eu jamais pensei que faria isso um dia. 
Kauã: Você me bateu? 
Regina: Deveria te bater muito mais. 
Kauã: Eu confesso, roubei e vendi sua aliança. 

Regina fica incrédula com o filho. 

Regina: Você sempre foi ambicioso filho. Agora roubar por isso? Eu jamais pensei. 
Kauã: Eu não suporto essa vida de pobre que levamos mãe. Não suporto. 
Regina: Eu te criei da melhor maneira que pude. 
Kauã: Você sempre dizia que odiava meu pai, por quê a revolta com a aliança? 
Regina: Essa aliança era a única lembrança que eu tinha dos meus pais. Era a aliança deles, do casamento deles. 

Kauã não se importa ao descobrir que a aliança era dos avós. 

Kauã: Não me importo. Não valeu quase nada.
Regina: Você é um monstro filho. Se é que posso te chamar assim. 

Kauã sai batendo a porta e Regina fica chorando em casa. 

Regina: Aonde eu errei Deus? Aonde? 

Ela chora muito de desgosto do filho. 


Cena 08 - São Paulo - Asilo - Noite

Pedro e Briana vão falar com a avó e percebem que ela está piorando. 

Pedro: Está triste vovó? 
Cecília: Impressão sua querido. Vieram só vocês dois?
Briana: Sim vovó. 
Cecília: Não está faltando alguém? 
Pedro: Não falta ninguém. Somos seus únicos filhos. 
Briana: A senhora só tem a nós. 
Cecília: Eu me lembro que tinha mais alguém. 
Pedro: Se enganou vovó. 

Cecília está perdendo a memória, mas no fundo ela sabe que falta alguém. Os dois passam mais um pouco de tempo com ela e depois vão embora. 


Cena 08 - São Paulo - Rua - Tarde

Mostram cenas de Helena indo na casa de vários amigos de Murilo tentando encontrar o filho, mas não o encontra em lugar algum. 

Helena: Maria, mãe de Jesus, não desampara essa mãe que está perdida. Me ajudo nossa senhora. 

Helena reza e pede a intercessão de Maria em busca do filho. Helena então se lembra de Paulo o amigo de Murilo que ele conheceu no almoço, esse ela não sabia o endereço, porém procurou seu número em uma rede social.

Helena: Ufa! Finalmente encontrei o telefone dele. 

Helena liga para Paulo e conversa com ele no telefone. 

Paulo: Alô, quem fala? 
Helena: Aqui é a Helena, mãe do Paulo. 

Congela no rosto de Paulo. 


Continua...




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