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Fortalezas Amorosas - Capítulo 02

Capítulo 2
Cena 1: //Rua - Frente da Casa de Jogo do Bicho//
Açucena dá um tapa na cara de Viviane e outro na cara de Henrico.
- Viviane: Mas tá afim de levar uns tapas.
Viviane levanta a mão pra bater em Açucena, que segura a mão dela.
- Açucena: Como se atreve, sua cabrita.
- Viviane: E você, que se acha a dona de tudo. Me diz?
- Açucena: Escuta aqui, eu sou a mais velha e tenho o direito de administrar os bens da nossa família, nossos pais são velhos, vocês são dois irresponsáveis. Sem mim, nossos pais estariam jogados ao mar do esquecimento e largados a própria morte.
Açucena se vira e sai andando.
- Viviane: Ô, querida, onde você vai?
- Açucena: Esqueci de falar, nosso pai foi agredido no campo e tá sangrando. Tô indo pro hospital cuidar dele. Melhor, MEU pai.
- Henrico: Espera... Nós vamos.
Açucena entra no carro e fecha a porta.
- Açucena: Pode ir, seu Antônio.
O carro dá partida e joga fumaça na cara de Henrico e Viviane.
- Viviane: Vamos pra casa. Quando ela chegar, vai ver com quem se meteu.

Cena 2: //Casa da Família Mattos - Centro de Cuiabá//
André sai do quarto e dá de cara com sua mãe.
- André: O que foi, Dona Helena?
- Helena: Eu exijo respeito seu, sou sua mãe. Sou mais experiente que você.
- André: O que tem de experiente, tem de chata. Eu não quero mais saber! Não interfira na minha vida. Você está avisada.
André pega sua maleta e vai direto pra saída de casa.
- Helena: ANDRÉ!
André para e revira os olhos.
- André: O que é agora? Eu tenho 20 anos. Já sei o que quero da vida. Só quero que não interfira. E outra, manda fazer uma limpeza daquelas espirituais dentro da nossa casa. Porquê o ar aí dentro é tão pesado, que por si só já forma uma camada de ozônio. Agora, tchau.
André entra no carro e dá partida.
- Helena: INSOLENTE! MEU FILHO É UM INSOLENTE! DESPREZO SÓ GANHO DELE.
Helena se irrita e se vira e sai andando.
- Helena: Ai que ódio. Eu quero respeito desse garoto. 20 anos não é nada.
Ela fica bufando.
A empregada sai do lado de fora da casa e grita.
- Empregada: DONA HELENA.
- Helena: O QUE É!
Helena bate o pé e estrebucha igual um cavalo.
De repente, ela cai na piscina.
- HELENA: AAAAAAAAAA.
A empregada fica rindo.

Cena 3: //Hospital//
Açucena e sua mãe esperam notícias de seu pai.
- Açucena: Ai que demora...
- Ilza: Filha, calma. Demora assim mesmo... Mas, como foi aquela discussão com seus irmãos?
- Açucena: Os idiotas estavam jogando no jogo do bicho e com um dinheiro bom, mas esse dinheiro vai pra onde? Pro lixo. Gastam em tudo o que não presta.
- Ilza: Calma, filha. Prefiro suar pra garantir dinheiro limpo, do que ter dinheiro sujo garantido de forma fácil e ainda mais nos jogos. Onde se rouba até dinheiro dos outros.
O médico vem vindo pelo corredor.
- Ilza: O médico...
Elas ficam de pé.
- Açucena: Doutor, como está meu pai? E o Júlio?
- Doutor: Bom, primeiramente, ele está bem, só está com algumas escoriações no braço e está tomando soro. Mas deve sair logo. Até às 14h, ele terá alta... Já o Júlio, ele está bem, só teve uma lesão no pé. Mas está em observação.
- Açucena: Obrigada, doutor.
O doutor sai.
- Ilza: Filha, acho melhor você tomar uma água e comer algo...
- Açucena: Melhor não.

Cena 4: //Fazenda Bona Alleanza//
Viviane e Henrico chegam em casa.
- Viviane: Ai que fome...
- Henrico: Você não sabe cozinhar... Que vergonha.
- Viviane: Nunca fui mimada a aprender isso.
- Henrico: Vamos no campo.
- Viviane: Pra quê?
- Henrico: Quero ver se realmente ocorreu tudo o que a Açucena falou...
Eles saem.
- Viviane: Deve ser mentira dela. Ela só sabe mentir...
Eles se deparam com uma poça enorme de sangue.
- Henrico: Bom, se ela mente, você deve ser uma Diabrete, porquê você é a mãe da mentira.
- Viviane: Não achei graça.
- Henrico: É, realmente ouve isso mesmo que a Açucena falou. Olha isso aqui... Sangue.
Eles andam e encontram o trabalhador que agrediu Açucena.
- Viviane: Olha, um bruto todo surrupiado. Deve ter levado uma surra daquelas... Açucena deve ter força, com certeza...
Henrico se ajoelha e começa a verificar se ele tem pulso.
- Viviane: ...Ih, gente, esse daí já deve tá no inferno...
- Henrico: Você vai já já se não calar essa sua boca... Fecha essa matraca, cacatua do mato.
Ele continua verificando.
- Henrico: Ele tá vivo... Só precisa de um socorro. Precisa ir pro hospital.
- Viviane: Melhor chamar alguém da fazenda vizinha.
- Henrico: É, vai lá, se você quiser morrer... Eles odeiam a gente... Anda, me ajuda, vamos levar ele até a fazenda vizinha mesmo. É o jeito.
Eles pegam o trabalhador pelos braços e saem arrastando ele.

Cena 5: //Hospital//
Açucena e Ilza esperam notícias.
Um enfermeiro vem.
- Enfermeiro: Senhorita Açucena Gomes Villar e Senhora Ilza Gomes Hernandez Villar?
- Açucena: Sim, isso mesmo.
- Enfermeiro: Venham comigo.
Elas vão. Caminham pelo corredor até chegar em uma sala. Lá estão Eurico e Júlio se recuperando.
- Ilza: Meu véio...
Ela sai correndo até o leito de Eurico.
Açucena caminha até o leito de Júlio.
- Júlio: Finalmente veio me ver... Já não estava mais aguentando...
- Açucena: Rsrs... Obrigada por ter me salvado. Sem você, eu não sei onde estaria agora.
- Júlio: De nada... Só fiz meu dever... Mas já que você está aqui... Quero lhe fazer uma pergunta.
- Açucena: Faça...
- Júlio: Você quer namorar comigo?
Açucena fica sem jeito.
//Gancho//

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