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Fortalezas Amorosas - Capítulo duplo (03 e 04)


Capítulo 3
**Esse capítulo apresenta poucas expressões usadas no Mato Grosso... Com o desenrolar da trama, as expressões deixarão de ser usadas**

Cena 1: //Hospital//
Açucena continua sem reação.
- Júlio: Você não precisa responder agora. Pode pensar. Ok?
- Açucena: Ok.
- Ilza: Açucena, vou até a lanchonete. Qualquer coisa me chama.
- Açucena: Tudo bem.
Ilza sai e Açucena continua falando com Júlio.
- Júlio: Então, quando você já tiver uma resposta, pode me dizer. Mas quero que pense com muito carinho.
- Açucena: É... Júlio, não é desprezando você, nem nada. Mas agora eu não tô pra namoro, eu tô passando por um momento difícil. Estamos tendo que trabalhar no campo pra ter comida. Então, melhor continuarmos sendo bons amigos.
- Júlio: Tá bom... Eu te entendo.
- Açucena: Bom, até mais tarde. Estou lá fora.
Açucena vai até seu pai e depois sai da sala.
- Júlio, pensando: Ah, droga. Esse nunca, nunca é correspondido...

Cena 2: //Escritório de Advocacia Huang Chen//
André trabalha lendo papéis de defesa de um assassinato.
- André: Não dá. Não tem como definir uma solução. Esse caso tá muito complicado.
André bufa de preocupação.
Um amigo de André bate na porta.
- André: Pode entrar.
Ele entra e fecha a porta.
- André: Ah, Oi, Tertuliano. Se achegue mais. Se senta.
- Tertuliano: E então, como vai o caso?
- André: Ruim. Está péssimo. Esse não tem solução.
- Tertuliano: Como assim? Você sempre consegue os casos. Esse não pode ser o único.
- André: O homem mata um monte de gente num bairro só e ainda tem que ter defesa? Desculpa mas essa não dá.
- Tertuliano: Melhor ir falarmos com o chefe.
- André: Eu não vou jogar conversa fora com o Roberto. Ele é muito pilantra!
- Tertuliano: Mas calma, nem se quer falamos com ele.
- André: Eu não preciso falar com ele pra saber o pilantra que ele é. Já me fez passar uma vergonha quando fizeram um protesto a favor da libertação daquele inocente lá. Disseram até que eu era advogado de bandido!
- Tertuliano: Calma, André! Vamos lá. Vamos.
- André: Eu só digo que se ele vier com conversa mau caráter, ele vai levar uma boa de uma bofetada.
- Tertuliano: Calma.
- André: Isso mesmo. Já cansei de passar por apuros. Já cansei. Apuros não é comigo. Vôte! (Vôte quer dizer: Deus me livre!)
- Tertuliano: Vamos lá.
Eles saem da sala.

Cena 3: //Casa da Família Mattos//
Helena tenta sair da piscina. Ela está toda molhada e irritada.
- Helena: WANDAAAAAA!
- Empregada (Wanda): Sim, senhora.
- Helena: Vá pegar uma toalha para mim e traga também meu celular. Mas antes me ajude a sair daqui...
Wanda puxa Helena.
- Helena: Agora ande... Vá pegar logo meus trens (meus trens significa: minhas coisas).
Wanda sai correndo.
- Helena: Ai que raiva... Cadê essa empregada insolente... Ô WANDAAAAAA. CADÊ VOCÊ?
Wanda chega correndo.
- Wanda: Desculpe, senhora. É que eu tive um proble...
Helena corta a conversa de Wanda.
- Helena: Tá. Tá. Tá. Me dá logo aqui essa toalha... E cadê, meu celular?
- Wanda: Tá aqui senhora...
- Helena: Vá... Pode ir.
Wanda sai.
- Helena: Cadê a conversa com minhas amigas... Cadê... Achei!
Helena manda uma mensagem pra suas amigas.
{{início da Conversa}}
- Helena: Amigas, cadê vocês, quero uma ajuda.
...
- Emília: Oi, Helena. O que foi?
- Norma: Cheguei, amigas.
- Helena: É que... Eu tô com uns problemas... O André é a causa deles.
- Norma: Ih... O que ele fez?
- Helena: Me disse umas verdades...
- Emília: Melhor dizer verdades na sua cara, do que ficar escondendo e depois vir tudo à tona.
- Norma: Falou tudo.
- Helena: Tô caindo fora... Vejo que aqui não consigo nada.
{{Fim da Conversa}}
- Helena: Pelo jeito, vou ter que me virar sozinha... WANDA. PREPARA UMA ROUPA PRA MIM, VOU SAIR.

Cena 4: //Escritório de Advocacia Huang Chen - Sala do Chefe: Roberto//
André e Tertuliano chegam pelo elevador e vai até a secretária de Roberto.
- André: Queremos falar com o Roberto.
- Tertuliano: É um caso complicado.
- Secretária: Ok, senhores. Vou interfonar.
Ela disca o número da sala de Roberto.
- Secretária: Senhor Roberto, os senhores: André e Tertuliano, querem falar com o senhor... ...Ok... Podem entrar.
André e Tertuliano entram.
- Tertuliano: Calma, André. Deixa que eu falo.
- Roberto: Bom dia...
- Tertuliano: Bom dia. Queremos falar com o senhor...
- Roberto: E o que querem falar?
- André: É que esse caso que o senhor pôs em minha mãos, está muito complicado.
- Roberto: Meu querido André. Não há caso difícil.
- André: Ah, não? Então o que é isso aqui?
Roberto olha os papéis.
- Roberto: Faça o seu melhor... Se ele for preso, ele que se resolva.
- André: Você...
- Tertuliano: Calma... Agora eu falo.
- André: Não, agora eu falo... Você esqueceu que o nome dessa joça aqui é escritório de advocacia? Advogado, eu sou, não posso abandonar o caso dele. Se não, eu posso até morrer!
- Roberto: Kkkkkkkkkkk. André, André. Tão inocente... A gente promete e deixa eles quebrarem a cara.
- André: Eu vou quebrar é sua cara já já, seu idiota!
André joga os papéis que estavam em suas mãos na cara de Roberto.
- Roberto: Seu desgraçado!
Eles se atracam e começam a brigar.

Cena 5: //Carro da Família Mattos//
Helena olha seu celular.
- Motorista: Senhora, para onde vamos? Estamos a cerca de 45 minutos na avenida e a senhora não disse uma palavra sequer.
- Helena: Ah, me desculpe, José. Vamos pra mansão de Gabriela Moura Ferraz. Próxima rua a esquerda.
- José: Está bem, Senhora.
O carro vira na rua e para numa cancela.
- Atendente: Bom dia, para onde vão?
- José: Mansão da Família Moura Ferraz. Carro da Senhora Helena Freitas de Muniz.
- Atendente: Só um minuto...
- Helena: Uma complicação só. Era melhor eu ligar pra Gabriela.
- Atendente: Pode entrar...
O carro segue até a mansão.
//Mansão - Entrada//
Helena toca a campainha e Gabriela abre a porta.
- Helena: Gabriela...
- Gabriela: Helena, minha amiga...
Elas se abraçam e entram.
- José: Não sei quem é pior... As cobras da selva ou essas daí.
//Dentro da Mansão//
- Helena: Venho aqui falar um assunto sério... A Teresa está?
- Gabriela: Não...
- Helena: Ufa. O assunto é sobre o André... Vejo que ele está só e só quer saber de trabalho... Por isso, pensei em dar um empurrãozinho entre ele e a Teresa...
- Gabriela: Adorei a ideia... Eu falarei com ela. Afinal, não é todo dia que se consegue um pretendente feito o André...
- Helena: Ok. O plano vai ser assim... Eu vou chamar o André pra ir ao clube... Lá, a Teresa finge um afogamento pro André salvar ela... Depois vemos se algo acontece.
- Gabriela: Ok. Perfeito.
Elas continuam conversando.

//Algumas horas depois//
Cena 6: //Hospital//
Açucena e Ilza esperam a alta de Júlio e Eurico.
- Ilza: Tá demorando...
- Açucena: Calma, mãe. É assim mesmo... Eu acho.
- Ilza: 3 horas aqui dentro?
- Açucena: Mãe. Chegamos aqui há pouco tempo... Eles não estão em perfeito estado.
De repente, cinco bandidos entram no hospital.
- Bandido 1: Ninguém se mexe, isso é um assalto!
As pessoas se apavoram e começam a correr.
- Ilza: Filha... O que a gente faz?
- Açucena: Calma... Ou melhor, corre!
Elas saem correndo. Os bandidos começam a atirar pra todo lado.
//Gancho//

Capítulo 4
Cena 1: //Hospital - Corredores//
Açucena e Ilza saem correndo pelos corredores em busca do quarto onde estão Júlio e Eurico.
- Açucena: Aqui, mãe. Vem!
Elas entram no quarto e trancam a porta com um ferro.
- Júlio: O que houve? Que barulhos são esses?
- Açucena: É tiro. Ladrões.
Os ladrões chegam nos corredores e atiram. Várias pessoas são atingidas e outras estão mortas.
- Ilza: Minha filha, vamos para o banheiro do quarto. Lá temos proteção. Aqui corremos risco.
- Açucena: Pai, Júlio, vocês aguentam se levantar?
- Júlio: Acho que consigo...
- Açucena: Mãe, ajuda o pai. Eu ajudo o Júlio. Vamos.
Eles se levantam e vão para o banheiro.
Os ladrões se aproximam do quarto e começam a chutar a porta.
- Ilza: Ai Meu Jesus, querido... Pai nosso que estais no céu...
Ilza começa a rezar.
- Ladrão 3: Droga. Não consigo arrombar a porta.
- Ladrão 2: Mete bala nessa porta. Faz buracos e tu consegue entrar.
Ele dispara a arma várias vezes e faz um buraco enorme. A porta é arrombada.
- Ladrão 2: Acho que não tem ninguém aqui nessa porcaria.
- Ladrão 3: Olha no banheiro...
Ele caminha e chuta a porta.
Júlio, Açucena, Ilza e Eurico se assustam.
- Júlio: Por favor, não faz nada com a gente...

Cena 2: //Casa da Família de Açucena - Fazenda Bona Alleanza//
Viviane e Henrico assistem TV enquanto comem resto do almoço que estava sendo feito.
- Noticiário - Repórter: A INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) afirma que uma grande chuva torrencial se aproxima do interior do estado. Segundo informações, um temporal com raios e ventos de até sessenta quilômetros por hora podem ser registrados. O estado está em alerta. A chuva deve chegar nas próximas 4 horas.
- Henrico: Olha lá, chuva que só. Tomara que a Açucena morra afogada.
- Viviane: Mas Henrico, você sempre foi tão "bondoso".
- Henrico: Eu mudei. Cansei de ser pobre. E aquela riqueza? Pra onde foi a riqueza que nós tínhamos?
- Viviane: Surpreendida com a mudança. Adoro novas personalidades. A riqueza se evaporou. O papai foi ajudar o dono da fazenda vizinha e acabou se dando mal.
- Henrico: Mas e essa chuva hein? Vamos preparar a casa. Qualquer goteira.
Eles se levantam.

Cena 3: //Hospital//
- Ladrão 2: Vamo... Vamo... Passa logo, ou eu atiro! Querem ser as próximas vítimas?
- Açucena: Não, eu imploro, nos deixe em paz.
- Ladrão 3: Desde quando temos que ter pena de vocês? A gente mata e mata valendo.... Agora anda!
- Júlio: Com muita calma, pessoal...
Todos saem andando do quarto com as mãos na cabeça.
Os ladrões conversam entre si.
- Ladrão 2: Eu vou matar o velho. Esse embuste vai atrapalhar tudo.
- Ladrão 3: Tá bom. Depois a gente mata a velha...
- Ladrão 2: Tá. Tá valendo.
Eles caminham.
- Ladrão 3: Ei... Senhor...
- Eurico: Diga...
- Ladrão 3: Pode virar por favor...
- Açucena: Não, não, pai.
- Eurico: Ou eu viro, ou eu morro.
Eurico vira.
- Ladrão 3: Vamo te deixar sair, tiozinho.
- Eurico: Que bom...
- Ladrão 3: Mas dessa vez a saída é pro inferno!
O ladrão atira e Eurico cai de vez no chão.
- Açucena: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO. PAAAAAAAAAAAAAAI.
O ladrão começa a atirar.
- Júlio: Vamos, Açucena. Depois voltamos... Infelizmente ele já era...
Ele puxa Açucena e sai arrastando ela, que se debate desesperada chorando.
Eurico está morto.

Cena 4: //Lado de Fora do Hospital//
A polícia chega e sai entrando armada pelos corredores.
- Capitão: Atenção! Três grupos! Um pela esquerda, o outro pela direita e o último fica nas saídas do hospital.
Eles saem em direção.
//Corredores Internos//
Açucena, Ilza e Júlio correm pelos corredores fugindo. Os ladrões atiram pra todo lado, mas dessa vez, longe deles.
Açucena ainda está em choque, com a morte do pai.
- Açucena: Pai... Meu pai... Porquêêêêê?
Júlio arrasta ela até o lado de fora do hospital. Onde eles saem e se encontram seguros.
Ilza está com lágrimas nos olhos.
- Ilza: Calma, filha... Ele está em um bom lugar... Calma...
- Açucena: E agora? Estamos entregues ao desprezo... O Henrico e a Viviane são dois nojentos... Eles vão acabar com nossa casa!
- Júlio: Eu estou aqui... Vou ajudá-las...
Eles se abraçam.
//Lado de Dentro//
Os policiais correm atrás dos ladrões.
- Policial: RENDAM-SE!
Os ladrões são rendidos por alguns policiais.

Cena 5: //Escritório de Advocacia Huang Chen//
Tertuliano e alguns guardas apartamento a briga.
- André: VOCÊ ME PAGA, ROBERTO. SEU CAMBALACHEIRO. SEUS CAMBALACHOS VÃO VIR A TONA.
Tertuliano sai puxando André.
- Roberto: VOCÊ ESTÁ DEMITIDO, DEMITIDO ANDRÉ FREITAS DE MUNIZ. ESTÁ NO OLHO DA RUA.
André sai revoltado da sala de Roberto e entra no elevador com Tertuliano.
- Tertuliano: Viu, André? EU DISSE QUE EU FALAVA. AGORA, VOCÊ ESTÁ DEMITIDO!
- André: PROBLEMA DO ROBERTO! FODA-SE ELE!
- Tertuliano: CALMA! OLHA AS PALAVRAS!
André bufa ainda revoltado.
- André: Eu não creio... E agora?
- Tertuliano: E agora, que sua mãe vai ficar louca!

Cena 6: //Hospital - Lado de Fora//
Alguns policiais que estão nas saídas vêem Júlio, Açucena e Ilza e vão até eles.
- Policial 1: Está tudo bem? O que houve?
- Açucena: Meu pai está morto... Mataram meu pai.
- Júlio: Foram os bandidos, seu policial. Nos cercaram e fizeram nos refém. Infelizmente mataram o pai dela é o corpo está lá dentro.
- Policial 2: Não se preocupem, vamos entrar lá e tirar o corpo dele. Vocês vão vir junto para reconhecer.
Açucena se abraça a Ilza e Júlio as conforta.
Mas do nada, começa a chover forte.

//Casa da família de Açucena//
Viviane e Henrico ajeitam a casa contra a chuva.
Os moradores da vila onde moram, começam a se prevenir.

//Gancho//

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